domingo, 2 de fevereiro de 2025

Uma carta e um apontamento sobre cartas poéticas. As amizades como manifestação do Amor divino, e o Lume perene da carta poética.

Do lume perene das cartas...

 Uma carta, mais precisamente um aerograma, uma relíquia nos dias de hoje, recebida de Inglaterra, em 1986, do padre Fisher, um amigo da bióloga  Joana Warden, uma senhora polaca de olhos verdes transparentes como a bondade  e espiritualidade da sua alma, pesquisadora na Faculdade de Ciências de Lisboa, no Jardim Botânico, muito dada ao naturismo e à espiritualidade, e que o fizera vir até Portugal para tentar curar uma comum amiga, a Maria Rosa, e conhecer mais pessoas, para isso contribuindo eu organizando no Porto  - no restaurante e centro Suribachi, no Porto, onde ensinava yoga e o caminho espiritual -,  possibilidade de  uma sessão de cura com ele, a que foram as alunas, como anotei no diário, a Teresa, a Zia, a Maria do Carmo, Maria Helena, Elisa enfermeira, Elisa Dantas e Madalena Leal. Ei-la:

                             The Rectory, Shirland. NR Alfreton, Derbshire,
20 June 1986.

      Dear Pedro
     Thank you for your friendship and love whilst I was in Porto those 2 days. Friends are God's way of showing his love to us on this pilgrimage of life.
      I hope you will enjoy your break of project and study and I hope we shall meet again.
      Everyone was glad to see me back and I start to work tomorrow. May God bless you.
                                                                         Fr. Fisher. 

        20  de Junho de 1986
            
Querido Pedro
         Agradeço-lhe pela sua amizade e amor durante os dois dias que estive no Porto. Os amigos são a forma de Deus nos mostrar o seu amor nesta peregrinação da v
ida.
        Espero que apro
veite bem a sua pausa de projeto e estudo e que nos voltemos a encontrar.
        Toda a gente ficou contente por ver-me de volta e começo a trabalhar ama
nhã. Possa Deus abençoá-lo.
                                                              P. Fish
er. 

Já o apontamento sobre cartas foi escritoem 2020, e resultou de ter trabalhado e descrito na leiloeira lisboeta Correio Velho um espólio de correspondência respeitante a João de Deus (8-III-1830 a 11-1-1896) e à sua família, e neste texto refiro a sua filha mais nova Clotilde Rafaela. É um bilhetinho escrito no meio da decifração e descrição, na conjunção auspiciosa de estar a findar a semana de trabalho e de segurar e ler a carta com um poema da jovenzinha Clotilde, nascida em 1882, e que se iniciava com extraordinária delicadeza, sensibilidade e amor, qual andorinha saindo do beiral algarvio do grande poeta e educador João Deus.   

                                  

«As maravilhas da escrita,
quando o amor da sexta-feira,
e fim duma semana de trabalho,
mais nos abençoa,
tocando nas cartas de João de
Deus e das suas filhas, limpando-as
dos fungos do tempo, beijando a
da jovem Clotilde.
E destes amores passados
fazemos o vulcão do nosso coração
explodir para Deus, para
o Sol Primordial Amor.»

                                                                                              17h. 24/7/20. 

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Karl Pavlovich Bryullov, 1799-1858, um pintor da Rússia com Génio. Breve aproximação à sua vida e obra. A tela "A Esperança alimentando o Amor."

Auto-retrato de Karl Pavlovich Bryullov, 1872. 

 O 225.º aniversário do nascimento de Karl Pavlovich Bryullov - um notável pintor e desenhador de cenas históricas monumentais, de pessoas e da vida quotidiana, um pintor da transição do neoclassicismo para o romanticismo, e já com algumas intuições  do impressionismo - que conheci através de Daria Platonova, uma amiga russa na rede alternativa VK.com, celebrou-se recentemente, pois nasceu a 23 de dezembro de 1799 em São Petersburgo, numa família de artistas. O seu pai, Pavel Ivanovich Briullov (Brulleau, 1760-1833), um académico de escultura ornamental, foi o seu primeiro professor. Karl formou-se na Academia Imperial de Artes de 1809 a 1821, recebendo  o Diploma de 1º grau e  a grande Medalha de Ouro, partindo em 1823 para Itália, que sempre admirara e o atraíra. 

Inserindo-se de alma e coração na vida italiana, as suas primeiras obras manifestam a atração pela vida simples, suburbana ou rural e pura, tal como observamos em pinturas como Manhã Italiana, de 1823, e outras.

