segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Hermenêutica iconológica. Dos arcanos e encantos das gravuras ou registos religiosos. Três gravuras antigas e um texto de hermenêutica e oração.

Santa Ana, mãe de Maria, ensina-a a ler sob o olhar de S. Joaquim. As mães santificam-se pelo ensino de leitura aos seus filhos e filhas. Que memórias doces e gratas não conservarão para sempre...

Nossa Senhora do Monte do Carmo, na Palestina assassinada, padroeira dos Carmelitas, que orações fará?
Foi tanta a devoção, a fé, o encanto e o amor, que as imagens religiosas gravadas em madeira ou cobre e impressas em papel ou em pergaminho, os chamados registos ou estampas, geraram nas almas das pessoas nos séculos XVII, XVIII e XIX e mesmo no XX, que hoje manuseando nós tais exemplares que sobreviveram ao passar dos anos e suas intempéries e inimigos, ficamos estupefactos e gratos com tantos pormenores simbólicos maravilhosos de tais pequenas obras primas que artistas anónimos criaram e deixaram abnegadamente para os outros, e para o futuro, interrogando-nos quanto à devoção já receberam ou já irradiaram subtilmente, seja nos que os souberam acolher seja na comunhão do corpo artístico e místico da humanidade. 

No seu caminhar tão cheio de potencialidades, estas gravuras que podemos hoje no séc. XXI contemplar, em parte porque alguém as protegeu da sua fragilidade e as colou num álbum, impulsionam-nos a tentarmos ver interiormente, meditativamente, intuitivamente, o que de mais espiritual, operativo, universal e perene nelas se representa:  e são as auras e aureolas à volta do corpo e da cabeça, sinais do espírito mais desperto, a pomba também do espírito divino ou da sua correnteza que desce sobre quem a sabe invocar, aves e anjos, e as flores que se derramam do céu, ou quem sabe, as flores de lótus e rosas da alma que  desabrocham ao longo dos eixos do corpo espiritual e que são alimentadas pelas psico-energias subtis que a oração, a invocação, o canto e a voz justa em aspiração atraem do Alto, sobre o ser humilde que a elas se abre, ou que as invoca por tais actividades, contemplações e intencionalidades. 

    Escolhermos alguns destes pontos de intersecção do Alto e subtil, do distante e do íntimo, do humano e do divino, e contemplá-los, meditá-los, vivenciá-los, eis o que os artistas das gravuras e os seres e qualidades representados querem de nós...

 Saibamos seguir e aprofundar os percursos ou estações energético-conscienciais subjacentes às formas que admiramos ou contemplamos, e consigamos exclamar ou cantar as orações e sons certos que farão com que os milagres dos  sinais subtis ou mesmo a unificação ou a Unidade aconteçam...

Veni Spiritus...

Brilhem as nossas almas e irradiem os nossos corações e cabeças...

Sejamos portadores do fogo do amor do santo Graal, do Logos e transmissores das melhores energias para a Humanidade e o Planeta

Arda o nosso coração do Amor Divino, 

Possam o Espírito, o Logos e a Divindade brilharem e irradiarem mais em nós...                                                                                                                           


Nossa Senhora do Monte do Carmo, na Palestina oprimida, padroeira dos Carmelitas.

Do valor de Bô Yin Râ, e do nascer de novo no espírito, segundo Jesus. No dia do seu aniversário em 2024: 25 de Novembro, 1876.

                                    

Bô Yin Râ é um dos mestres espirituais mais valiosos do século XX, mesmo que apenas algumas pessoas o conheçam, ou tenham lido os seus livros ou contemplado as suas pinturas e desenhos.
Eis algumas razões do seu valor: 1º Como pintor tem uma capacidade incrível de captar e compartilhar as suas visões espirituais de formas muito belas e inspiradoras. Completou cerca de 200 pinturas durante a sua vida (1876-1943), no Mediterrâneo e principalmente na Alemanha, onde nasceu como Joseph Anton SchneiderFranken, numa família de agricultores, e na Suíça, onde viveu, tendo recebido o seu nome espiritual original de Bô Yin Râ, no qual as letras são como antenas espirituais, durante a sua estadia em 1912 na Grécia.
2º Afirmou ser um mestre, e ter sido iniciado, na Grécia, pelos mestres primordiais da humanidade, podendo assim transmitir os ensinamentos mais elevados e apropriados às primeiras décadas do século XX, mas com uma validade perene. Os mestres têm seu centro no nível espiritual dos Himalaias, no que é chamado de Himavat e é deste elevado
e subtil Oriente espiritual  que vêm as mais altas correntes espirituais para a Humanidade.

