Ichi-go ichi-e é uma expressão típica japonesa, significando literalmente "um momento, um encontro". Ou seja, um momento, oportunidade, encontro único na nossa vida. O que acontece, pela sua singularidade impressiva ou unitiva, uma vez na vida, ou raramente...
Algo de inesperado, de extraordinário, seja um fenómeno da natureza, um animal que se aproxima, uma queda de água purificante, uma pessoa muito valiosa que se cruza connosco por uns minutos...
Algo de inesperado, de extraordinário, seja um fenómeno da natureza, um animal que se aproxima, uma queda de água purificante, uma pessoa muito valiosa que se cruza connosco por uns minutos...
Um encontro por vezes há muito se talhando no invisível, e sem se sabe o que vai resultar, mas eis que subitamente se revela oiro sobre azul, graça sobre graça.
É sem dúvida uma expressão típica e famosa da tradição japonesa, que recebeu boas contextualizações, nomeadamente de pensadores e filósofos japoneses, tais como as do famoso monge zen e mestre do chá Sen no Rikyū (1522-1591) ao escrever acerca da impermanência da vida mas que alberga a especificidade única de cada momento e ambiente e, portanto, da atenção amorosa e simplicidade sábia que nela devemos fazer brilhar.
E se podemos entender no sentido de estarmos preparados, unificados e transparentes para uma vivência e apreciação plena dum momento e encontro, "o aqui e agora", ou o "é a Hora" da Tradição Espiritual Portuguesa, também a podemos assumir retrospectivamente, quando um determinado encontro foi sentido como um momento ou acontecimento extraordinário, único, que nunca mais se repetirá pela sua qualidade e importância, pelo que deve ser relembrado, cultivado, numa arte anamnésica mais do que saudosa, geradora de efeitos luminosos perenes para os intervenientes.
Muitos outros sentidos e ensinamentos se podem encontrar e apreciar nesta frase e um dos que me parece valioso é o da valorização plena do nosso estado de vida, da nossa capacidade consciencial de criar ou acolher encontros, certamente impermanentes, mutáveis, de diversos valores e sabores, mas de qualquer modo possíveis, escolhíveis, importantes ou mesmo decisivos e, quem sabe, se tornar-se-ão ichi-go ichi-e...
Estarmos conscientes de ichi-go ichi-e é como levares a tua vida, alma, aura, com tudo o que fizeste, sentiste e sentes em peregrinação ao cimo da montanha, onde paramos e nos encontramos com algo ou alguém, num momento transformador que não se repetirá e que deve ser vivido com frescura e pureza, plena atenção e entrega, agilidade e iluminação.
E se podemos entender no sentido de estarmos preparados, unificados e transparentes para uma vivência e apreciação plena dum momento e encontro, "o aqui e agora", ou o "é a Hora" da Tradição Espiritual Portuguesa, também a podemos assumir retrospectivamente, quando um determinado encontro foi sentido como um momento ou acontecimento extraordinário, único, que nunca mais se repetirá pela sua qualidade e importância, pelo que deve ser relembrado, cultivado, numa arte anamnésica mais do que saudosa, geradora de efeitos luminosos perenes para os intervenientes.
Muitos outros sentidos e ensinamentos se podem encontrar e apreciar nesta frase e um dos que me parece valioso é o da valorização plena do nosso estado de vida, da nossa capacidade consciencial de criar ou acolher encontros, certamente impermanentes, mutáveis, de diversos valores e sabores, mas de qualquer modo possíveis, escolhíveis, importantes ou mesmo decisivos e, quem sabe, se tornar-se-ão ichi-go ichi-e...
Estarmos conscientes de ichi-go ichi-e é como levares a tua vida, alma, aura, com tudo o que fizeste, sentiste e sentes em peregrinação ao cimo da montanha, onde paramos e nos encontramos com algo ou alguém, num momento transformador que não se repetirá e que deve ser vivido com frescura e pureza, plena atenção e entrega, agilidade e iluminação.
É a celebração da criatividade da vida e dos seus encontros, o apelo quase imperioso de não nos deixarmos limitar por comodismos nem atar por instintos nem alienar por preconceitos, e sairmos do estado passivo, parado e solitário para o movimento, o encontro, a abertura de todos os sentidos ao presente abrangente, profundo.
Movimento para a luz, para a harmonia, o necessário e justo quando temos de entrar nas sombras e dores para aí levarmos claridade, ou nos embates e confrontos para os vencermos, harmonizarmos.
Movimento para encontros seja com nós próprios, e os estados superiores do ser, seja com os outros, na infinita e maravilhosa Natureza e Cosmos em que estamos todos envolvidos, e seja na acção seja na meditação; assim, encontros de ideias e imagens, de formas e sons, de perfumes e alimentos, de livrarias e seus seres e livros, de locais e santuários, de árvores e penedos, das nuvens e dos astros e, sobretudo, de pessoas e de seres subtis que saberemos acolher e amar ou venerar harmoniosamente.