 

A sua abertura ao simbolismo, ou a sua sensibilidade simbólica e o conhecimento da filosofia cristã e greco-romana e do platonismo e neoplatonismo,  está presente em algumas telas, tal como observamos na Esperança alimentando o Amor, de 1824. 

Este Amor ou cupido é gerado ou nutrido pela Esperança - humana e arquétipa - que o tem em si,   é de alguém que lhe enviou ou  são ambos que o geram? 

                               

Talvez o que  transborde mais seja a confiança plena com que a Esperança, qual Psyché, qual Vénus, olha para o Céu da Providência  Divina e dos seus mais íntimos. Há pouco ou nenhum erotismo no pequeno Eros, adormecido junto aos seios da Esperança, belos, firmes, puros, e com as asas brancas a sugerir o Amor celestial, urânico, mas é difícil caracterizarmos ou definirmos a poesia e mensagem que se desprende desta pintura e somos levados a admitir  influências platónicas, ou que a pintura remete para arquétipos, ideias, um eidos, uma imagem no Logos  divino,  bastante subtil, mas em que se congraçam no fundo a fé, a esperança e o Amor...

A criança, o Amor em pequeno, eros, que faz lembrar as crianças de Rubens, está desfalecido de amor, ou está apenas entregue na confiança, à Alma cheia de Esperança (e Fé e Amor), à mulher sublime, à Deusa e que nos faz lembrar ainda as Virgens, de Rafael? 

O Amor rechonchudo nasceu dela ou chegou até ela e com as asas descansa, para depois partir de novo, ou antes aninhou-se onde quer autogerar-se, crescer, irradiar como Amor protaico e sempre renascendo como fogo do coração?

É  uma pintura simbólica bem difícil de ser cingida na hermenêutica e na sua origem: em que pensava, sentia e queria transmitir Karl Briullov com esta pintura tão numinosa e no seu título consagrada a uma ou duas das três Virtudes teologais, - a Fé, a Esperança e a Caridade (Amor) -, e que poderemos  ler como "quero, persevero e amo ou sou amor, e, portanto, nesta pintura pode contemplar-se a Esperança perseverando com Fé, ou confiando na ordem Divina do Universo, na gestação e manifestação do Amor, o puer eternus, que ela tem em si mesma e é... 

O conhecimento e amor à sabedoria Greco-romana de Karl Bryullov será consagrado pela encomenda que em 1825 a Embaixada Russa lhe  pede de uma cópia da icónica obra de Rafael, a Escola de Atenas, e que realizará certamente bem, embora eu não tenha conseguido obter imagem dela.

Em 1832 pinta outra obra que, pela sua qualidade, acurácia e vivacidade, alcança grande sucesso, Mulher a cavalo, que a sua amiga e musa, a Condessa Yuliya Samoylova, lhe encomendara e que depois de muitas peripécias se encontra hoje na fabulosa galeria Tretyakov, em Moscovo, capital da santa Rússia, sendo considerada uma obra-prima da pintura equestre.   

Mas será o enorme (4,56 x 5,61) óleo O Último Dia de Pompeia (pintado de 1830 a1833, sobre a cidade  que estava a ser escavada e que conhecia desde  1827), o que o tornará mais conhecido, sendo enaltecido por meio mundo, nomeadamente Alexander Pushkin (que foi seu grande amigo) e Nikolai Gogol, e que lhe permitiu receber o Grande Prémio em Paris e retornar em 1836 como um consagrado à Rússia, tornando-se professor na Academia Imperial de Artes.

                             

O seu gosto pela cultura, a literatura e as tertúlias com amigos foram bem realçadas por Svetlana Kazakova quando escreveu em 2008 um artigo, Karl Briullov e Nestor Kukolnik: Uma história de duas ilustrações, sobre as relações do pintor com o escritor então famoso, Nestor Kukolnik, o qual retratou, e a propósito de uma pintura onírica que esperamos um dia abordar.

Nestor Kukolnik (1809-1868).

«Segundo os seus contemporâneos, Briullov tinha a reputação de ser um interlocutor fascinante, estava sempre bem informado sobre as novas obras literárias, lia muito e gostava que lhe lessem enquanto descansava. Pavel Nashchokin, numa carta de referência a Alexander Pushkin, caracterizou Briullov: “Há muito tempo - nem sequer me lembro há quanto tempo - que não conheço uma pessoa tão engenhosa, culta e inteligente”. Alexander Turgenev escreveu que “com este artista, pode-se falar sobre a sua arte, e ele leu Plínio, e pede que lhe emprestem a Teoria das Cores, de Goethe...” Não é de admirar que, ao trabalhar nos seus quadros, Briullov recorresse frequentemente a romances, novelas e baladas famosos e populares na época.»
As obras românticas de Briullov abriram uma  etapa na história da pintura russa, e os seus retratos, pinturas e esboços foram reconhecidos pelos seus contemporâneos como excelentes, destacando-se uns no domínio do mundo
íntimo das almas, dos sonhos,  dos anjos,  outros pela sua alegria, naturalidade e vivacidade da vida do quotidiano e, finalmente, outros evocando temas e seres históricos, religiosos e míticos.

