domingo, 23 de março de 2025

As amizades, com as redes sociais, foram beneficiadas, alteradas ou diminuídas?

As amizades foram beneficiadas com as redes sociais, ou pelo contrário as aparências iludem e, por detrás dos sucessos dos "gosto e adoro", foram antes afectadas, diminuídas, enfraquecidas?

Como em todos os fenómenos psico-sociais há aspectos positivos e negativos a considerar, pois se a oferta de possibilidades de amizades se intensificou tremendamente, se a comunicação se alargou muitíssimo, vencendo muitas das distâncias, e se a instantaneidade também é valiosa na diminuição do tempo necessário às comunicações, temos de reconhecer que  a superficialização e a dispersão das relações é grande e pode tornar-se perigosa para as amizades em si e as suas virtudes, outrora tão exaltadas por exemplo Pitágoras, Cícero, Dante, e Erasmo, que manteve uma correspondência grande e substancial, criando amigos em muitos humanistas ou simples leitores das suas inspiradas e sábias obras, graças a essas trocas de sentimentos e informações nas hoje tão descartadas cartas?

Erasmo, mestre perene da humanidade. https://pedroteixeiradamota.blogspot.com/2017/07/biografia-de-erasmo-de-roterdao-por.html

Sabermos controlar as novas formas de diálogo com as pessoas amigas bem como o tempo que consagramos a elas é então fundamental, de modo a aprofundá-las e a fazer que elas saiam de automatismos, pois frequentemente são só de nome e de apoios ou gostos esporádicos, pouco se procurando saber com quem verdadeiramente comunicamos, e se somos verdadeiramente amigos, ou mesmo afins, e transmitindo com valor perene o que comunicamos.

Se outrora as amizades nasciam dos contactos presenciais, e das cartas escritas com o magnetismo pessoal e assentavam portanto em vários tipos de conhecimento e de interação, hoje pela internet a amizade perdeu tal substância corporal e pessoal, e podemos subitamente constatar que alguém que era nosso amigo no Facebook por certos motivos ideológicos nos detesta, ou então está apenas em oposição total e activa ao que nos propomos ou defendemos.

O que devemos fazer? Cortar com essas pessoas? Explicar-lhes que enquanto forem a favor de tal ou tal pessoa, governo ou ideologia mais vale mantermo-nos distantes nas redes sociais para não termos de entrar em discussões, seja para não gastarmos muito tempo nisso e que poderia ser melhor utilizado, seja porque por vezes por teimosias, insensibilidades e fanatismos tais confrontos arriscam-se a provocar cisões ainda mais fortes?

Muitos de nós já fomos cortados nas amizades de várias e também já cortamos algumas. Se a nossa conta-perfil é aberta, então essa pessoa em vez de ser contrariada pela notícia que damos, poderá simplesmente consultar o que partilhamos quando quiser.

Conseguirmos selecionar algumas pessoas com bastantes afinidades em vários aspectos da demanda da vida,  e mantermos diálogos internos ou pessoais, ou mesmo interacções presenciais (as normais nas amizades), sem termos de perder tempo com tanta gente que tem ideias e sensibilidades diferentes das nossas, parece-me então fundamental, tendo em conta que a vida é curta e a demanda da sabedoria, da verdade e do amor longa...

Nicholai Roerich e as amizades...

sexta-feira, 21 de março de 2025

Projectos antigos: "O livro das nossas amigas ervas, flores e fadas". As primeiras páginas: dedicatória e um poema.

                                                  

                 “O livro das nossas amigas, ervas, flores, fadas.”

          A quem amei desde criança até há tempos:
Mãe, Cabé, Edite, Bendita, Fátima, Alda D,  
           a quem amo hoje:
             você, Nancy, Inês e sobretudo essa alma de Itália, Cristina,
e ainda Dalila, Teresa, Leonor, Joca, Margarida, Helena,
Teresa, esta nova alma que vem da Luz.
E acima destes seres todos aqueles grande Seres
que são os Mestres, as Hierarquias Divinas, Cristo
e vós, ó Deus. Obrigado...


«Inaugurado em 17 de Janeiro de 1987, dia de S. Antão, abade no Egipto, aquele que suportou as tentações pela força da pureza, do espírito e do templo de Deus que invocou na sua vida.
Também a nós nos cabem estas tentações e quando as vencemos pela ardência ainda maior das nossas aspirações do coração, podemos então gerar estes frutos de sabedoria e amor.
Vou bebendo uma mistura de Valeriana, Bardana e Dente de Leão e saúdo a Mãe Terra, a Natureza pura e todas as suas fadas, gnomos, silfos, salamandras e anjos, para que um dia, o mais cedo possível, eu possa deixar a cidade e partir para o seu seio, e aí trabalhar e viver na harmonia do Amor Divino, que tinge os nascentes e o poentes e quanta cor ondula nas brisas do vento que passa.


