Samain, Hallowen no ar e nas almas...
Esta celebração celta e druídica, dentro da imemorial religiosidade pré-cristã europeia, realiza-se entre o equinócio do Outono e o solstício do Inverno, em especial entre 29/10 e2/11, desenrolando-se em festejos, danças, rituais e orações que marcavam o fim e o começo do novo Ano.
Eram os dias de entrada no Inverno e nas trevas maiores do tempo, difíceis e que exigiam certas energias acumuladas para um renascimento posterior. Seja a Divindade, sejam os Deuses e Espíritos da Natureza, eram evocados como protectores do novo ano e presenteados com energias aplacantes, sendo-lhes oferecidos rituais, poesias, danças e sacrifícios.
As lutas entre as forças do bem e mal adivinhavam-se nas tempestades e raios, e os Deuses e espíritos da Natureza desciam mais à Terra e à visibilidade: o mundo de Sid (do além) estava aberto, as fronteiras esfumavam-se, as visitações, inspirações e oráculos podiam suceder...
Esta abertura ao Sid, ao mundo subtil e espiritual, era um dos traços mais distintivos dos dias da celebração do Samaim, algo que se conservou no Cristianismo, com os dias de Todos os Santos e o dos Mortos, que assinalam e apelam a esta abertura e sintonia maior entre os mundos e seres, na sintonia de frequências luminosas ou vibratórias que conseguirmos...
Haveria uma tradição de localização de entradas para o Sid ou tal podia acontecer em toda a parte para todo aquele que o merecesse?
Tradicionalmente sendo o lado do Sol poente, ou Ocidente, a terra para onde também se encaminhavam os mortos e portanto da entrada no mundo subtil era para esta direcção que se sintonizava e, portanto, quemnestes dias quem quiser orar ou meditar nestas linhas, poderá fazê-lo virado nesta direcção e aproveitando o balanço ou a corrente energética…
Ou mesmo virar a cama para tal eixo e, ao adormecer, orar, sonhar e deixar-se levar ou activamente partir para o mundo intermediário e subtil, ou mesmo para a Ilha Afortunada, no meio do imenso Oceano da Manifestação, também denominada Avalon, a ilha da imortalidade ou das maçãs pentagonais que a propiciam...
Ou seja, a ilha ou reino utópico d da consciência mais perfeita do espírito que somos e dos que nos rodeiam e que se manifesta harmoniosamente nos mundos, sob o Um Divino e a sua Graça branca e nos sete planos...
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