A maioria  dos artistas principais da segunda metade do séc. XIX admirou-o ou foi influenciado por ele e poderemos citar V. G. Perov, V.I. Surikov, A. I. Kuindzhi, A. K. Savrasov, I. I. Shishkin, V. D. Polenov, I. I. Levitan, V. M. Vasnetsov, I. M. Pryanishnikov, N. A. Yaroshenko.

          -A pintura é a língua em que as nações falam entre si” - disse este  artista da grande Rússia, tão atacada injustamente nos nossos dias de decadência acentuada do Ocidente pelos seus dirigentes avençados e desgraçados. Saibamos antes dialogar e comungar multipolarmente através da verdade, da cultura  e em especial da pintura, e em sintonia com Karl Pavlovich Bryullov que, na sua comunhão com a grande Alma Europeia (e em 1988 escrevi eu A Grande Alma Portuguesa, a partir de alguns textos inéditos de Fernando Pessoa) conseguiu unir pelo coração ígneo as duas extremidades da Europa - Portugal e a Rússia - , numa dramática pintura consagrada a uma das mestras mártires do Amor perene, ou da união "até ao fim do Mundo": Inês de Castro...:  

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Cartas de cura, transmutação e gratidão intensificam sempre o fogo do coração perene.

                                     

Outrora pelas cartas circulavam muitas energias valiosas das almas, e quando eram abertas derramavam os seus eflúvios magnéticos e anímicos e causavam reacções fortes.  Depois, passam os anos, as décadas, os séculos, e tudo isso que se depositou nas profundezas das almas, se as cartas escaparam à sua fragilidade material e foram preservadas, pode subitamente renascer e provocar conversas, estudos, impulsões, transmutações. Certamente há as mais modestas nos seus efeitos, fazendo relembrar  momentos mais difíceis ou mais felizes, mais criativos ou mais esperançosos, frequentemente amorosos, familiares, espirituais. Todos nós as escrevemos, todos nós as recebemos, pelo menos até começo do séc. XXI, quando a comunicação digital as relegou para os museus públicos, particulares, imaginários mas todos desfrutámos (e poderemos desfrutar) de tal comunicação animada pela mão quente e o coração ardente, e como isso encantava, agia subtilmente...
Esta carta foi escrita pela Manuela, que conhe
ci quando ensinava Vedanta e Agni Raj Yoga no Porto há já bastantes anos, no restaurante macrobiótico Suribachi, à rua do Bonfim, ainda hoje a funcionar e bem, mas o tempo encarregou-se de nos afastar e já não sabemos se ainda peregrinamos em simultâneo na Terra, como então realizámos nas aulas, meditações e "visitas de estudo" ao Sant'Anna Dionísio, à Dalila Pereira da Costa e à Natureza. Patenteia a fase difícil mas bem introspecionada que a Manuela passou, com vários choques, o apoio que lhe dei com livros, cartas e meditações e a sua transmutação anímica, saída para a luz e abertura à unidade perene, numa vontade aprofundada de viver grata, harmoniosa e amorosamente.
Oiçamos a Manuela, e muita Luz e Amor na sua alma:

           Querido amigo:
Já consigo respirar, andar e sorrir. Estou novamente em paz Sofri um pouco, mas quão bem me fez espiritualmente. 
O seu livro " O Caminho" é extraordinário. Ajudou-me muito.
A vinda do Pedro a minha casa foi determinante no processo da minha cura, assim como as cartas que me escreveu. Obrigado pelas algas e pelo livro sobre a Macrobiótica.
Estou muito gorda (70 Kg). Espero que em breve comece a perder um pouco desta gordura porque me incomoda bastante. Os remédios abrem o apetite e engordam um pouco. Além disso, o meu estado de abatimento levou-me a uma super-alimentação como compensação. Os choques foram muito fortes e simultâneos, sofri mais do que poderia pensar que um ser humano tivesse capacidade de suportar. Meditei muito sobre o significado da vida. 