Ó`Terra, ó alma dos campo e florestas,
feita de silêncios e recolhimentos,
santuários naturais presentes.
Quanto poderemos rever-vos?

Natura, Natura minha alma apela por ti,
pelo verde dos campos, pelos pássaros a chilrear
pelos regatos cristalinos e as montanhas nevadas.
Contudo, a terra está dura, seca, difícil de se trabalhar.

Porquê? Porque falta o amor à história,
o Logos que religa o universo
em sinfonias de alento interno,
respiração duma mesma Fonte
que do Alto brota e no vale se derrama.

Digo-te aDeus, ó Mãe Terra, ó mulher amada,
ó seios puros dos sorrisos verdadeiros.
Ó nuvens dos céus, ó cereais nascentes,
ó amigas árvores, até breve. Eu vos amo. 

quinta-feira, 20 de março de 2025

O uivar da noite, o yoga das mil gerações, e um poema-oração do amor ao Anjo e a Deus. Dum diário.

Smirnov-Rusetsky. Anjos de vigia.

Da demanda em diários antigos de encontros e diálogos com o Afonso Cautela, para o seu In-Memoriam, vou transcrevendo para o blogue alguns poemas-orações, ou pequenos textos:

«Retomo a escrita neste caderno [diário] pois o outro desapareceu há dias. Hoje são 6 de Fevereiro[de 1990], o vento cobriu a santa noite do seu desesperado uivar e arremessou-se contra as janelas procurando entrar nos quartos, camas e almas.
Acolhi a noite de braços abertos, enlacei-a
na minha procura de repouso e saúde.
Num dos sonhos alguém me dizia que o meu yoga, agora, tinha o poder das mil gerações. Ou seja, penso eu, que vinha de várias reincarnações. Ou então, que estou ligado a linhas de tradição imemoriais. Ou que a minha união ou yoga era mais completa...


Rezamos poucos, meditamos pouco.
Muito mais faziam-no os cavaleiros do Amor.
Os que nos falta para tal? O fogo do Amor?

Ó meu Deus, ajuda-nos a orar.
Abre-nos às tuas inspirações,
para a nossa alma a Ti se ligar
e aos santos, mestres e anjos.

Que as tuas forças desçam sobre nós
e sobre todos os que precisam delas.
Que a saúde, a paz, a alegria estejam connosco.
Que este novo dia seja feito com tua Presença.

Ó meu Deus, quero-te amar mais,
quero ver e viver sempre a verdade.
Auxilia-me com o teu discernimento,
Anjo, torna-me mais clarividente.
 

quarta-feira, 19 de março de 2025

Um poema espiritual nos bosques de Sintra. Janeiro de 1993, numa estadia de seis meses na erma Quinta da Tapada.


Horas e dias de grande paz,
O Inverno é Primavera,
as árvores lembram-se da neve,
e sorriem às nuvens claras.

Os arbustos florescem satisfeitos
e o frio não os contrai tanto.
Há discernimento e respeito
nos crescimentos múltiplos de todos. 

O aroma é o do bosque sagrado,
a hora a do fim do dia.
O sol é uma mancha clara ao longe
e o cantar dos pássaros é vário:
atrevimento dos piscos,
receio cauteloso dos melros,
outros dão graças em zarzuelas.

O fumo da lareira é cinza no ar
volátil, caprichosa, perante os troncos imóveis.
Há alegria nos pássaros por verem-me escrever
e o cão não longe uiva de desconforto canino:
não pode voar nem falar.

As camélias estão em flor,
brancas de pureza, vermelhas do amor.
São como almas brotando da Árvore da Vida
e olhando e sentindo o Céu e o Sol distante
que se reflecte porém nas corolas.

Assim vou abrindo o meu coração às distâncias,
e encostando-me aos arbustos e troncos
firmo a minha coluna entre o céu e a terra
enquanto o pisquinho vem feliz aqui cantarolar.

Ao longe a fiada dos cedros do Líbano ou Himalaias
está quieta e serena, talvez com saudades das origens,
ou melhor, comunicando com as montanhas sagradas
pois esta serra de Sintra é também templo do Senhor.

