domingo, 13 de outubro de 2024

Da perenidade das utopias: Antoine Rondelet, A Minha Viagem aos país das Quimeras. Porto, 1876.

Texto ainda em acrescentos. Volte pelo meio dia... Graças...

Em tempos de grandes desinformações e manipulações, de alterações dos sentidos das palavras e de conceitos,  de  novas ordens mundiais e suas agendas semi-opressivas, mais do que nunca é necessário manter-nos lúcidos, informados, cultos, espirituais, solidários  interactivos, escatologicamente optimistas - tal como ensina Daria Dugina Platonova,  para resistirmos a tal opressivo projecto, e à marginalização dos mais lúcidos e independentes e ao esvaziamento e perseguição dos conteúdos religiosos e espirituais que, sob capas do aparentemente correcto, científico e eficaz, corta as pessoas das suas ligações verticais, tanto quanto às raízes do passado e suas tradições como com os frutos do futuro perene espiritual, no qual já estão muitos familiares e amigos, e no qual estaremos mais ou mais cedo, mais ou menos plenamente.
Sendo muitas e insidiosas  as formas manipuladores que se exercem na educação e nos meios de informação devemos então, para as discernir e suplantar,   procurar tanto ensinamentos de resistência ou de idealização valiosos do passado como informações de criatividade e lutas alternativas, fidedignas, actuais.
Um segmento da criati
vidade humana literária e ideológica salvífica futurante foram as utopias, algumas tornando-se célebres  e de leitura constante, tais como a Utopia de Thomas More (1478-1535), já tão crítica da plutocracia ou oligarquia;  Rabelais (1490-1553) e a sua abadia de Thélème; a Cidade do Sol de do monge calabrês e discípulo de Joaquim de Fiore e de Guillaume Postel, Tommaso Campanela (1568-1639); a Nova Atlântida do monge inglês Francis Bacon (1561-1626); Johann Valentin Andreae (1586-1654), o inventor dos Rosacruzes, e a sua Reipublicae Christianopolitanae Descriptio, de grande sabedoria e harmonia; o padre Jean Meslier (1664-1729), um pioneiro defensor da necessidade duma revolução, e cujo Testamento, crítico do Cristianismo pregado, foi por Voltaire aproveitado com grande sucesso;  Étienne-Gabriel Morelly (1717-1778), com La Basiliade ou le naufrage des îles fottantes, onde o comunismo e o nudismo se pioneirizam,  e o Code de la Nature; Saint-Simon (1760-1825), o conde comunista, autor Du Nouveau Christianisme, e originador da religião São-Simoniana, já propondo sete horas de trabalho no Verão e seis no Inverno; Charles Fourier (1772-1837), dotado de uma imaginação criativa fabulosa, com a  Théorie de l'Unité Universelle,  com os seus falanstérios cooperativos e regidos pelas leis da atração, e que valorizava muito as actividades educativas e culturais, fora dos quadros da exploração económica do capitalismo, e que tantos seguidores teve E outros autores e obras que, embora tendo o seu momento e época, com o decorrer do tempo foram sendo varridas do conhecimento público e já quase ninguém as relembra, lamentavelmente para os autores, as obras e a Humanidade. 

Da Índia, destaquemos Gandhi, Vinoba e Lanza del Vasto, o fundador da Comunidade da Arca, em França, e que marcou presença em Portugal; Auroville, a cidade do futuro idealizada por Sri Aurobindo e a Mãe, inaugurada em 1968, com as suas comunidades e cooperativas, e onde  estive uns dias há umas décadas, tendo ajudado  na construção do Matrimandir. Entre nós devemos realçar, dada  em 2006 à luz, a Utopia III de José V. de Pina Martins (1920-2010), muito actual nas suas propostas concretas de melhoria civilizacional, para o que estava bem preparado pela sua longa convivência com sábios (através da sua excelente biblioteca, e não só), académicos e investigadores, enquanto Presidente e vice-Presidente da Academia das Ciências, e director dos serviços de Educação da Fundação Calouste Gulbenkian.