3º Escreveu quarenta e quatro livros de conhecimento muito subtil, profundo e harmonioso, que estão agora traduzidos em algumas línguas, e muitos deles disponíveis online, nos quais dá valiosas explicações sobre os mestres, o caminho e as suas dificuldades, as experiências supersensíveis ou espirituais importantes, o karma, a vida após a morte, a manifestação cósmica, a unidade das religiões, o amor, a guerra, a magia da palavra, a verdadeira vida, os ensinamentos de Jesus, etc. [Encontra alguns abordados neste blogue e no meu canal do youtube https://www.youtube.com/@petrustella ]
4ª Criticou as abordagens intelectuais à vida espiritual, tal como as explorações-investigações científicas, ou a possibilidade de uma ciência do Espírito, e explicou como a maioria das informações dadas pelos instrutores e grupos esotéricos são geralmente incorretas e até nefastas para os discípulos e buscadores. Escreveu criticamente sobre a Teosofia, Blavatsky, mediunidade, alertando as pessoas sobre os perigos das práticas de canalização do que quer que apareça, e dos exercícios ocultos, viagens astrais, segredos mágicos antigos, jejuns,  regressões por hipnotismo e vidas passadas, neste aspecto sendo controverso pois descria da necessidade de uma pessoa normal ter de voltar de novo à Terra.
Essas críticas a
o que se tornaria a corrente principal das actividades e doutrinas da Nova Era (no que foi acompanhado por René Guénon e Julius Evola) são provavelmente um fator importante para que ele não seja tão lido (ou tão comercial) hoje em dia como foi na sua época, quando as pessoas saindo da Primeira Grande Guerra, e desejando ir além do materialismo e do Cristianismo superficial normal, estavam ansiosas e entusiasmadas por ler e assimilar as suas palavras e ensinamentos espirituais.
Na busca de união com Deus era categórico ao afirmar que o Ser Divino só pode ser contactado dentro da alma, o que implica um processo profundo e perseverante durante toda a vida: tal processo ou caminho tem implícita uma vida equilibrada e criativa, o esforçar-se para unificar pensamentos, actos e sentimentos, e assim obter o  controle deles, atingir a necessária auto-transmutação e empatia-amor que permitem alcançar experiências supersensoriais e unitivas e, assim, sentir o espírito individual que cada um é, e no organismo espiritual que potencialmente tem, assim como sentir o espírito de Deus, ou a realização do Deus vivo dentro de si.

Nestes dias de começo do Advento ou de aproximação do Natal, tão obscurecidos pela tristeza e ensopados pelo sangue que está correr no genocídio e urbanocídio da Palestina, vamos aproximar-nos de um dos mais altos mistérios do caminho espiritual, sobre o qual pouquíssimas pessoas têm ideias corretas ou experiências verdadeiras, porque há muito perderam-se nos seus caminhos para o conhecimento interior mais profundo, tanto mais que a maioria dos mestres que estão a ensinar, alguns muito famosos, são apenas semi-cegos, fingindo ser iluminados ou sat gurus, levando as pessoas com pouco conhecimento e desejosas de luz em direções erradas, muitas vezes explorando as suas necessidades ou desejos emocionais e enfraquecendo a sua verdadeira realização.

Então oiçamos Bô Yin Râ sobre o mistério de renascer, apresentado pelos antigos mestres como a iniciação, e especialmente por Jesus nas suas famosas palavras: "Se queres entrar no Reino de Deus, (ou nos mundos espirituais e divinos), tens de renascer," ou "nascer da água e do espírito", no qual não estava a falar do baptismo em água e rios, mas no reino espiritual das águas primordiais ou energias do espírito.