Ó Divindade do Universo,
Talvez para ti se engalanem as árvores e bosques,
se torçam e moldem troncos e ramos,
esvoacem e cantem os passaritos.
E nós humanos aqui perdidos,
os pés e sapatos presos à terra,
nos pensamentos desgarrados
e nas palavras fúteis e inconsequentes.

Dá-nos a Tua Graça, ó Divindade,
para que a alma ressuscite do seu torpor
e o Espírito brilhe, fulgurante na noite,
e a nossa mente se torne capaz dos mistérios
e segredos que todo o universo moteja.

Em frente de mim está uma távola redonda
e estou só no entardecer friorento.
As lides do mundo prosseguem desastrosas
e uma camélia cai poderosa pela gravidade.

Camelot, cameleira, cabe onde a tua alma?
Onde a encerraste e limitaste?
Abro os braços a Deus, ao Infinito,
aos mundos distantes e a todos os contrários
e quero tornar-me Amor divino e eterno.
E assim me ergo do bosque

e me tenho firme e só Um. 

Viro-me para as costas do poente
e Vénus a estrela da tarde brilha já.
Dar-vos-ei o meu luzeiro, disse o Senhor
aos que se abrirem a mim em verdade.

Abro bem o peito e os olhos
e comungo com os seres que lá habitam.
Em corpos subtis nos visitamos,
e estou sob um chuveiro de raios e cintilações.

Há tantos mundos e seres no Universo
que devemos é estar desapegados de tudo
e de noite no corpo subtil partir e voar,
com o Alto e o Divino comungar.

E assim me despeço deste dia e de vós:
cesse o canto das palavras e pássaros,
caia a quietude e interioridade da noite
e entremos na paz da Unidade Divina.

terça-feira, 18 de março de 2025

Do vero conhecimento, ligação e amor aos Anjos. Contributos actuais.

                                        

Meditação nocturna razoável. Foquei no Anjo: o Anjo está ao nosso lado, e pode interpenetrar a sua aura com a nossa. E provocar até um pequeno choque vibratório electro-magnético. E pode estar por cima de nós, e atrás de nós, como que sobrepujando-nos. Vive numa pluridimensionalidade e subtileza maior que a nossa.

O anjo não olha para Deus externamente, pois a Divindade está em si internamente.
E não precisa de alimentos porque recebe constantemente a luz divina ígnea e amorosa.

O anjo não pode fazer tudo o que lhe pedimos, mas derrama ou deixa sair de si ou através de si sempre certas energias da sua presença e ser, e da Divindade, quando o invocamos. Temos é de preservar algum tempo para as conseguirmos sentir ou ver, ou acolher. Depois há que complementar o que recebemos pela acção física irradiante nossa. E cultivar alguma gratidão por eles...

A visão dos anjos e demais espíritos celestiais, provinda do Irão mas presente na maioria dos povos, sofreu influências da filosofia e cosmovisão grega, sobretudo do neoplatonismo de Proclus, e gerou no Cristianismo as dez ordens, que na realidade não existem como tal nem com as atribuições variáveis que lhes fizeram, desde os primeiros tempos do Cristianismo já doutrinário e em que dois tipos de escalonamentos ou graus hierárquicos foram apresentados, os de S. Gregório e de Dionísio Areopagita, até aos últimos tempos em que estamos no qual a proliferação da comercialice abateu todos os muros do bom senso e da sabedoria, como vemos em tanto livro estilo new age sobre Anjos, tais os de Doreen Virtue, Monica Buonfiglio, Sylvia Browne e Haziel, e sobre os quais escrevi alguns artigos, tal: https://pedroteixeiradamota.blogspot.com/2017/08/livros-sobre-anjos-os-melhores-e-os.html

Para além dos Anjos e dos Arcanjos, que nos são acessíveis,  e os níveis mais elevados conhecidos como Querubins e Serafins que se admitem como reais, praticamente tudo o que se diz ou escreveu sobre as diferentes hierarquias é pouco de clarividência segura e muito de imaginação, especulação.

Devemos contar com o nosso Anjo da Guarda, e os anjos e arcanjos com diferentes capacidades ou funções, como os da inspiração, da cura, da fortaleza, da liberdade, e mais vastos os da nações, povos e estados. Sobretudo importante e mais acessível é o Arcanjo de cada país, e devemos saudá-lo ou sintonizá-lo com regularidade.

Os anjos tem uma aura especial, luminosa, intensa, e para os recebermos seja os nossos ambientes externos como internos do nosso coração e desejos devem estar o mais harmoniosos, limpos e luminosos possíveis.