Antonin François Rondelet, nascido em Lyon a 28 de Fevereiro de 1823, foi um pensador valioso, tanto na economia como nas ciências sociais, formado em filosofia (duas teses sobre conceitos aristotélicos) e literatura  e que se distinguiu como pensador social, pedagogo, historiador, economista e professor de Filosofia em Rennes, Poitier, Marseille e,  durante treze anos, catedrático na Universidade de Clermont. Viajou bastante para observar as cooperativas (no fundo embriões de utopias) em França e Inglaterra, participou em debates, colaborou em revistas escreveu livros manifestando sempre ética e humanidade,  cristianismo e espiritualidade reformista
 As sua obras principais são: Du spiritualisme en economie politique, 1860, Du découragement: réflexions sur le temps présent, 1868, Le danger de plaire, 1869, Les limites du suffrage universel, 1871, Réflexions de littérature et de philosophie, de morale et de religion, 1881, La Femme bien malheureuse, 1890.
 Ao desencarnar em 24 de Janeiro de 1893, com 70 anos de idade de valiosos trabalhos e abnegações, a sua sensibilidade empática humana foi enaltecida, por exemplo, por outro reformista social A. Delaire (conforme o cita Cristel Chaineaud),  por não ter uma visão economicista estreita e desumana, pois "quer tratasse da moral da riqueza ou da filosofia das ciência sociais, sempre o observador e cristão teve a preocupação de afirmar na economia política o papel do espiritualismo e da consciência, a noção de responsabilidade e dever." Destacou-se ainda no modo como acompanhou nos últimos tempos o notável engenheiro de minas, político e escritor reformista Fréderic Le Play, autor da Reforme Sociale e director da revista com o mesmo título.

com base católica (e por isso editado entre nós na Biblioteca do Cura de Aldeia)  a gerar um foi  , ,
Entre as suas obras encontramos uma utopia valiosa e temo-la nas mãos: A Minha Viagem ao país das Chimeras, numa tradução do oficial do exército José Nicolau Raposo Botelho (Porto,1850-1914), publicada no Porto, em 1876, num in-8º de 285 páginas, um ano apenas após ter sido dado à luz em França, o que revela da parte do tradutor certamente internacionalismo e grande amor pela obra ou utopias, curiosamente sendo o avô maternal da minha ama e do meu irmão Francisco, Maria Alzira Raposo Botelho Coelho da Silva, a Cabé, ou seja, quem mais ajudou a  mãe a tratar do 7º e do 8º filho;  Luz e Amor Divinos neles!

O exemplar que consultamos conserva a dedicatória de José Francisco Duque à portuense Sociedade Alexandre Herculano, e contem três carimbos de instituições. A obra é muito bem pensada e o país utópico visitado apresenta vários aspectos de controle  manipulador ou mesmo opressivo, antecipando medidas tomadas modernamente. É obra recomendável para quem tiver mais tempo e se interessar pelo pensamento utópico, nomeadamente no que ele tem de crítico e de exemplar para os nossos dias quando o Fórum Económico Mundial e a União Europeia tentam implementar uma nova Ordem, felizmente agora muito mais difícil graças à resiliente Rússia e ao BRICS...

Oiçamos Rondelet:"Todo o sistema repousa sobre este princípio: isolar o individuo da família e forcá-lo a viver só, e sobretudo ter cautela em que o passado não legue nenhuma vantagem ao presente, nem nenhuma esperança ao futuro. Então cada indivíduo fica reduzido a uma unidade pura e simples. O ideal seria fazer com que cada cidadão não tivesse outro valor nem outra distinção, senão o número que lhe fosse atribuído." p. 57