Nalgumas passagens de sua obra, a opera omnia chamada Hortus Conclusus, Bô Yin Râ aborda o tão importante renascimento, e a passagem mais explícita e didáctica está no livro A Sabedoria de João, no quinto capítulo, O puro Ensinamento, aquele confiado por Jesus aos seus discípulos mais preparados:

«Um espírito humano não pode entrar em nenhum mundo espiritual da manifestação - e tudo o que vive no reino do Espírito é apenas apreendido como uma manifestação espiritual - a menos que nasça nele.
Orig
inalmente, o espírito humano é gerado eternamente no mais íntimo deste "Reino de Deus", engendrado por Deus, mas ele deixou o organismo espiritual nascido de Deus - para manter esta imagem - no mais profundo do reino do Espírito, onde este organismo fundiu-se de novo na potencialidade da Divindade. Assim, um renascimento individual deve ocorrer se um dia o espírito humano quiser estar consciente e activo naquele reino de Deus.
Antes, o espírito humano, mesmo que tenha al
cançado o mais alto grau de desenvolvimento na sua vida terrena, está apenas consciente de si mesmo e de seu Deus Vivo. E encontra-se, após a morte de seu corpo terrestre, apenas nos mundos espirituais inferiores, para os quais o organismo correspondente foi preservado num estado embrionário, mesmo após a sua queda no mundo da manifestação animal, e tal constitui a única forma de existência espiritual que ele ainda possui, tendo porém a faculdade de a desenvolver pelas suas acções ou comportamentos durante a sua vida terrestre.
Sobre este objetivo mais elevado e último da vida, o autor [São João] da antiga mensagem do Mestre diz: "Enquanto alguém não renascer da água no espírito" - da semente espiritual - "não pode entrar no Reino de Deus".
Para confirmar e esclarecer essas palavras, ele permite que o Mestre diga mais uma vez: "O que é nascido da carne, carne é, e o que é nascido do espírito, espírito é."
Para que não haja dúvida de que aqui se trata da realização da geração de um organismo real, tanto da carne qu
anto do Espírito...
Mas os únicos desta Terra que, já durante a sua vid
a terrestre, alcançam este "renascimento" no Espírito, e assim simultaneamente vivem e agem conscientemente no mundo da manifestação terrestre e no reino mais íntimo do Espírito, são os Portadores da Luz Primordial, dos quais o Mestre de Nazaré foi um.»....

Como lemos, o ensinamento é relativamente simples: temos um corpo espiritual embrionário com o qual não podemos contudo alcançar os níveis ou reinos espirituais mais elevados do Cosmos, a menos que ele seja desenvolvido por um modo de vida correto e pelo trilhar o caminho espiritual interno de nos conectarmos com nosso espírito individual e depois com o Ser Divino, segundo a nossa própria face ou relação pessoal, o que é chamado na Índia  ishta devataa Divindade pessoal
Essas duas realizações, raras de serem vistas em seres normais,  culminam então com a verdadeira iniciação no espírito, renascendo a consciência num corpo espiritual da mais alta qualidade e capacidade (que ele sugere no livro Welten, ou Mundos, ter a forma de uma estrela), algo visto apenas nos verdadeiros mestres, através de sua conexão com o Pai, tal como Jesus disse: "Eu e meu Pai somos um. Quem me vê, vê também o Pai", ou "Na verdade, quem me enviou está comigo, e ele não me abandona, porque eu sempre faço o que lhe agrada", culminando com o "Eu sou o caminho, a Verdade, a Vida".
Já a frase «Ninguém vem ao Pai senão por mim", afirmação tão fundamental, ou até mesmo um mantra, de Jesus, é bem explicada por Bô Yin Râ desta forma: "A identidade nascida do espírito, e que ele chama de Filho, e que ele experimenta como o seu próprio eu, como um Portador da Luz Primordial, permanece a mesma realidade para todo espírito humano, e somente em seu Filho qualquer espírito humano pode encontrar a vida eterna no mundo do Espírito."

Consigamos então uma comunhão mais profunda com o Amor-compaixão divino, o Espírito individual, ou o Filho em nós, os Mestres ou portadores da Luz Primordial, e com o Ser Divino, a Divindade, pessoal ou impessoal, para o bem-estar da Humanidade e do Cosmos.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Quelques réflexions du journal de mes 30 ans...

 «Certaines fois on est pris par une nostalgie d´être avec des personnes qu'on aime. C'est si rare de les trouver. Il est si rare d'être
quelque temps avec ces êtres.
On passe par Évora, Covilhã, Porto, Lisbonne [les endroits ou j'ai enseigné le Yoga]. On ne trouve que des débris, des multitudes, de la peur, de la misére. Parfois quelq'un de beau ou belle, ou de bien.
Même [Mais] les rencontres sont rares.

