Jasmim que te despreendes profusamente tal como constelações de estrelas, que mistérios conténs em ti que tanto nos inspiras e enlaças?
Como levara para ler a Aulegrafia, de Jorge Ferreira de Vasconcelos, eis o poema escrito na página final dela e dedicado ao Jasmim.
Jasmim branco que me envolves
Com a tua aura perfumada e subtil,
que te posso oferecer em troca
que até à tua alma leve alegria?
Acaricio-te, limpo-te das flores secas,
Aspiro a tua fragrância em grandes haustos.
Que delícia, que suavidade me entranhas,
Toco-te ao de leve com todo meu amor.
Pés descalços sobre a terra, peito aberto ao Sol
Meu coração viro para o Sol irradiante,
Comungo contigo e a serra de Sintra
Neste horto do socalco bem aventurado.
Levo uma flor à boca e vai-se dissolvendo
em brancura entre dentes, língua e saliva
e contemplando os teus botões de rosa
também eu me ergo em flor de amor.
Ó Deus, ò Anjo, ò Espíritos da Natureza,
que me rodeais e luminosos sois,
que entre nós fluam raios de saude e beleza
harmonia, alegria e sabedoria,
e que na Unidade do coração sejamos Um. |
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