Agora só quero respirar e ter saúde para  poder viver aqui e agora, no eterno sempre presente. Eu, consciência, impessoal, unido ao todo, abarcada por este. Viver aqui e agora, mas como se estivesse já no outro lado, na outra margem. A vida às vezes quase me sufoca. Sei que existe algures algo que me poderá dar essa religação espiritual que tanto anseio. Agora, assim, sinto-me por vezes alheada de mim mesma e um pouco só.
Mas como
é bom estar vivo! Quero tanto viver! Amo tudo o que existe. Passo pelas flores e pelas árvores e toco-lhes suavemente como se acariciasse uma velha amiga. Olho para tudo como se fosse pela primeira vez porque os meus olhos vêm realmente de uma maneira diferente. Sinto-me mais perto de tudo e de todos e principalmente estou mais preparada para partilhar o sofrimento dos outros.

Se não existisse o Pedro, eu não estaria neste momento com esta vontade de crescer, criar e amar. Por tudo o que me doou, ser-lhe-ei 
eternamente grata.
                                                        Com todo o carinho
                                                             e estima,
                                                                       Manuela.


quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

As Cartas de Amor são sempre perenes, pois os sentimentos vividos são ainda hoje ensinamentos vivos.

 As Cartas de Amor são sempre perenes, pois os sentimentos vividos são ainda hoje ensinamentos vivos, vivenciáveis...

Nem sequer importa muito a qualidade literária, mas sim o que emana animicamente delas, o que vai ressoar em nós e impulsionar-nos ao amor e à música das suas esferas: dó, ré, mi...

Eis uma carta que subitamente me saltou dum opúsculo, e que me projectou para esta notícia e texto, para esta comunhão com almas já partidas da Terra mas que deixaram sinais que permitem comunicações subtis e iluminantes....

A carta, simples, anónima, ou seja, não assinada, é verdadeiramente um bilhete de amor, uma sorte grande sentida e saída com toda a simplicidade, para o ZéZé, e proclama: 

«Meu querido Zézé

O ver-te foi um mero acaso, porém amar-te foi uma coisa muito simples. Pela primeira vez que te vi, o meu coração fez   ré mi sol la si »

Está ainda animada por duas flores, rosas rosadas me parecem, outrora fragrantes, agora apenas com grande esforço de concentração, com sucessivas respirações profundas e de olhos fechados, é que deixarão desvendar-se alguma subtil imagem ou sensação da origem, colheita, tratamento, envio e recepção.  Pétalas que miraculosamente, na sua fragilidade, atravessaram mais de um século para nos chegarem às almas, com o seu amor e perfume secreto, com tudo  que se associou a esta pequena folha florida amorosa, ainda irradiante, ondulante, como as pétalas denotam...  


Não podia deixar de homenagear este amor misterioso e as duas almas que o encarnaram, e a esta mensagem lançada no oceano agitado da manifestação, de Maya e de Narayana, adicionei a minha hermenêutica e saudação:

                                  

«As cartas de amor, mesmo anónimas, são perenes. O sentimento que as animou outrora, deixou as suas vibrações na matéria subtil da cartas e quando as lemos ressuscitamos as suas misteriosas origens, características e ensinamentos: uma mulher firme, simples, musical, alegre e consciente do coração espiritual - aquele que ora, canta, irradia, ama - está connosco e comunga na eternidade, mas com que cores e flores cada um que o sinta ou intua...»

Possa o Amor Divino brilhar mais neles e em nós, pois cada escrita, aspiração ou acção de Amor é eterna, é perene, é benéfica...

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Novo ano da Serpente: meditarmos nas profundezas, despertar mais a criatividade libertadora, o fogo do amor multipolar.

 Novo ano da Serpente... Desenvolver e despertar mais a sabedoria e criatividade das almas luminosas, em dinâmica e fraterna multipolaridade mundial, ligando mais harmoniosamente a Terra, desde as suas profundezas e inconsciente, e os Céus, subtis e supra-cerebralmente conscientes e irradiantes...29.1.25, 11:11.

Sabermos estar atentos à sinceridade, à inteireza nossa no que estamos a fazer, à fluidez das energias que nos envolvem e configuramos e que, se provierem dos planos psico-espirituais nos podem harmonizar e abençoar a cada momento, não é fácil, pois tal requer bastante atenção e perseverança mas é fundamental para quem interage com os outros e pela palavra ou a escrita deve ou quer participar na luta criativa pela melhoria e aperfeiçoamento de todos, sobretudo numa época de tão grandes divisões e lutas entre os seres, grupos, nações, blocos, com tanta manipulação e opressão pelos mais poderosos monetariamente, militarmente ou assassinamente...