La beautê d'un être vient d'avoir incorporé en soi du Divin.
Un être est beau en function de la contemplation et unité qu'il a réussi,
bien que ses parents ont déja aussi une responsabilité dans la génétique physique et même psychique.

Deux, trois minutes, deux, trois moments [uniques] dans une vie, deux, trois méditations arrachés aux prix de quelles efforts. Et maintenant c'est le temps du sacrifice, on se immole [enseigne] à Lisbonne. Le corps sera donné a les soufrances des citoyens lisboètes. Mais au même temps, cette aspiration, cet élan interieur vers le Divin, ce silence paisible et tacite que marque la réalisation heureuse de l'esprit, apparait comme une nostalgie par le fait ou realité de ne pas pouvoir être tous le temps en cet état...

On a parlé avec les voyants, des astrologues, des quiromanciens, et on augure du succès dans la vie. On remarque ou on imagine le travail naturiste et méditative [venu déjà] d'autres reincarnations. On donnera comme conséquence une époque entre les 31 et 33 ans de vie très favorable. On pourrait écrire seul, pas associer avec qui que ce soit. Mais qui prendra ce que j'écris? Comment acceder au grand public? Et c'est c'a l'interêt? Est ce qu'il n'est plus important le triple travail en soi, avec des autres et pour les autres?»

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Do discernimento actual, tão necessário face a tanta pretensão de conhecimento de pseudo-mestres: "sede prudentes como serpentes e simples como pombas."

Pululam as pessoas que se declaram capazes de guiar as outras, ou que se consideram iluminadas, detentoras de capacidades, segredos, ligações, revelações, iniciações e que ensinam, seja gratuitamente seja a preços módicos ou caros, por vezes com muito sucesso quantitativo (mas a quantidade ou as maiorias não significam qualidade ou verdade), ou mesmo terapêutico e ocupacional, económico e mediático.
Quais  as razões principais do fenómeno: a necessidade de transmitir o que acreditam, o ganhar dinheiro, o instinto e desejo de ensinar, a ambição e habilidade profissional, a vaidade de serem conhecidas,  de influenciarem outros ou ainda de serem consideradas conhecedoras, sábias, mestres?
Se em algumas pessoas tal partilhar é sincero, desinteressado e bem justificado e   intencionado, noutras é uma necessidade da sua natureza extrovertida e  mistificadora, e inventam, exageram e mentem com facilidade, pois o que é preciso é continuarem a ser vistas e ouvidas, ou que as ideias e formas de pensamento criadas e que de certo modo as dominam (e por vezes são bem negativas) continuem vivas, e elas também, já que há a questão da subsistência económica e da organização...
Na realidade, algumas estão sujeitas a egrégoras ou formas de pensamento que alimentaram ou cultuaram e que as influenciam, bem como aos que as seguem. Vivem como que dentro de teias de aranha, ou sob anémonas gelatinosas, sob formas de pensamento ou mesmo entidades subtis que delas se alimentam e constantemente envolvem as relações das pessoas.
O que sucede às pessoas em contacto com elas, ou apanhadas nas suas redes, grupos, ashrams, sangas e movimentos, varia muito de instrutor, guru, tradição, pessoa, local e egrégora grupal, mas em geral ficam algo dependentes delas e diminuindo a sua independência e discernimento, podendo em certos casos, para além do dinheiro que perderem, virem-se com certas influências ideológicas, ilusões, cargas e aberturas a forças negativas, ou mesmo problemas mentais.
Não se pode fazer muito por tais pessoas, nem se pode desmascarar muito tais pretensos instrutores ou mestres, e temos de discretamente, evitando chocá-las, ir sugerindo que podem estar a não ver bem,  pois por vezes veem ter connosco não tanto para convencerem ou discutirem, mas para inconsciente e invisivelmente pedirem ajuda, ainda que depois o ego da personalidade possa não ter a humildade de aceitar (e aplicar) o que da verdade lhe foi mostrado...
Esta dupla existência, esta dualidade psíquica, da personalidade convencida e apanhada e o eu espiritual desejando libertar-se, por  pouca gente é reconhecida, e talvez   seja apenas nos que meditam melhor, ou nos que sonham mais lúcidos, que constatamos tal discernimento da dualidade conflituosa interior: a personalidade limitada e iludida, e o espírito lúcido e sábio; e quando deste segundo e mais íntimo nível se recebem sentimentos, visões, sonhos, ou intuições orientadoras, então as personalidades podem transmutar-se e melhorar.
A humildade, o amadurecimento progressivo, o discernimento penetrante, a auto-consciência justa, a fraternidade estão pouco desenvolvidos em muitos seres, seja nos que querem já ensinar ou mesmo declarar-se professores, mestres ou mesmo iluminados,  seja nos que confiam na propaganda e se querem já sentir salvos por terem entrado no grupo,  guru, doutrina, movimento, igreja...
Mais do que nunca é nos pedido um grande discernimento para não nos deixarmos manipular, controlar, iludir, seja pelas nossas pequenas realizações e grandes convencimentos, seja pelas nossas carências ou ainda capacidades de admiração e de fé pelo que não o merece tanto, seja transmitido em livros, discursos, promessas, cerimónias ou presença.
Já o mestre Jesus dizia há dois mil anos, com palavras  que se aplicam hoje com grande actualidade a tanta actividade humana: «Eis que vos envio como ovelhas para o meio de lobos. Sede pois prudentes como serpentes e simples como pombas», alertando assim para os que tentam caçar ou explorar os outros, e elogiando as qualidades de independência, discernimento e cautela, e de pureza e leveza, no fundo da intuição do coração, simplificadoras e libertadoras dos enredos, armadilhas e narrativas com que nos tentam capturar e arregimentar.
Saibamos pois não deixar seduzir pelas falsas aparências, brilhos ilusórios, promessas, comentários e informações manipuladoras dos factos e da realidade... 
Mil olhos, energia psíquica e coração firmes no espírito divino que está em nós, numa aura irradiante do fogo do amor e em sintonia de ligação da Terra com o Céu...

