segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Sobre a nudez crua da verdade, o manto diáfano da fantasia, ou será geoengenharia? As livrarias da rua do Alecrim e nuvens.

Dezembro e da esforçada fabricação do Inverno...
As cinco fotografias iniciais do dia 1-XII-2018, foram captadas pelo começo da tarde, junto ao largo barão de Quintela, na rua do Alecrim, a artéria nobre do sangue cultural lisboeta desde há séculos e que ainda preserva três livreiros alfarrabistas, o Bernardo Trindade, o António Trindade e a Margarida Marques (nas fotografias), hoje em dia uma preciosidade rara e a merecer ser bem valorizada e cultuada, enquanto veio da partilha da tradição cultural e espiritual, portuguesa e mundial, e de encontros, diálogos e tertúlias animadas...
           
                                         
Ora com a crescente globalização e formatação monetarizante de Lisboa, cada vez mais liderando a oferta de turistas, restaurantes, hotéis e ameaçando as livrarias, lojas tradicionais, árvores e arrendamentos antigos, observam-se aviões a fazerem muito habilidosamente cruzamentos nos voos de rotas, desbravando novos horizontes e oferecendo vistas sobre o centro de Lisboa, mais precisamente sobre delicada e bela estátua dedicada a Eça de Queirós e à ligação criativa da cabeça e do coração, do realismo e do idealismo, com a sua programática frase (bem da escola Coimbrã, escrevendo Eça uma das melhores evocações do seu líder, Antero de Quental, Um génio que era um santo) extraída do seu irónico livro A Relíquia: "Sobre a nudez crua da verdade, o manto diáfano da fantasia"... Ou será geoengenharia?
                     
                              
"Acolhe-me, permite que abra os braços em amor e nudez", diz a Verdade, à nossa criativa fantasia...

 Um algo leitoso e eléctrico ser parece descer dos céus...
Parece querer cobrir os raios do sol e o seu calor natural...
Não, não é um extra-terrestre mas sim um rasto do cruzamento dos arrojados aviões...
                                         
 Desenhando um X, polisémico, sempre enigmático, no caso qual ser de braços e pernas abertas...
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Dia 3, mais algumas captações das "Nuvens e Céus de Portugal", as duas primeiras pela alvorada, as seguintes pela tarde, as últimas no  pôr-do-Sol, suavizante, amantizante...
 Saudar e comungar um pouco com o Sol, e os seus raios, seres e a Divindade Solar...
                           
 Formas geométricas delineadas magistralmente, e bem aproveitadas por alguns espíritos da Natureza mais dados às ondulações e espirais....
                     
 O azul infinitizante do céu por vezes reaparece e podemos vogar nele...
Sol Divino, do sistema solar e dos mundos subtis e espirituais, oremos...
                  
Respiremos o ritmo harmonioso do rio das Tágides nossas desaguando feliz no Oceano, sob o manto diáfano e suave da fantasia colorida das nuvens e céus...
                  
Como será o mês de Dezembro? Com um calor natural das mudanças climáticas ou, pelo céu enublado, mais frio?
Saibamos pelo menos manter o coração ardente e a nossa consciência tanto expandida como solidária...

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