Traduzimos em seguida alguns pensamentos valiosos das suas Reflexões de literatura, filosofia, moral e religião, Paris, 1881:
"Cada século teve seus autores favoritos que ele estimou e acolheu, em proporção não do mérito que tiveram, mas pelo prazer que lhe proporcionaram.
O sentimento do ridículo não é mais do que uma das formas exteriores do bom senso.
Não sabemos verdadeiramente nada, enquanto não somos capazes de reproduzir e explicar de viva voz o que cremos saber.
Não somos realmente poderosos em nenhuma ordem de ideias, a não ser que estejamos realmente apaixonados por ela.
Seria necessário haver de ambas as partes numa conversa, mais vontade de  ouvir e entender o parceiro do que de responder e triunfar sobre ele.
Não ter fé no poder da palavra é não ter fé no poder da verdade.
A leitura apresenta a vantagem de se prestar com igual complacência ao relaxamento de uma mente muito tensa, assim como à reflexão concentrada de uma inteligência muito dispersa.
A maioria dos grandes génios, tanto na literatura como noutros campos, praticaram essa arte suprema não apenas de criar beleza de primeira ordem, mas também de governar as almas com autoridade suficiente para dar, de certa forma, ímpeto ao entusiasmo e tom a elas.
Os espíritos medíocres podem vangloriar-se dos espectáculos externos, porque não lhes é dado conceber algo mais elevado, mas não deixa de ser verdade que as almas superiores e os espíritos de elite oferecem a quem sabe vê-los um espectáculo ao qual nada pode se comparar.
A vulgarização, mesmo levada ao extremo, é uma satisfação para o orgulho dos que sabem, um alívio para os que esqueceram, uma necessidade para os que ignoram.
Na literatura, o trabalho fácil não é, no fundo, senão o trabalho sem valor.
Em mais de uma ocasião, o que se chama tão maldosamente de falta de inspiração, não é outra coisa senão uma profunda ignorância da questão, ignorância causada pela preguiça de se informar ou pela incapacidade de tratar a questão.
A arte de escrever consiste precisamente em introduzir nas composições uma espécie de felicidade contínua.
A leitura representa para um grande número de pessoas, incapazes de qualquer meditação original, o único recolhimento de suas vidas.»

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Nicholai Roerich, no seu 150º aniversário (1874-1947), comemorado em Portugal. 9 de Outubro de 2024

                                                           

Uma escultura de Nicholai Roerich, inaugurada em Izvara, santa Rússia, no dia em que perfez subtilmente 150 anos.

Celebrando-se hoje 9 de Outubro de 2024 os 150 anos do nascimento do notável mestre Nicholai Konstantinov Roerich e tendo já escrito alguns textos sobre ele e a sua vida neste blogue, e atarefado com alguns trabalhos, mesmo assim não queremos deixar de o lembrar e comemorar, partilhando algumas pinturas, acompanhadas de pensamentos e sentimentos que testemunhem o seu valor e a sua actualidade para que impulsionem a nossa apreciação e realização espiritual.

Nicholai, Helena e os dois filhos George e Svetoslav, em Naggar, vale de Kullu.
Embora a sua obra escrita como mestre espiritual, pensador, esteta, pedagogo, arqueólogo, cientista, pacifista e universalista seja sempre muito valiosa de se ler e meditar, são talvez as suas pinturas (e foram sete mil) o que mais efeitos têm gerado, considerando alguns que, realizadas com materiais tradicionais, infundidas com a sua energia psíquica ígnea, por ele tão estudada, aprofundada e manifestada, adquiriram um carácter vibratório e causal capaz verdadeiramente de tocar as almas e influenciar o cérebro e neurónios,  e ter portanto efeitos harmonizadores, terapêuticos e  espirituais,  embora mais em quem as vê ao vivo, também operativas nas reproduções...

Uma das pinturas em tempera muito apreciada é a de Santo Panteleão, o curador, colhendo ervas nas montanhas, e que contemplada mais demoradamente permite às pessoas receberem por transmissões e ressonâncias subtis  as energias ou inspirações necessárias a melhorarem e a curarem-se, se a fé for poderosa, dir-se-á, aqui não havendo que mover  montanhas, mas apenas ascendê-las, imaginalmente, e sabemos como a visualização do que se peticiona na oração é considerada uma condição indispensável por alguns mestres da oração, tal  Bô Yin Râ, outro valioso pintor e mestre (1876-1943), conforme seu livro A Oração, traduzido laboriosamente do alemão e dado à luz recentemente em poucos exemplares.

Em 1941, a contraparte polar de S. Pantaleão foi criada, a Vasilisa, a Bela, a jovem inicianda de vários contos tradicionais e de fadas russo - que foi desenhada em livrinho fabuloso por Ivan Bilibin (1876-1942, um amigo de Roerich) -, colhendo flores e ervas, e que serve também de ícone tanto curativo como protectivo, para quem quer orar e contemplar tal inspiradora imagem arquétipa e iniciática.