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Do Mal actual. Da manipulação das mentes. Do Covid e da gripe, e dos conflitos e demandas actuais. Dos espanta-espíritos, e da sua eficácia na libertação das almas.

É o mal infecioso, contagioso, corruptor e é por isso que ele, se não é desmascarado, tende a crescer tanto, devendo nós denunciá-lo, confrontá-lo, corajosamente

Distingamos vários tipos de mal: os físicos, os energéticos, os psíquicos, os ideológicos, os morais e éticos e os espirituais. Uns são  contagiosos e outros não, uns pessoais e outros mais vastos regionais, nacionais e internacionais.

Do contágio e não contágio físico trata o bom senso e a medicina,  mas quanto aos males psíquicos, ameaçadores ou factuais, temos de ser nós a discerni-los e a tratá-los. Entre eles a mentira, a hipocrisia as falsas promessas, as corrupções rentáveis, são dos que conseguem agregar a si mais forças e logo seguidores, e na era da manipulação mediática em que vivemos sabemos como milhões de pessoas podem ser enganosamente informadas e logo abusadas e enfraquecidas, ameaçadas, compradas e arregimentadas, tanto mais que o pertencer-se ao rebanho dá uma certa segurança, ou permite mesmo fazer pensar e dizer: "- Somos muitos os que estamos no ódio e racismo, o logro e enganados (carneirinhos, mais os que nos manipulam e dirigem), logo podemos abafar, calar ou exterminar os que discordam e nós e dos quais diremos que não têm razão". E assim tem sucedido, muito visivelmente nos últimos tempos a propósito do Covid e das suas restrições das liberdades e a quase obrigatoriedade de vacinas inúteis e frequentemente nocivas ou mesmo mortíferas. Tal como aindaa manipulação  dos média a favor da Ucrânia neo-nazi anti-russa e de Israel sionista no seu genocídio e urbanocídio com vista ao extermínio dos palestinanos e à anexação da suas terras para o grande Israel sionista anti-semita.

                                                          

Uma das tarefas importantes é então discernir-se a falsidade, a manipulação, a crueldade, a extorsão, a violência, a opressão e denunciá-la para que ela não contagie mais pessoas, para que o mal não cresça assustadoramente, para que não haja mais tantas vítimas de mentiras, ganâncias, guerras, imperialismos e fanatismos. O que implica informar-nos, dialogarmos, discutirmos e simultaneamente harmonizar-nos com a  Natureza e o mundo espiritual e divino.

O mal psíquico pode ser desviado pela não exposição às imagens dele, ou às suas emanações transmitidas pela voz, os gestos, o corpo, as vestes, os escritos, as intenções, as possessões. Ou uma vez uma pessoa afectado, será necessário saber recolher-se e limpar-se e purificar-se, vencer-se, harmonizar-se, criar, amar, orar, meditar, contemplar, irradiar...