Um ser ou um local em que se invocam com regularidade os Anjos permanece com uma vibração mais delicada, grave, serena.

Se abrimos com regularidade o nosso coração aos Anjos, brotam mais facilmente mantras ou jaculatória luminosas do nosso peito e o mundo espiritual interior abre caminho até à nossa consciência, e qualidade dos sonhos melhora.

Se os invocamos, os Anjos podem assistir e cooperar nos nossos empreendimentos e demandas. Por isso se rezava, cantava logo de manhã ao Anjo da Guarda. Em verdade, ao o saudarmos e meditarmos, estamos a elevar a nossa mente e alma, no fundo a angelizá-la, ou seja a fazê-la comungar mais com o Logos divino, a essência do Anjo, mensageiro da Divindade entre nós...

 Temos pois de lhes prestar mais atenção, amor, aspiração, no dia a dia, ou em certos momentos tal o matinal,  o que não é fácil dada a pressa ou a dispersão em que nos movemos ou nos envolve. Termos então algumas imagens dos Anjos na nossa casa, quartos, computador é benéfico, pois esabilizam quartos e salas, sobretudo se as contemplamos e com elas e a elas oramos

"Meu Deus, meu Anjo," é uma jaculatória que se pode repetir frequentemente e com bons efeitos.

Outra é "Anjo da Guarda, Arcanjo de Portugal (ou do Brasil), Deus ou Divindade, eu vos amo e invoco."

Boas respirações, inspirações e visões angélicas! Boas irradiações de discernimento e justiça, de alegria e paz para tanta gente ainda amilhazada. Lux, Pax, Amor!

                            

segunda-feira, 17 de março de 2025

Da razão de ser, riqueza, utilidade e limitações das religiões, e da nossa missão fraterna e espiritual nelas.

                         

As religiões, fundadas ou originadas seja por milenares práticas  de culto das forças e elementos da Natureza, dos espíritos e dos deuses, seja por grandes almas (mahatmas, mestres, profetas, videntes), são dinâmicas de comunhão ou religação cósmica, espiritual e divina e   e estimulam a instrução, educação, aperfeiçoamento e individuação de cada ser, numa pluridimensionalidade física, higiénica, ética,  moral, psíquica, estética e espiritual. 

As religiões tentam estimular as pessoas a aprenderem mais sobre os fundadores, elas próprias e os outros seres e prcessos da Natureza, e sobre os mistérios da vida e da morte, do Cosmos infinito, da Divindade, bem como a vencerem os seus medos e limitações, e assim desabrocharem, aperfeiçoarem-se, iniciarem-se, cooperarem criativa e solidariamente no Cosmos e a sua Ordem. Mas nunca são auto-completas ou suficientes, pois cada uma teve uma origem histórica, geográfica, civilizacional e presta apenas contribuições específicas para o aperfeiçoamento pluridimensional das pessoas que nelas nascem ou as contactam e logo dos povos em que florescem e se conservam, fornecendo-lhes sobretudo certas concepções e cerimónias, orações e práticas que as podem estimular nos seus caminhos de vida, do nascimento à desincarnação.

Um dos erros das religiões, e que afasta pessoas,  é pretenderem alguns dos seus crentes ou dirigentes que elas são perfeitas ou completas, ou as melhores, pois por tal tendência tornam-se competitivas e opressivas, conflituosas e supremacistas, fundamentalistas até, e afastam-se de poderem ser centros de dinamização de espontâneas atrações e vias, ligações e aprofundamentos, realizações espirituais e divinas,  as quais têm sempre de ser individualmente  experimentadas e vivenciadas,  e idealmente em comunidade e em multi-culturalidade, em diálogo ecuménico, como nos nossos dias está tão facilitado...

Mas talvez o maior erro ou drama das religiões seja o das pessoas esquecerem-se que as verdades ou realidades atingidas ou realizadas por tais grandes seres, que se guindaram a certos níveis espirituais, a  determinadas expansões de consciência, e a estados de grande amor ou mesmo ligações divinas, donde emanavam ou agiam eficazmente sobre quem  contactavam, não basta hoje serem serem lidas nos registos dos livros sagrados, ou seguidas nos seus dogmas, ritos e orações, pois elas tornam-se pedras penduradas ao pescoço dos que nelas crêem e se satisfazem desleixando-se da demanda e prática interior psico-espiritual que as realiza, algo que em geral apenas os mais devotos e místicos prosseguem com perseverança diária, e alcançam...

