Quando as nuvens tomam de assalto o horizonte das cidades e nos projectam para as dimensões atmosféricas e subtis da Terra e sua Alma... Mais do que anúncios de lutas amorosas, tempestades e raios e coriscos, elas convidam-nos a apreciarmos e a sentirmos o seu imenso poder e a recarregar-nos a vários níveis. Quando as nuvens estão tão prenhas de fogo (Agni) podem dardejar um raio, neste momento junto a uma árvore curvada humildemente perante tal mensagem fulminante ou iluminante... Os braços da árvore parecem os de um arqueiro que desfere impassível e determinado a flecha que nos acerta no alvo: feridos de amor e gratidão... Alba e crepúsculo, dia e noite, vida e morte, manifestação e não-manifestação, assim decorre o ciclo polarizado, por vezes atravessado pelo raio fulminante da iluminação, do amor, da Unidade... Nuvens a Oriente percorrem os céus das cidades mas pouca gente comunga com elas e se orienta, se eleva, se harmoniza! Passou a alta e sacra procissão de seres subtis enublados... Ficámos nós mais subtis e cósmicos, capazes de escapar melhor às opressões ou distracções do sistema capitalista alienante mundial? Ámen, Assim seja, Aum |
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