Precisamos então de nos observarmos, auto-consciencializarmos, verticalizarmos, silenciarmos e intuirmos se estamos bem ou a fazer o que é certo, se estamos a ser manipulados e unilaterais, se demandamos mesmo a verdade e a sinceridade, se repudiamos preguiças, passividades e cobardias, se registarmos  os perigos que nos envolvem, as hipóteses de trabalhos, o valor e os efeitos que causamos, no mundo, em nós, no seres que mais necessitam ou mais nos são próximos. 

É assim que conseguiremos captar e interagir melhor os sinais e as forças da Natureza e do Cosmos, alinhando-nos com as correntes e raios em acção,  e participar na evolução psico-espiritual nossa e da humanidade multipolar, tarefa esta de auto-conhecimento dinamizador muito actual e necessária neste princípio de ano de 2025, pois a 29 de Janeiro  entra-se no novo ano chinês da Serpente, de madeira, yang, tradicionalmente de crescimento, fortificação e fertilidade, gerando valiosos acontecimentos e realizações.

Saudamos e damos as boas vindas ao ano de Serpente, Shé...

 Sorria, alegre-se, irradie mais a sua alma espiritual em comunhão sábia e livre com a natureza e os seus pilares e elementos, e mundo espiritual e os seus raios e seres, sem se deixar apanhar por banhas da cobra políticas, religiosas ou esotéricas...

 Para os Ocidentais, que tivemos o começo do ano no 1º de Janeiro, e iniciamos e realizamos certas actividades, projectos e ideias,  agora teremos um segundo começo à nossa disposição, uma nova oportunidade de meditarmos, de nos avaliarmos e vermos o que deveremos ser mais, realizar, começar ou concluir, clarificando e vencendo passividade e ignorância, dualidades extremizadas  e opostos conflituosos, em nós e nos outros...

   Nuwa...

Aproveite então estes momentos (e das 9:00 às 11:00 p.m. é o período ideal segundo a geomancia chinesa) para ir mais fundo na sua interioridade, em busca da sua serpente interna, da serpe dourada portuguesa, da misteriosa e inconsciencializada kundalini, da sua energia ardente de criatividade, dinamismo, alegria, aspiração à verdade, à multiculturalidade e multipolaridade, à unidade, à Divindade e traga-a ao de cima, sem se deixar manipular, atemorizar, vampirizar, controlar, explorar, por pseudo-gurus da finança, comunicação, política, religião ou esoterismo, e manifeste-a mais vezes ou  tempo, ou melhor, no seu dia a dia luminoso...

                                

sábado, 25 de janeiro de 2025

Plantas Medicinais, caracteristicas e aplicações. Lista de 103 (em actualização) livros em português e espanhol, com breves anotações. Para sobrevivermos melhor no séc. XXI:

 Gostando e interessando-me há muitos anos por ervas medicinais, e recolhendo-as e utilizando-as bastante, tendo convivido com alguns ervanários, tal o senhor Rogério (bastante e que estive para lhe suceder...), da ervanária Cascais, em Lisboa, e o Ti Couteiro, em Vilar de Perdizes, entre outras pessoas (alguns diálogos com o snr. Coutinho do mercado do Bulhão, Manuel Pires Afonso, de Sirvozelo, a Pakinta, de Loulé, a Fernanda Botelho, sem dúvida das mais conhecedoras na prática, e bem dinâmica  na divulgação, tendo  colaborado na sua Agenda da Semente, em 2013), a Zélia Zakai, o espagirista José Medeiros, homens e mulheres do campo e serras, instrutores espirituais), e  conhecendo bem os benefícios que colhemos por confiarmos na Natureza e na Mãe Sabedoria Providência Divina, sobretudo face a tanta artificialidade da vida e   tanta ganância desumana das farmacêuticas e políticos, como se viu na recente covinagem,  resolvi partilhar uma série de livros que tenho ou que me passaram pelas mãos, de modo a que quem se interessar possa receber alguma indicação valiosa e melhorar a sua harmonização psico-somática, para que as ideias e arquétipos do mundo espiritual e Divino se possam realizar mais saudável, fraterna e multipolarmente entre nós... Última actualização VII-2025.

 Das ervas medicinais da Mãe Terrena e Cósmica é que se pode gerar mais e melhor, sobretudo previdentemente, a harmonia e a cura natural...

Persevera em tudo, até que a estrela de Júpiter, ou do Mestre, te inspire, te cure, te ilumine.

