São meios de nos abrir para a possibilidade de recebermos da Mãe Natureza, do Eterno Feminino, e dos corpo místico da Humanidade na Alma do Mundo, ou Campo Unificado de consciência energia, as inspirações e energias capazes de nos fortalecerem nesta época difícil para que a tessitura económica e social mental de Portugal não seja demasiado destruída por medidas de contenção, controle e opressão exageradas ou erradas e que tanto têm estado a favorecer as grandes oligarquias que tentam controlar manipuladora e opressivamente as liberdades fundamentais dos seres, de facto muito apoiadas pelas instituições políticas e os seus agentes, quando o que nós precisamos é de verdade, de justiça, de paz e de psiques fraternas, luminosas e amorosas...
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terça-feira, 10 de novembro de 2015
Tarot, arcano X, a Roda da Fortuna.. Imagens arquétipas, símbolos energéticos, iniciações conscienciais.
O arcano X, a Roda da Vida ou a roda da Fortuna, no Tarot, ou em cada de nós e em cada país, mostra-nos que ela está alinhada com o Destino, ou o que se entende por Karma, acção-reacção de múltiplos factores interdependentes, mas também com o Dharma, da tradição indiana, a ordem e providência Divina e os seus agentes mais conscientes.
A personificação da Sorte ou da Fortuna, ou das alternâncias dela, teve ao longo dos séculos várias avatarizações ou corporificações, seja na filosofia e literatura seja nas representações artísticas e iconologia e a ideia básica foi ora a periocidade ora o acaso dos acontecimentos na vida.
Os símbolos principais mais conhecidos ou utilizados foram o da mulher ou a deusa com os olhos tapados em equilíbrio instável sobre uma esfera e ao vento, indicando-nos que não podemos contar sempre com a Fortuna ou a boa Sorte e que ela é instável. Ou que é preciso uma grande arte para fluirmos harmoniosamente ao longo de toda a peregrinação terrena...
Das imagens femininas da deusa Fortuna destacam-se os olhos tapados significando com isso um aspecto positivo, a imparcialidade, e não tanto a cegueira em relação aos méritos e deméritos da vida de uma pessoa ou das energias visíveis e invisíveis que nos rodeiam Mas certamente também essa venda pode significar um sinal da súbita envolvência dos seres individuais inocentes em karmas colectivos que parecem mesmo apontar para uma Providência cega, uma Fortuna desafortunada a ceifar vidas em vez de ser a derramadora da cornucópia da prosperidade e felicidade a que todos os seres inatamente aspiram.
Associada à ideia da Providência Divina, a Fortuna foi perfeitamente aceite pelos filósofos religiosos (nos cristãos destaca-se pioneiramente Boécio) que vêm uma Ordem Divina no Universo e assim os cultos exteriores pagãos à deusa Fortuna acabariam por ser para os teólogos menos dogmáticos ora exterioridades superficiais ora sinais de agradecimento ao bom funcionamento da Ordem do Universo e à roda da vida.
Esta concepção ou talvez mesmo visão de um plano divino em acção deve estimular-nos a trabalhar e a viver correctamente e a estarmos atentos a cada momento da vida para o tornarmos não só interactivo correctamente com o ambiente e as energias em acção, mas até no conseguirmos chegar ao centro, o centro tanto da roda e como do nosso ser, que já não é tão afectado pela ciclicidade ou periocidade da vida, inevitável no seu ritmo de polaridades, estações, ciclos, dores e prazeres, dia e noite, juventude e velhice.
No Tarot, que aparece como um jogo, os Trionfi, nos meados do séc. XV na zona da Itália nos ambientes das cortes cultas ou humanistas, com aproveitamentos de ensinamentos mediterrânicos do Egipto, Grécia, Médio Oriente e Oriente, e que se vai sintetizar nos 22 arcanos actuais pela primeira vez por quem nós não sabemos em Itália, encontramos na versão francesa de Marselha, já do séc. XVII, uma roda com seis braços e uma manivela, estando dois animais agarrados a ela, entre o cão, o lobo e o macaco, onde um sobe, agarrado por um nó que o apanha no pescoço e nas orelhas ponteagudas, com roupas azuis e vermelhas no tronco, enquanto o que desce fá-lo com uma saia apenas e com uma face bem mais humana, ambos com as caudas esticadas, o que parece um contra senso para quem desce. Esta cauda esticada pode significar que mesmo nas descida ou dificuldades devemos lutar ou abrir-nos às energias do céu ou dos planos subtis e espirituais para nos apoiarem ou nutrirem. É o caso do corona virus que precipitou muitos seres na parte debaixo da roda e que se devem virar para o sol e a vitamina, D, o zinco, o dióxido de cloro e outros ingredientes de alimentos, plantas e medicamentos (tal o Ivermectin) para nos ajudarem a fortificar o sistema imunitário e vencermos rapidamente os sucessivos vírus como uma gripe passageira...
É misteriosa esfinge quem preside no alto da carta, com uma espada na mão, embora com um manto alado avermelhado onde deveriam estar as asas da esfinge, e uma coroa amarela das energias psíquicas em acção ou da coroa do desabrochar do chakra do cimo da cabeça na sua abertura à confiança, às intuições, aos guias e mestres, ao Anjo e à Divindade.
A Esfinge do mistério do conhecimento da Realidade, é uma depositária da memória e assim com justiça rege através da comensurabilidade do esquadro e do compasso o Universo relacional dos seres e neste mosaico de Roma antiga vemos a roda da vida, da morte e do renascimento, e sobre ela a borboleta da psique, como que batendo as asas a partir da roda do Dharma e do Karma, a missão e a lei da causa do efeito, pois cada acto ou pensamento tanto nos sub-animaliza e coisifica, como espiritualiza e imortaliza, nos prende ou liberta....
Os que sobem e os que descem, os arrogantes que são rebaixados e os humildes exaltados, a vida dos humanos com as suas loucuras e harmonias está então contida no grande corpo da Alma do Mundo, que tem nos níveis mais elevados a Providência Divina, a Haghia Sophia, mas nos mais baixos as opressões, guerras, crimes e devemos saber circular nela com a visão plena e a acção justa, sabendo ainda recolher-nos ao centro dela...
A versão do Tarot do ocultista inglês vitoriano Arthur Edward Waite já inclui no quatros cantos das lâminas os quatro elementos, evangelistas e signos. Quem segura a espada é mesmo uma esfinge egípcia e quem circula na roda é o chacal Anubis e quem desce é a serpente Aapep. A roda já está no ar, mais cosmicizada que no medieval de Marselha, e nela há os típicos acrescentos dos novecentistas ocultistas bastantes mistificadores, bastante ingénuos no seu superficial entusiasmo universalista, ou mesmo manipuladores de correspondências de símbolos alquímicos, astrológicos e letras ocidentais e hebraicas. Vê-se ainda o nome Taro, e o de Deus Ihvh apontando para o centro e fonte do Universo.
Através desta versão moderna, a Roda da Vida e da Fortuna pode ser sentida como o microcosmos que cada um de nós é perante sucessivas esferas e ambientes macrocósmicos e que devem ser vividos sob a sintonização e a inspiração das Três Graças (mães, mestras e anjos), o aspecto fecundante e amoroso das três Parcas, e que fadam auspiciosamente cada ser na suas boas intenções e esforços.
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