Cada religião, na sua riqueza histórica de tradições e realizações, arte e filosofia, meditações e orações, deveria, depois de ser estudada, conhecida, praticada,  alquimizar-se em cada ser como uma bússola de auto-gnose, um canal de abertura ao alto, uma luz sempre acessa, um termómetro da ligação pessoal com o espírito, ou com a consciência expandida que cada um deveria alcançar, e ainda na ligação com os Anjos, os antepassados, a Divindade,  a Harmonia Cósmica. 

Algumas pessoas pensam deter um conhecimento ou uma relação com Deus, por vezes muito familiar,  mas se cada uma se examinar sinceramente descobrirá que em geral se ilude quanto à sua profundidade ou realidade,  e o fogo do seu amor poderá estar até bruxuleante e a luz que lhe chega ou gera ou emana ser insuficiente para estar plenamente  desperto seja agora na Terra seja nos mundos subtis e espirituais quando desencarnar.

Estamos numa época de crescentes comunicações, interrelações e sínteses, nomeadamente das descobertas científicas, da física quântica, as neurociências e os dados de clarividentes, místicos e iniciados. Elas acontecem mais  com os indivíduos que não se deixam alienar ou absorver pela sociedade dos espetáculos e da informação superficial nem se prender em dogmatismos e antes, abarcando vários domínios do conhecimento interior e exterior, os sabem viver e aprofundar, dialogar e partilhar com qualidade. 

Há cada vez mais aproximações de cientistas, académicos, historiadores e escritores aos domínios do sagrado, do oculto, da comparatividade das religiões, das técnicas iniciáticas, dos estados modificados de consciência e dos que perduram fora do copo físico. Elas necessitam contudo de ser bem joeiradas, ainda que sejam indícios e partilhas úteis  da crescente demanda de luz pela Humanidade que não se quer deixar infrahumanizar e luta por superar os constrangimentos sociais, as narrativas oficiais e as  petrificações dogmáticas, de crenças e de ateísmos, a fim de repensar, meditar e desvendar os mistérios que nos envolvem, vivendo-os por si, em si, para todos, na unidade da Humanidade e do Cosmos.

Os seres são verdadeiramente religiosos e espirituais quando vivem mais criativa e conscientemente a sua alma espiritual e a Anima mundi, ou como se designa hoje, the Field, o Campo unificado de energia consciência e informação, ligando-as, unindo-as, nas suas investigações e diálogos,vivências e meditações,  e são por isso clarificadores e harmonizadores de almas, irradiadores de energias psico-espirituais libertadoras, intermediários entre os mundos invisíveis e visíveis.

Caminham já nem sozinhos nem inconscientes mas em sintonia com outras almas e grupos afins, e acompanhados de seres e forças subtis e espirituais que através deles tentam partilhar ou manifestar mais o Logos, a inteligência e amor divinos, ou mesmo o mistério da presença Divina na humanidade, na Terra. São por isso cavaleiros e cavaleiras do fogo do Amor, levando-o invencivelmente aceso no Graal do seu coração flamejante, por vezes intensificando-o mais em momentos de culto. 

Lute contra a passividade consumista mediática, ressuscite como ser espiritual criativo de amor e sabedoria, e gere lucidez, justiça e paz!

domingo, 16 de março de 2025

Orações aos Anjos e à Divindade. E breve hermenêutica da actualidade mundial, dentro da satsanga, companhia ou demanda da verdade e da justiça.

Gravação matinal dominical de duas pequenas orações tradicionais dirigidas a Deus e aos Anjos lidas de um livrinho de 1841, e muito acrescentadas ou parafraseadas espontaneamente por mim. 

Depois das duas orações alteradas ou parafraseadas,  desaguou-se numa satsanga e numa hermenêutica da actualidade mundial. São trinta minutos (os que a máquina permite) na demanda do Logos, ou Inteligência e Amor divino, e da sua Justiça, na história actual  da humanidade. Em termos sânscritos ou indianos, na demanda da satsanga, da companhia (sanga) da Verdade (Sat), e do Dharma ou dever, geral e o nosso, ou de cada um, o swadharma. Esperemos que sinta que não perdeu o seu tão importante tempo, que ficou menos amilhazada em relação ao actual conflito no centro da Europa, que ouviu algumas indicações valiosas - sobre a agricultura e alimentação biológica, os cinco elementos, a meditação, a religação espiritual - e que assim o nosso potencial anímico despertante e iluminante ficará mais lúcido e dinâmico, justo e verdadeiro.