O Livro das Pombas é outra obra, de 1922, em que a interseção do passado e do futuro se realiza para o desabrochamento de um novo estado de consciência e da humanidade e nela vemos um enorme livro aberto a ser  admirado e consultado junta a uma igreja e a uma congregação de devotos, sendo pombas o que se liberta das suas páginas, e é um apelo a uma escrita harmonizadora e libertadora da Humanidade e não manipuladora, enganadora e violenta, como acaba por suceder a várias Escrituras sagradas com concepções de Deus algo primitivas e  que não são abertas nem lidas como livros de pombas da paz, mas de antes de povos ou religiões eleitas ou superiores. A sua actualidade é grande e o seu tamanho convida-nos sugestivamente a mergulhar no grande Livro dos livros (que já abordei neste blogue), que contém as melhores páginas e em que algumas linhas estão ainda em branco para nós e os nossos tempos as completarmos, tal como na Tradição Espiritual Portuguesa o reconheceram Antero de Quental e Natália Correia chamando-lhe bem adequadamente, na linha dos espirituais fioristas, o Evangelho Eterno, a Boa nova,  a Boa mensagem perene.

Drops of Life, Gotas da Vida é outra das pinturas, de 1924, bem profunda de sentimentos e misteriosa de significados e que tem inspirado muitas almas a sentir a abertura e elevação pura ao alto, sabendo olhar o abismo sem receio. Se está à espera que a sua bilha seja enchida pelo fio de água da fonte pura, para depois levar para a sua casa ou aldeia, ou se apenas medita junto a uma fonte harmoniosamente sonora, não é evidente, mas quem a contempla sente uma grande serenidade e abertura às montanhas ao espaço silencioso, infinito e sagrado, exterior e interior, com que elas nos presenteiam ou propiciam. 

Nicholai Roerich, pintado pelo seu filho Svetoslav, com quem ainda me correspondi.

Após esta hermenêutica minha, soube que Nicholai Roerich escrevera sobre ela a elevada sabedoria que se segue: "O maior valor nas montanhas é a água, mas aqui é ainda mais alto - a Graça Divina, que lentamente se acumula em gotas em um recipiente, que esta Mulher, colectora da graça, levará para as planícies, para o povo.
Na Agni Yoga, menciona-se repetidamente o vaso do discípulo, que deve estar pronto para ir ter com o Mestre e ser enchido de sabedoria.  O aluno deve sempre ter um vaso limpo, livre de preenchimento pessoal. E nós, enchendo o nosso vaso, vamos até as pessoas e tentamos saciá-las com essa preciosa humidade."

Apressando-se, ou O que se apressa, de 1924, é outra das pinturas  contempladas  pelos que sentem  precisarem de mais energia dinâmica, de responderem mais adequadamente à urgência dos diversos desafios do seu novo dia ou das suas vidas ou mesmo ao apelo das causas internacionais da iluminação e preservação da Humanidade em tempos difíceis  de manipulações, desinformações, opressões, discussões, conflitos e guerras.

                          

 A pintura Bandeira do Futuro, da série de Maitreya, pintada em 1925-1926 e oferecida ao Estado Russo, na qual um grupo de monges e adeptos medita e ora pela manifestação do mítico reino de Shambala, diante do seu  rei Manjushrikirti (numa tanka trazido pelo casal Roerich do Sikkim) e sob a qual recentemente Vladmir Putin foi visto numa visita à Mongólia (suscitando especulações da sua ligação a tais níveis), é complementada por outra pintura, de 1933, A ordem de Rigden Djapomuito ígnea, representando o regente de Shambhala e  Mestre invisível da Hierarquia Divina na Terra, denominado também por alguns Sanat Kumara, e constitui com a outra boas sugestões contemplativas, valiosas e acessíveis, no caso para a intensificação do fogo duma religação espiritual bastante elevada, e que poderão dar bons resultados se conseguirmos e merecermos interiorizar, sintonizar  e assimilar as energias, informações e graça Divina.

                               

Eis uma pequena homenagem, no dia de anos do nosso querido amigo e mestre Nicholai Roerich, à sua alma, vida e obra, à sua universalidade e união do Oriente e do Ocidente, do Oeste e do Leste, da Rússia e Portugal, para que saibamos aprofundar os seus ensinamentos de Ética Viva e do Yoga do Fogo e para  cooperarmos pelos modos que podermos na evolução fraterna e multipolar da Humanidade. Agni Aum....

