Da Espiritualidade na poesia de Bocage.
Primeira parte da comunicação por escrito para as actas do Congresso de Bocage e as Luzes do séc. XVIII, realizado em Setembro de 2016 em Setúbal e no qual participei, ficando registada a minha interveção no Youtube: (https://youtu.be/SA70TPX5tLA)
Já esta gravação é em Lisboa, em 20 de Novembro, com uma pintura de Bocage por Maria Da Fátima Silva, e a estatueta em bronze, esculpida por Broca, oferecida simpaticamente pela edilidade de Elmano Sadino no final do Congresso aos participantes...
O texto final nas actas apresentará alguns acrescentos em relação a esta gravação, que contudo terá um ou ou dois comentários breves adicionados ao texto...
«Tributo em ais, no coração gerados
Não dês à cara cinza, aflito esposo;
Roçam da vida o círculo afanoso
Caminhos florescentes, e estrelados.
Espíritos gentis, por Jove amados,
Volvendo a seu princípio luminoso,
Olham Sol não crestante, e mais formoso,
Vagueiam sem temor por entre os fados.
Com alta fantasia, e rosto enxuto,
Vê nos Elísios a imortal consorte.
Vê da Virtude a flor tornar-se em fruto.
Doce, augusta Verdade Amor conforte;
Em vós, à ímpios, a existência é luto,
E nos eleitos, um sorriso, a Morte.»
Não dês à cara cinza, aflito esposo;
Roçam da vida o círculo afanoso
Caminhos florescentes, e estrelados.
Espíritos gentis, por Jove amados,
Volvendo a seu princípio luminoso,
Olham Sol não crestante, e mais formoso,
Vagueiam sem temor por entre os fados.
Com alta fantasia, e rosto enxuto,
Vê nos Elísios a imortal consorte.
Vê da Virtude a flor tornar-se em fruto.
Doce, augusta Verdade Amor conforte;
Em vós, à ímpios, a existência é luto,
E nos eleitos, um sorriso, a Morte.»
Sem comentários:
Enviar um comentário