As pessoas têm muito pouca consciência de como as energias da mentira, do mal, da violência circulam entre os seres e os afectam. A exposição aos noticiários e comentadores televisivos é das mais frequentes fontes dos males psíquicos, mas também as redes sociais propiciam muito disso, e não é nada fácil não sermos enganados ou então por exemplo, não ficarmos desanimados perante a violência brutal exercida  por Israel nos povos, casas e infraestruturas do Médio Oriente, num verdadeiro genocídio e urbanocídio, embora inútil quanto à alma resistente palestinana...

Ora quando me detivera neste passo deste pequeno ensaio, eis que subitamente uma mensagem me chega no telemóvel, significativamente reveladora da circulação de um certo tipo de mentira, aliciamento e mal e por outro da eficácia dos caça ou espanta espíritos, que atraem as más entidades ou vibrações, e as prendem ou denunciam, e não as deixam afectar-nos. 

 Diz a mensagem do Serviço Nacional de Saúde, valioso em muitos casos mas neste vendido às ordens europeias da corrupta Ursula von der Leyen ou von Orgenesis: «Pedro, junte-se a mais de 1 milhão pessoas vacinadas contra a COVID-19 e contra a gripe. Proteja-se. Agende na sua farmácia ou unidade do SNS». Claro nem respondi, e estou de acordo (e por práticas naturistas e orientais de há muito) com o que esta sábia e delicada senhora diz:

O descaramento das autoridades sanitárias, já que em todo o mundo cada vez mais estão ser postos em causa os responsáveis pelas medidas contra o Covid, que mataram tanta gente, é pois enorme. Ignoram, ou fazem de conta?

Boris Johnson, um dos palhaços e histriões do mal, verdadeiramente desalmado (sobretudo ao impedir o acordo entre a Ucrânia e Rússia que teria evitado a morte de mais de um milhão de ucranianos e eslavos, como já o fora Tony Blair, marioneta da oligarquia imperialista ocidental e sionista.

O que os move? Lucros das farmacêuticas e dos seus avençados pagos para as propagandearem? O famigerado Almirante da tasca-força vai dar de novo a cara pelo bullying à liberdade das pessoas de não se quererem destruir pelas vacinas? Acreditam as entidades da saúde nacionais que é bom continuar a vacinar contra o Covid, e desconhecem portanto ou menosprezam os milhares de efeitos adversos? São corruptos ao dinheiro das grandes companhias farmacêuticas e fabricadores das vacinas, tal como o foi Ursula von der Leyen  que tem ainda contra si um processo registado na página oficial da União Europeia?

Que sintonia esta: um ensaio que estava a escrever após o tão valioso e agradável Colóquio em Oleiros sobre o encontro pioneiro do Padre António Andrade com a milenária civilização himalaica, onde a luta contra os males é assumida em tantos aspectos e formas, e em que iria inserir algumas dessas formas, e eis que uma das facetas do Mal actual veio ter à rede psíquica que eu erguia, qual armadilha de fios subtis e de longa data na tradição shamânica planetária.

                                     

Numa altura em que são tantos os relatos dos efeitos adversos  ou das mortes pela vacinas, com muitos casos já em tribunais, com muitas declarações da falsidade e manipulação da operação do Covid é realmente insultuoso ao bem do povo português que continuem a abusar das pessoas menos informada e mais amilhazadas pela comunicação social em prol dos lucros e dividendos das farmacêuticas e seus gestores, accionistas, políticos e jornalistas.


A recente eleição de Donald Trump nos USA, ajudado por Tulsi Gabbard, Elon Musk e John F. Kennedy, advogado que se tem notabilizado na luta pela exposição da verdade na operação covidesca e nas pseudo-vacinas, já provocou da parte do  director da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanon, uma retratação do que fizeram e do que estavam a tentar  aprovar dum passaporte certificado de vacinas digital que, se não fosse a operação especial da Rússia no pântano da Ucrânia e da oligarquia infrahumanista provavelmente, já estaria em vigor. 