Ici-go ichi-e. Uma vez, uma oportunidade única, pode-se ainda dizer deste dito, sobretudo quando se dá ou se vai dar o primeiro encontro entre dois seres e, subitamente, duas consciências, cada uma com um passado mais ou menos valioso, se encontram e cruzam, se unem e intensificam no caminho da beleza e do amor, da criatividade e da verdade...
Não desperdiçarmos então as possibilidades de encontro com os outros seres, estarmos plenos nesse momento único, é não nos lamentarmos posteriormente do que falhámos e do que não completámos.
Ici-go ichi-e. Uma vez, uma oportunidade única, pode-se ainda dizer deste dito, sobretudo quando se dá ou se vai dar o primeiro encontro entre dois seres e, subitamente, duas consciências, cada uma com um passado mais ou menos valioso, se encontram e cruzam, se unem e intensificam no caminho da beleza e do amor, da criatividade e da verdade...
Não desperdiçarmos então as possibilidades de encontro com os outros seres, estarmos plenos nesse momento único, é não nos lamentarmos posteriormente do que falhámos e do que não completámos.
Também as partilhas e as vivências diárias com os nossos próximos se ligam a este dito, pois nunca sabemos quando tempo durará essa união, ou mesmo se algum partirá subitamente, pelo que de novo se ergue a celebração da nossa passagem pela Terra como uma constante graça de momentos únicos de atenção e amor acima da impermanência, insensibilidade, vulgaridade, e nesse sentido ichi-go ichi-e é um apelo à intensidade, à virtude, à excelência, ao encontro transfigurante, unindo a Terra e o Céu na Luz.
A visão lúcida da nossa vida e dos seus grandes momentos embora durante a vida a possamos ter parcelarmente, no fim da nossa vida e já no além tê-la-emos plenamente; todavia, estarmos conscientes deste dito já diariamente auxilia-nos a estarmos mais despertos para cada movimento e encontro, para a novidade e criatividade da vida, para a riqueza espantosa de possibilidades e oportunidades que não devemos diminuir ou desperdiçar para que seja bela e vasta a abrangência e inclusão das nossas alma perenemente e no corpo místico da Humanidade a que pertencem todos os que da lei da morte se vão libertando.
E não nos esqueçamos que todos nós temos na vida alguns contributos a dar, filhos a gerar, investigações a fazer, alguns textos ou poemas a escrever, obras a criar, objectos ou afectos a dar e que alguns desses momentos ou realizações serão uma única vez na vida, serão o resultado dessa oportunidade única, assumida corajosamente e não desperdiçada…
Todos nós entramos e passamos idealistas pelos bancos da escola e as primeiras amizades mas, mesmo durante a vida, apesar de já qualificados profissionalmente, deveremos continuar a investigar e a trabalhar sempre alguns assuntos ou linhas de força que mais nos dizem respeito, e devemos continuar a empenhar-nos em ideais e conhecimentos, causas e amizades...
Assim, continuemos investigando, criando, trabalhando, exercitando, ajudando, amando, com a atenção e a motivação justa e com a esperança, aspiração e gratidão de podermos vivenciar mais alguns ici-go ichi-e, e deste modo melhorarmos a aura da Terra, a evolução das almas, a história da Humanidade...
A visão lúcida da nossa vida e dos seus grandes momentos embora durante a vida a possamos ter parcelarmente, no fim da nossa vida e já no além tê-la-emos plenamente; todavia, estarmos conscientes deste dito já diariamente auxilia-nos a estarmos mais despertos para cada movimento e encontro, para a novidade e criatividade da vida, para a riqueza espantosa de possibilidades e oportunidades que não devemos diminuir ou desperdiçar para que seja bela e vasta a abrangência e inclusão das nossas alma perenemente e no corpo místico da Humanidade a que pertencem todos os que da lei da morte se vão libertando.
E não nos esqueçamos que todos nós temos na vida alguns contributos a dar, filhos a gerar, investigações a fazer, alguns textos ou poemas a escrever, obras a criar, objectos ou afectos a dar e que alguns desses momentos ou realizações serão uma única vez na vida, serão o resultado dessa oportunidade única, assumida corajosamente e não desperdiçada…
Todos nós entramos e passamos idealistas pelos bancos da escola e as primeiras amizades mas, mesmo durante a vida, apesar de já qualificados profissionalmente, deveremos continuar a investigar e a trabalhar sempre alguns assuntos ou linhas de força que mais nos dizem respeito, e devemos continuar a empenhar-nos em ideais e conhecimentos, causas e amizades...
Assim, continuemos investigando, criando, trabalhando, exercitando, ajudando, amando, com a atenção e a motivação justa e com a esperança, aspiração e gratidão de podermos vivenciar mais alguns ici-go ichi-e, e deste modo melhorarmos a aura da Terra, a evolução das almas, a história da Humanidade...
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