ANRICOPIS, Gustave. A Cura das Doenças pelas Plantas. Mais de 100 plantas medicinais para serem utilizadas... Lisboa, 1922. In-8º 47 p. B. Valioso pelas receitas, águas, xaropes, etc. Bom.

BARNARD, Julian y Martine. Las Plantas Sanadoras de Edward Bach. Una guia práctica ilustrada para la preparacion de los remedios. Great Britain, 1999. In-4º 194 p. Br. Belas fotografias e descrições das plantas mas os efeitos ou aplicações são apenas no sentido psicológico das frases-afirmações correspondentes aos 38 remédios-plantas curadoras Bach. Bom.

BECERRA, Dr. Afas. Ervanário Prático. 335 Plantas úteis na arte de curar. Lisboa, 195? In-8º 62 p. Br. Breves propriedades e aplicações. Razoável.

BELLO, Fernando. Essencias Florestaes Exoticas a cultivar em Portugal. Lisboa, Typographia Correa & Raposo, 1914. In-4º 52 p. Br. Com dedicatória a Sousa Amado. Cedros, Eucaliptos, Abetos, Criptomeria, Cipreste.

BONNET, George. Plantas Medicinas e as suas aplicações. Lisboa, Biblioteca do Saber, s/d. 1960? In-4º 11 p. Br. Sem capa, Ilustrado. Razoável. 

BOTELHO, Fernanda. Plantas Medicinais. O valor das Sementes. Agenda 2013. Lisboa, Edições Mahatma. In-4º cerca de 200 p. Br. Com ded. Textos iniciais da Fernanda Botelho, Fernando Naves, José Miguel Fonseca (o amigo fundador da Colher para Semear), Lanka Horstink (Coordenadora da Campanha pelas Sementes Livres em Portugal) e Pedro Teixeira da Mota. Com boas descrições e fotografias das plantas e suas utilizações, e ainda com receitas, bibliografia e moradas. Um exemplo, parcial, da Bolsa de Pastor: «É um bom antispetico das vias urinárias, diurética, hipotensora, adstrigente, ajuda a  baixar os níveis de ácido úrico. É útil em casos de sangue na urina provenientes do útero ou das vias urinárias (...), no excesso de fluxo mentsrual, leucorreia, diarreia, sangramentos do nariz e das gengivas, hemorroidas. Eficaz contra dores de garganta, em gargarejos. É usada na medicina chinesa para tratar disenteria e problemas oculares.».

BOURDELON, Honoré e RIDAYRE, Benoît. A Saúde com as Plantas!  Lisboa, Marabu-Notícias. 1972.In-12º 198 p. B. Com desenhos das plantas. Valeriana: histeria, estados nervosos espasmódicos, falta de ar, palpitações. Alfazema ou lavandula: tosse, catarro, gripe, reumatismo, enxaquecas. Cominhos: após as refeições, digestivos. Boldo: estimulante e tónico para o fígado. Alecrim: para estimular a circulação do sangue, fraqueza de esgotamento, gastralgia (cólicas), palpitações, vertigens, enxaquecas.

CARNEIRO, A. LIMA e LIMA, F. C. Pires de. Notas comparativas de Medicina Popular Luso-Brasileira. Notas Comparativas entre Vocabulário Médico Popular Português e o  Vocabulário Médico Popular Brasileiro. Lisboa, 1940. In-4º max. de 33 p. Br. Orações, tratamentos, receitas. Limpeza de dentes e boca, salva, hera e mentrasto. Dor de barriga: macela, colmo, cidreira, limonete e frições de casca de pepino. Frieiras: casco de cebola quente, manteiga e azeite. Garganta; gargarejos de cabeças de papoilas ou de malvas, com mel. Uma Oração: "Jasus, Jasus, nome de toda a virtude, curai-me deste mal, infundi-me a vossa luz."

CARDOSO, Capitão de Fragata António Cardoso. Os Descobrimentos Marítimos, as Plantas e os Animais. Lisboa, 1989. In-4º 32 p. Br. Ilustrado, visão geral da circulação das plantas.

CARVALHO, Augusto da Silva. Mézinhas e Remédios de Segredo. Lisboa, 1928. Facsimile já do séc. XX. in-4º 115 p. Br. muita informação histórica, tal a Colecção de Receitas Medicinais, do séc. XVIII, na Biblioteca da Ajuda, quota 49-II-76, águas miraculosas, canela, o ginseng que chega ao rei D. João V, as receitas ou medicinas do rei D. Duarte.

CORTIÇO, Manuel Milheiros. Mezinhas Caseiras. Montijo, 1992 In-4º de 27 p. Br. Recolha no concelho do Montijo de receitas populares. Razoável.