                                         
Vídeo: Tedros, director da Organização Mundial de Saúde,  retracta-se, mas, em Portugal, Desgraça da saúde e Almirante da Tasca Força contam com a ignorância dos portugueses para continuarem a facturar e a diminuir a população. Vejamos até onde irão...:

 https://www.facebook.com/reel/1337520664225034

Esteja mais ou mais sintonizado com o coração, o espírito, a Divindade, a Fraternidade multipolar, e o Amor, Compaixão, Adoração e Gratidão. Aum...

domingo, 10 de novembro de 2024

Colóquio internacional “𝗨𝗺 𝗢𝗹𝗲𝗶𝗿𝗲𝗻𝘀𝗲 𝗻𝗼 𝗧𝗲𝗰𝘁𝗼 𝗱𝗼 𝗠𝘂𝗻𝗱𝗼”, o Padre António de Andrade no Tibete. Imagens do encontro e das visitas. Organização excelente da Câmara Municipal de Oleiros.

Uma tanka com Sidharta Gautama o Buddha, as bandeiras de Oleiros, Portugal e União Europeia, o retrato do Padre António de Andrade e a oração tibetana Om Mani Padme Hum Hri, que o Padre António de Andrade comentou, bordada numa faixa avermelhada. Oleiros, 9.XI.2024, quatrocentos anos desde a sua 1ª carta-relação do Descobrimento do Tibete.
Miguel Marques, presidente da Câmara Municipal de Oleiros, que tem manifestado notável dinamismo no apoio  ao património cultural e humano de Oleiros e particularmente à vida e obra do P. António de Andrade, abre o Colóquio, vende-se ainda o co-organizador Joaquim Magalhães de Castro, e Maria Manso.       
À esquerda, Marco Serote Roos, que proferiu a 1ª comunicação sobre as viagens terrestres e marítimas anteriores à descoberta do Tibete, intitulada "Os Descobrimentos na Ásia Central: antecedentes da missão de António Andrade", e à direita Maria de Deus Manso,  proferindo a segunda comunicação sobre a devassa à morte por envenenamento do mártir Padre António de Andrade, intitulada: "Além dos limites: a Viagem ao Tibete do Padre António de Andrade e as controvérsias em torno da sua morte em Goa"
                                                              
O último dos três oradores da manhã, o sacerdote jesuíta António Trigueiros, apresenta a sua comunicação: "O Padre António de Andrade na documentação jesuíta romana", acerca das cartas e assinaturas de António Andrade, partir do fundo ou arquivo da Companhia de Jesus, hoje disponível online na sede da revista Brotéria, e ainda as avaliações que lhe foram feitas internamente na Ordem, sobre os seus aspectos psicosomáticos,
A assistência interessada, que chegou a ser de 80 pessoas no início, destacando-se na primeira fila o Presidente da Câmara Miguel Marques, o vereador da Cultura Paulo Urbano e a co-organizadora do colóquio Inês Martins, sempre presente na sua claridade. 

O homenageado, o heróico e santo missionário António de Andrade, nascido em Oleiros em 1580 e desencarnado em 1634, em Goa, pioneiro da ligação entre Portugal e a Europa e o Tibete.
O excelente pavilhão Multiusos em que decorreu o colóquio, numa arquitectura fortemente assente nos dons naturais de Oleiros: a madeira e o xisto. 
Parte da tarde: Maria João Coutinho profere a sua comunicação acerca da "Arte e Cultura na Assistência portuguesa no tempo de António de Andrade, s.J." , Joaquim Magalhães de Castro e António Graça de Abreu.
O Padre António de Andrade, e a Maria João Coutinho. 

Pedro Teixeira da Mota, o encontro ecuménico e as qualidades do P. António de Andrade

António Graça de Abreu, mostrando algumas fotografias captadas no Tibete, após a sua palestra "O P. António de Andrade na prosa exuberante de Aquilino Ribeiro."
Os anfitriões e organizadores,  e os conferencistas do 1º dia. 

Dia 10, Domingo, manhã, após a palestra de José Raimundo Noras, "António de Andrade e as cartas do Tibete -  urgência da Redescoberta", em que abordou as cartas no seu conjunto e a sua recepção, a Inês Martins tece algumas considerações antes de subirem ao estrado os outros comunicantes presentes, Maria João Coutinho, António Graça Abreu, Marco Serote Roos e Pedro Teixeira da Mota, que tiveram oportunidade para realizarem uma última intervenção conclusiva e valiosa.

Alguns dos objectos sagrados tibetanos expostos na homenagem ao encontro do Padre António de Andrade com o Tibete e com a sua diversificada tradição cultural, artística, religiosa e espiritual.
O cartaz do programa do Colóquio recria bem o encontro fabuloso do Padre António de Andrade com a civilização Tibetana, perenizado pelas suas tão valiosas quão emocionantes cartas.
 

