segunda-feira, 26 de maio de 2014

Homenagem a Rosalia de Castro, 26 de Maio de 2014, Lisboa.


Rosalia de Castro, 
Nena insigne da Galiza,
Inspira as nossas almas 
À comunhão Divina.

                                                                  Tu, que cravejada de dor
 Acendeste o alto rubor 
Da soidade infinita, 
Abre as nossas almas 
À fraternidade inaudita.

Tu, que falaste e susurraste, 
Abre as portas do Empireu,
E de lá derrama o orvalho
Que campos e almas fecunda.

Os verdes pinhos e as nenas, 
O mar imenso e o amado, 
Todos te saudam e amam, 
Onde estás também estamos: 
Rosalia, no Amor somos um...
                             Pedro Teixeira da Mota
1837-1885, na sua casa A Matança, en Padron.
Inauguração do monumento a Rosalia, em Agosto de 1954, no Porto.
A alma das árvores, ora despidas já de folhas, ora viçosas de esperanças e fadas, e atapetadas de musgos e duendes...
Manuscrito original oferecido em 1954 pela filha da poetisa, Gala Murguia de Castro, que esteve presente nas homenagens da Câmara Municipal do Porto, em Agosto de 1954.
As águas que reflectem o azul infinito dos céus e fazem desabrochar os lótus da alma amante de Deus, possam alegrar e iluminar as almas da Rosalia, da Iolanda, da Maria, da Ana, da Luna...

Primeira obra, na sua primeira edição, quando Rosalia (1837-1885) tinha 27 anos e portanto mais plena de alegria e de esperanças, e ainda fresca da sua meninice campestre, e da sua língua galega doce e suave, pois só aos 16 anos vai para Santiago de Compostela e aprenderá o castelhano..

Edição moderna, recente, 2010, da Academia Galega da Língua Portuguesa e das Edições Galiza, organizada por Higino Martins Esteves...

Contracapa desta obra poética que se entretece ou baila com provérbios ou rimas tradicionais da Galiza

Um dos poemas, primeiros versos, parafraseando o lema: "eu lha vestira, eu lha calçara..."

Que feita, que linda,/ que fresca, que branca/ deu Deus a meninha/ da verde montanha!/ Que bela parece...
2º livro da poetisa, aqui na sua quarta edição, publicado originalmente em 1880, já em língua castelhana mas reivindicando a nacionalidade Galega, obra de mais maturidade e tristeza, mergulhos interiores e soidade, mas também rica de aspiração de fraternidade, justiça e amor...
O apelo, a soidade do Amor e do Anjo....

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