COSTA, Aloísio Fernandes. VALE, José Baeta Cardoso do. Práticas de Farmacognosia. Identificação dos simples da Farmacopeia Portuguesa (organizada em chaves dicotómicas). Coimbra, Editorial Farmacêutico, 1944. In-4º 86 p. Br. Com dedicatória ao prof. Virgílio Correia. Estudo cientifico botânico morfológico e químico, sem localizações nem aplicações terapêuticas.

COSTA, Aloísio Fernandes. Elementos da Flora Aromática. O laboratório de Farmacognosia no Estudo dos óleos essenciais de Portugal e Angola. Lisboa, 1975. In-fólio peq. 296 p. Br. Valioso estudo sobre a flora aromática de Portugal e do Antigo Ultramar, com as suas localizações e propriedades, mas sem discriminar as aplicações.

COSTA, João Goncalves da. A FLORA DO ALTO MINHO Suas aplicações na Medicina e Gastronomia Locais. Lisboa, 1995. In-4º gr. 55 p. Br. Abordagem directa e breve às caraceritsicas e usos: Alecrim: "... actua sobre o sistema nervoso, estimula os asténicos [poderá substituir o café...], fortalece a memória e purifica o ambiente pesado, através do seu cozimento ou queima. Muito utilizado, portanto, pelas mulheres de virtude. É, ainda, melífera de muito valor [O mel do alecrim é dos melhores]»

COSTA, Manuel dos Santos. História das Plantas Medicinais Portuguesas. Lisboa, 1899. In-4º 423 p. Br. Com 136 ilustrações. Científico, propriedades mas não receitas de aplicações. Bom.

COSTA, Mário. O Simbolismo do Ramo de Louro. Ensaio etnográfico com origem num velho costume nacional que quase se perdeu em Lisboa. 1963. In-fólio 29 p. Br. C. ded. Ilustrado. Com muitas quadras ao louro e ao vinho.

COUTINHO, António Xavier Pereira. A Flora de Portugal (plantas vasculares) dispostas em chaves dichotomicas. Lisboa, 1913. In-4º gr. 706 p. Enc. Estudo científico da determinação das famílias, géneros e espécies, mas sem propriedades terapêuticas

CRAVO, Antonieta Barreira. Frutas e Ervas que curam. Panacéia Vegetal. 3ª ed definitiva. In-4º 422 p. Br. Cento e oitenta e duas plantas desenhadas e caracterizadas de modo simples. Bom.

CROW, W. B. Propriedades ocultas das Ervas e Plantas. Seu uso mágico e simbolismo astrológico. O ritual das plantas e suas poções mágicas. S. Paulo, Hemus, 1988. In-4º 70 p. Br. Algo superficial.

CRUZ, Visconde do Porto da. A Flora Madeirense na Medicina Popular. Separata da Revista Brotéria. Lisboa, 1935. In-4º gr. 35 p. B. Dedicatória ao Capitão Bernardo Guedes. Valiosa recolha dos «rumédos» caseiros dos Vilões, os camponeses madeirenses: Flores da laranjeira para o coração. Manjerona, erva-cidreira, água da alface, flores e folhas da laranjeira, para a insónia. Água salgada amornada, ou chá do sabugueiro,  para a garganta. Expectorantes: avenca, era terrestre, hissopo, poejo e xarope de nabo. 

CRUZ, Visconde do Porto da. A Flora Madeirense na Medicina Popular e na Indústria. Separata das Publicações para a Protecção da Natureza, IV. Lisboa, 1950. In-4º gr. 17 p. Br. Lista de aplicações:  anemia: agrião e aveia. Bronquite e expectorante: o hissopo, a hera-terrestre, eucalipto, linhaça, marroios, nabos, pinheiro, pitangueira. Sem especificar modos nem quantidades.

CUNHA, A. Proença da. SILVA, Alda Pereira da. ROQUE, Odete Rodrigues. CUNHA, Eunice. Plantas e Produtos Vegetais em Cosmética e Dermatologia. Lisboa, Gulbenkian, 2004. In-fólio peq. 310 p. Cartonado. Bem ilustrado: habitat, partes utilizadas, constituintes, actividades biológicas sobre o tecido cutâneo, principais aplicações cosméticas e dermatológicas, efeitos secundários, toxicidade. Plantas só para a pele...