 

No espaço galeria da Câmara Municipal de Oleiros a exposição temporária de esculturas em pedra de Luís Alenquer, com algumas peças de grande beleza.
Luís Alenquer e a instalação de um portal.
Início da visita guiada por uma das animadoras do Colóquio, Anabela Silva.

A forte representação do Padre António de Andrade realizada por José Leitão de Paula e inaugurada e benzida em 2020, no centro da Vila de Oleiros evocando bem o seu mais ilustre conterrâneo.
Um dos conferencistas, sobre a espiritualidade ecuménica das missões da corte mogol e do Tibete, sentindo grato o coração espiritual, sob a invocação ou sintonia do heróico e santo padre António de Andrade.
Símbolos religiosos comuns: a mitra tibetana, e o pendente do rosário cristão.

A casa onde viveu o P. António de Andrade, e que se encontra bastante degradada à espera de se tornar a casa museu e centro Padre António de Andrade, talvez para ser inaugurada no quarto centenário da sua morte em 1534.
A guardiã e dona da casa, que ouviu muito interessada as comunicações, conversa com dois dos participantes do colóquio e da visita guiada, um deles muito feliz por ter-se mudado para Oleiro há dois anos, e participar nas múltiplas actividades organizadas pelo Município, onde destacou as da Universidade Sénior de Oleiros.

Nave da matriz dedicada a Nossa Senhora da Conceição e onde o Padre António de Andrade foi baptizado em 1580. Começada construir-se em 1532 e já terminada no século XVIII, tem belas esculturas, talha e azulejaria.
O tecto da nave central, bem ornado de caixotões, pintados no séc. XVIII com  frases das Escrituras e seus símbolos alusivos aos predicados da Maternidade Divina....

A Inês Martins, a co-organizadora e coordenadora do Colóquio interrogando qual a melhor designação da tão bela quão invulgar escultura em pedra de ançã, ainda do séc. XV. se Nossa Senhora do Rosário, se Senhora da Rosa, mística.
A belíssima imagem de Nossa Senhora do Rosário, ou da Rosa irradiando a admiração como via de aproximação ao Divino, tendo ao lado um S. João Baptista (séc. XVII-XVIII), de excelente lavor.
Bela imagem de Santa Margarida, domadora do dragão, padroeira de Oleiros, num dos altares laterais e junto a S. Miguel.
A cruz da Ordem de Malta, a quem foi entregue a área de Oleiros no início do seu desenvolvimento urbano, no tecto da nave central.
No adro da Igreja, junto a uma pintura recente de Nossa Senhora da Conceição, e ao Freixo recentemente datado com seiscentos anos, Daniela Hengeller, Inês Martins, José Luís Santos e José Raimundo Noras em conversas.
Meias faces no Freixo multicentenário, sob o qual certamente a criança António de Andrade brincou.
Junto ao curso de um riacho, a um quilómetro da vila, o belo espaço rústico dos "Refúgios do Pinhal" que acolhe excelentemente os seus hóspedes.
O co-organizador e moderador do Colóquio, Joaquim Magalhães de Castro, notável expedicionário moderno do Tibete, de manhã, no Refúgio do Pinhal, e com uma pilha de livros sobre o Tibete que o António Graça de Abreu trouxe para a biblioteca de Oleiros e quem sabe se para a futura casa-museu e centro Padre António de Andrade.
A bela vista sobre a serra do Muradal, de um dos bons restaurantes que acolheram os participantes, o Apalaches Trail House, avistando-se ainda o Miradouro do Zebro traçado por Siza Vieira e recentemente inaugurado no 25 de Abril.
Uma pequena tanka, com Sidharta Gautama, o Buddha, perfumada pelas belas rosas de Oleiros...
Nam mk'a, um amuleto protector de ameaças a vários níveis, cruciforme, em fio de lã colorido, trazido de um mosteiro tibetano já há uns anos, mas ainda vivo e que esteve em exposição, e que prova algumas das afinidades que o Padre António de Andrade observou entre o imaginário religioso himalaico e cristão. Rodeia-o um rosário com a particularidade de conter ainda algumas contas com pedaços de ossos, que o Padre António de Andrade refere nas suas Cartas perenes e que merecem ainda ser bem aprofundadas e divulgadas.