Nicholai Konstantinov Roerich, preocupado nas vésperas da II grande Guerra e sob as bênçãos da Bandeira da Paz, com os três círculos da Arte, Ciência e Religião unidos, e que foi colocada sobre algumas cidades e monumentos para os proteger, depois de ter sido assinado por alguns países esse pacto ou tratado, de protecção cultural e humanitária infelizmente hoje tão desprezada e trucidada e pela qual tanto devemos lutar. Lux, Pax, Agni-Ignis.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Com ilustrações boas: A União Europeia, má perdedora, não desiste da guerra surda anti- Rússia e sanciona-a por estar a querer influenciar o Ocidente e, a ser verdade, como se ela não fizesse o mesmo...

                               

BRUXELAS, 8 de outubro. /TASS/. A União Europeia, má perdedora na guerra em que está envolvida, ao lado do regime de Kiev,   aprovou um novo mecanismo de sanções contra a Rússia por supostamente realizar "atividades híbridas" e interferir em eleições no exterior, de acordo com uma resolução do Conselho da UE, numa invenção paranóica, natural na russofobia que se pretende instalar nos pobres cidadão europeus tão manipulados e amilhazados. 

                                        

A hipocrisia, a ratice, a cobardia traiçoeira, a escravização aos norte-americanos e sionistas, já tantas vezes demonstrada pela direcção da União Europeia, apresenta neste mesmo dia 8 a notícia que o chanceler conhecido como "o pirata de manga de alpaca" Olaf Scholz, recentemente derrotado nas eleições pela sua política de fornecimentos de armas a Kiev para aumentar  mortandade eslava, e que andou constantemente a rogar pragas e a clamar vitória, decidiu, pressionado pelos resultados eleições, abrir uma linha telefónica que, talvez segundo as linhas de propaganda goebelianas ainda vigentes, se afirma "sem tabus". Este levantar da bandeira alemã do naufrágio, propondo finalmente diálogo "sem tabus", será a linguagem antiga ou será antes de Annalena Baerbock e de Ursula von Orgenesis, nos seus wokismos e transhumanismos?

                                     

De qualquer modo, vejamos ou leiamos mais uma manifestação da cobardice das discricionárias sanções:  
"O Conselho da União Europeia estabeleceu hoje um novo quadro para medidas restritivas," diz o documento.
Especifica que este mecanismo é direcionado contra certas "ações desestabilizadoras da Rússia no exterior." As restrições serão impostas pela interferência em eleições e "atividades híbridas" que "minam os valores fundamentais da UE e de seus Estados-Membros, sua segurança, independência e integridade, bem como os de organizações internacionais e países terceiros."
As sanções implicam a criação de outra lista negra de indivíduos e entidades jurídicas cujos activos estão sujeitos a bloqueio nas jurisdições europeias. Indivíduos também serão proibidos de entrar na UE. Em geral, essas sanções não são diferentes das sanções europeias previamente introduzidas contra a Rússia. As decisões sobre o que considerar "ações híbridas" e "interferência" serão tomadas exclusivamente pelo Conselho da UE, com base na proposta dos membros da UE ou do seu serviço de política externa.

Dois arrogantes e ineptos, Ursula von "Orgenesis" (a companhia do seu marido altamente subsidiada durante o Covid), e o Burrell,  avençados às ideologias da oligarquia transhumanista, de Schwab, Soros e outros,  e que têm desgraçado a Europa e milhares de eslavos...

O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, emitiu  hoje uma declaração separada em conexão com a aprovação do novo mecanismo de sanções, onde forneceu uma lista de "ameaças híbridas" das quais Bruxelas acusa a Rússia em relação aos países da UE e da NATO, incluindo "ciberataques, manipulação de informações e campanhas de interferência, casos de incêndio criminoso, vandalismo e sabotagem, incluindo contra nossa infraestrutura crítica, bem como instrumentalização da migração e outras ações disruptivas." Borrell também acredita que a Rússia "continua a interromper as comunicações por satélite, violar o espaço aéreo europeu e realizar ataques físicos contra indivíduos no território da UE."
A UE começou a introduzir sanções contra a Rússia na primavera de 2014. No total, as restrições visaram cerca de 3.500 indivíduos e entidades jurídicas, incluindo a liderança da Rússia e da Bielorrússia, bem como representantes da China, da RPDC, do Irão, da Síria e de vários outros países. A UE proibiu
quase que completamente as suas empresas de contactarem a Federação Russa, cortando-as do mercado e dos recursos russos. As sanções da UE contra a Rússia são as mais abrangentes da história e, na verdade, são uma tentativa de introduzir um bloqueio económico, garantindo na prática a crescente auto-isolação da Europa [arrogante] em relação à Rússia e aos seus aliados mais próximos.»

