quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Os "Sonetos de Antero". A apreciação justa de Luís de Magalhães, em 1881, na Revista Científica e Literária..

  Em Janeiro de 1881 saía em Coimbra no 2º número da Revista Científica e Literária um exame crítico do jovem estudante de Direito Luís de Magalhães (1859-1935) à 2ª edição (já que houvera antes a raríssima de Stenio, de 1861), dos  Sonetos de Antero de Quental, dados à luz  nesse mesmo ano de 1881, a qual continha então apenas vinte e oito poemas. Só uns meses depois é que estas duas almas luminosas se encontraram e grandes amigos se tornaram, agraciados até com períodos de grande convivência. 
                                              
Uma nota no fim dos exemplares dessa invulgar edição de 1881,  assinada "A   red. da Renascença", ou seja, Joaquim de Araújo, contextualizava a ediçãozinha:
"Publicados, no decurso de alguns anos, nos jornais a Harpa e a Renascença, os sonetos do sr. Antero de Quental foram recebidos pelos entendedores por forma tal, que julgamos fazer uma coisa agradável aos assinantes daqueles jornais e ao público em geral coligindo agora, no primeiro volume da Bibliotheca da Renascença, aqueles Sonetos, juntamente com alguns outros, do mesmo carácter e estilo, dispersos por várias publicações, e pondo desta forma ao alcance dos apreciadores a série completa dos Sonetos filosóficos até hoje produzidos pelo grande poeta das Odes Modernas, depois do aparecimento da segunda edição deste livro."
                                                 
O texto crítico e outros acerca de Antero pelo Luís de Magalhães foram em 2101 muito bem publicados pela notável anteriana e amiga Ana Maria Almeida Martins, nas edições Tinta da China.
                                             
Fizemos de improviso na noite já bem entrada de 22 para 23-VIII uma primeira e única leitura de tal valiosa apreciação de Antero de Quental, "que foi mestre e guia da nossa geração", comentando-a. Em duas gravações, sendo esta a 1ª parte.
                          

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