Será que a política da direcção da União Europeia  representa o sentir e o desejar dos europeus, ou obedece antes aos ditames norte-americanos e da oligarquia financeira ocidental?

Quando terminarão as sanções, primeiro impostas pelos norte-americanos e que tanto emagreceram a Europa, mas que agora os "boys para o job" europeus já fazem com todo o à vontade, uma vez que Joe Biden já está a recolher o karma do que fez e  a ser recolhido-internado, embora quem o irá substituir certamente não será  muito melhor?


Quando terminará o conflito, e a trágica e escusada mortandade eslava, e se aceitará que o território de Donbas é russo, em vez de morrerem muitos mais, "até ao último ucraniano", como alguns extremistas-vampiros anglo-americanos lançaram?

A pomba do Espírito da Paz e santo, desenhada e pintada pelo mestre Nicholai Roerich.


segunda-feira, 7 de outubro de 2024

72º aniversário de Vladimir Putin, presidente da Rússia.

                           

Muita luz e amor na alma de Daria Platonova Dugina (15.XII.1992- 20.VIII.2022), condecorada postumamente por Putin, como mártir e heroína. Que ela nos inspire!




 Celebrando-se hoje dia 7 de Outubro o aniversário de Vladimir Putin, o super-dotado presidente da Rússia, num momento tão crítico da História, endereçamos do extremo Ocidente da Europa, da Lusitânia sacra, os nossos agradecimentos pelo ingente trabalho sacrificial que ele, a santa Rússia e a sua gente, tão martirizada ao longo dos séculos - e saudemos em especial a recente mártir, a filósofa Daria Platonova Dugina, já homenageada neste blogue, nomeadamente pelo seu Optimismo Escatológico -, estão a realizar em defesa da Mátria, da Europa dos povos, da liberdade e verdade religiosa, da cultura, da fraternidade, da justiça, e da civilização ocidental e eurásica em crescente multipolaridade harmonizadora planetária.

Много поздравлений и благодарностей выдающемуся лидеру многополярной и справедливой человечности, Владимиру Путину... Долгой, счастливой и плодотворной жизни!

 

 Mais individualmente, ou mesmo particularmente na fraternidade espiritual, desejamos de alma a Vladimir Putin - com uma qualidade anímico-espiritual fabulosa, desde 1999 um excelente primeiro ministro ou presidente, com uma aprovação enorme por parte da sua população, um verdadeiro Mestre - um novo ano, o 72º, pleno de força e saúde, discernimento e sabedoria, coragem e sucessos nas suas múltiplas meditações (abençoadas sejam) e actividades em prol de uma Humanidade livre dos transhumanismos e wokismos do Fórum Económico Mundial e da UE, das sanções e opressões, degenerações e mortandades do imperialismo oligárquico, e dos extremismos, racismos e nazismos modernos.

 

 Desejamos portanto as melhores inspirações, forças e bênçãos à luta sacrificial em alguns pontos do globo do povo russo e dos seus tradicionais amigos e aliados (com destaque para o BRICS, a esperança finalmente de uma nova Era), liderada por Vladimir Putin e em diálogo com os seus pares, em prol de uma Humanidade verdadeiramente harmoniosa, tradicional, humanista, dialogante, eco-biológica, solidária, ecuménica, universalista, e religada ao seu corpo místico, interno e cósmico, e à Divindade viva, transcendente e imanente.


                                            
 
Aliados


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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Inauguração da exposição "Pintura a Duas Mãos" de Rui Mantero e Manuel Pereira Bernardes, no espaço Santa Catarina

                                      

A exposição Pintura a Duas Mãos de Rui Mantero e Manuel Pereira Bernardes inaugurada no espaço Santa Catarina à Calçada do Combro, Lisboa,  atraiu pelas suas pinturas bastantes pessoas, e como quaternário bem fundamentado que é  gerou o quinário do "gosto-compro", e logo do sucesso, o trunfo pentagonal, a estrelinha da ventura assinalada por tantos artistas sobre a fronte ou cabeça. Ou as flores,  nas mãos, ou entrançadas em coroas nas cabeças, conforme foram imortalizadas nos Triomphi di messer Francesco Petrarca.
 
Fotografia partilhada pelo Rui, e acrescentada a 8.X. ao blogue.
                                  
 O feito é de se realçar porque, realizadas durante um ano, as 45 pinturas nasceram todas de um parto a dois,  realizadas a duas mãos,  com tal perfeição unitiva psico-somática e artística que qualquer observador mais analítico terá  dificuldade em discernir a autoria das sucessivas estações do processo criativo, agora fixadas nos quadros expostos no amplo rés-do-chão dum palácio setecentista,  metamorfoseado em galeria, dinamizada excelentemente pela Letícia Gonçalves, do Espaço  Santa Catarina.

Santa Catarina,  a mártir e protectora dos livreiros e impressores, com a sua Igreja e culto a uns escassos metros, e  mesmo uma procissão onde há anos participei sob o estandarte do Amor ao Livro, que naturalmente numa das pinturas surge representado com desdobramentos pluridimensionais bem originais e subtis.

A abertura às dimensões subtis e religiosas por parte dos dois artistas é evidente pelas ideias e arquétipos que os inspiraram e que estão patentes nas formas, cores, conjuntos, perspectivas, dinamismos e, naturalmente, os títulos ou legendas, estas inegavelmente um bom contributo para a leitura mais orientada e logo mais profícua do que os autores intuíram ou quiseram transmitir.

Lazarus foi o nome dada a uma das pinturas mais poderosas e que pode ser vista como um quaternário aberto, um portal pluridimensional, arrancando-nos das nossas identificações ao corpo físico-cerebral e  suas limitações espaço-temporais e impulsionando-nos ao ressuscitar no corpo espiritual, tal como Jesus realizou. Para mim, a melhor pintura, ou mais operativa, da Exposição.

A Barca de Isis, o Shaman, o Bem e o Mal, Lótus Azul, Dançar ao Luar, Lazarus e alguns outros convidam-nos pois a contemplar (e, idealmente, demoradamente), bem plasmados a duas mãos e almas arquétipos poderosos, belos, decisivos, sempre interpelantes, e a deixar-nos mover, raptar por eles, donde o culto imortal da Arte, ou como o notável pintor russo Nicholai Roerich escreveu «Através da Beleza oramos, através da Beleza unimo-nos!”

                         

A exposição estará visível de 3 a 11 de Outubro, das 14 às 20 horas, mas encerrada aos fins de semana.

O Manuel Bernardes, junto a um poderoso portal.

A Gabriela, e duas pintoras, a Maria Freitas e a Ana Ribeiro
                                                     

O pequeno ("small is beautiful", de Schumacher, sempre actual)  e muito belo catálogo da exposição contem um texto dos dois pintores, e da Joana Leitão de Barros e meu, que merece ser transcrito, por ora em parte:
«Todas
as pinturas são feitas a duas mãos pelos artistas Rui Leitão de Barros Mantero e Manuel Pereira Bernardes. Trabalham juntos desde 2018 e esta será a terceira exposição da dupla de artistas. Mantiveram o anterior processo criativo, em que cada um recebe a transforma o desenho e a pintura do outro, intervindo de imediato, em total liberdade, deixando fluir a criatividade. Tudo se passa «num observatório experimental, o nervo da espátula no ritual do improviso, até ao encontro luminoso entre o eu e o outro» escreve a MBRM, a entidade que nasce dessa proximidade. O processo foi comentado por Pedro Teixeira da Mota em 2019: «pinturas que resultaram de um trabalho a dois (...) e da entidade que eles geraram no seu tão artístico, fraterno e persistente conúbio alquímico (...) qualquer crítico de arte que visitasse a mostra-exposição não daria conta que as pinturas provinham de duas mão, duas almas que convergiram para o ovo primordial.

A alegria da transformação. Experiência a duas mãos, com troca simultânea e intervenção mútua, em plena liberdade, deixando fluir a criatividade.
Num observatório experimental, o nervo da espátula no ritual do improviso, até ao encontro luminoso entre o eu e o outro.
A procura da harmonia em duas fases, com aparições espontâneas do inconsciente
É a in
tuição que dá a vida à criação.»