CUNHA, A. Proença da. SILVA, Alda Pereira da. ROQUE, Odete Rodrigues. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Lisboa, Gulbenkian, 2003. In-4ºmax. 702 p. Cartonado. Bem ilustrado: habitat, partes utilizadas, constituintes, Farmacologia e actividades biológicas, Usos Etnomédicos e Médicos, principais Indicações, Usos aprovado pela Comissão Europeia, Contra-indicações, Efeitos secundários e Toxicidade, Precauções, Formas de Administração, Bibliografia. Obra de referência, oficial.

CUNHA, A. Proença da. Odete Rodrigues ROQUE, Odete Rodrigues. RIBEIRO, José Alves. Plantas Aromáticas em Portugal. Caracterizações e Utilizações. 4ª ed. Lisboa, Gulbenkian, 2017. In-fólio peq. 328 p. Cartonado. Bem ilustrado e realizado. Referencial.

DEHIN, Robert. O Médico Verde, a Planta dos Milagres (Aloé). P.P. Saúde, 1998. In-4º g. 300 p. Br. Boa monografia sobre o aloé.

DAVIS, Patrícia. Aromaterapia de la A a la Z. Madrid, Edaf. 1993. In-4º g. 475 p. B. Bom dicionário generalista, mas cauteloso. Melhores desinfectantes: bergamota, cravo, eucalipto, zimbro, lavanda, árvore do chá e tomilho.

DISTRIFA. A Saúde ao seu alcance. Fitoterapia & Vitaminas e Minerais. Lisboa, Arkosol. 200?. In-4º de 32 p. Br. Ilustrado. Propaganda da gama de produtos em pó e cápsulas obtidos por criotrituração (a 196º negativos), certamente com diminuição de algumas propriedades sinérgicas (embora afirmem o contrário) com boas explicações modernas. Muito bom.

ESPLAN, Ceres. Chás Medicinais. Lisboa Ed. Presença, 1981. In-8º 94 p. Br. Quinze tipos de chás, e as plantas que os podem compor. Ilust. Bom, valiosas informações.

FARELLI, Maria Helena. Plantas que curam e cortam feitiços. Rio Janeiro, 1988. In-4º 77 p. Br. Obra quase só baseada nas crenças e magia do candomblé. Média.

FEIJÃO, Dr. Raul Oliveira. Botânica na Aldeia. 2ª ed. Lisboa, Colecção Educativa, 1974. In-8º 105 p. B. Ilustrada a cores. Iniciação juvenil às árvores, ervas e plantas.

FEIJÃO, Dr. Raul Oliveira. Medicina pelas Plantas. In-4º 242 p. Br. Ilustrado, prático de consulta. Muito bom, um clássido durante muito anos.

                                 

FERRÃO, José E. Mendes. Especiarias. Cultura, Tecnologia Comércio. Lisboa. 1993. B. Valioso estudo profundo, bem ilustrado.

FERRÃO, José E. Mendes. A aventura das Plantas e os Descobrimentos Portugueses. Lisboa. 1992. In-fólio gr. 242 p. Br. Muito ilustrado com imagens antigas e actuais.

FERRO, José Ramón Marino. La Medicina Magica (Hipocrates). Galicia. 1988. In-4º 228 p. Br. A frágil visão greco-romana. Médio ou fraco de utilidade mas com bastantes citações,

FERRETI, Giambatista Milesi. Cultura de Plantas Aromáticas e Medicinais. Lisboa, Europa-América. 1995. In-4º gr. 115 p. B. Espécies, cultura, colheita, secagem, embalagem, comercialização. Sem propriedades. Bom.

 FERRO, Xosé Ramón Marino. La Medicina Popular Interpretada. I e II. Galicia 1986. In-4º 304 e 256 p. Bom etnograficamente e com orações-versos.

FICALHO, Conde de. Plantas úteis da África Portuguesa. Prefácio do prof. Rui Teles Palhinha de 1944. In-4º XVI-302 p. Enc. Excelente estudo pioneiro, com valiosa introdução.

FICALHO, Conde de. Flora dos Lusíadas. 2ª ed. Lisboa, 1980. In-4º 111 p. B.«Das 24 plantas de que, na descrição de Camões, se compõe a flora da ilha, não há uma que não seja espontânea em Portugal e regiões vizinhas, ou aí introduzida ou cultivada antes do seu tempo. Ainda mais, são todas escolhidas entre as vulgares, e que dão o cunho à vegetação mediterrânica». Bom desenvolvimento sobre a canela.

FRANCES, Marcela. Como conservar su salud con las plantas. Madrid, 1988. In-4º 121 p. B. Boas combinações de quatro plantas para diversas doenças. Digestão (Melissa, Manzanila, Salvia, Menta). Diabete (Valeriana, Cavalinha, casca de Nogueira, casca de encina). Bom.

 GERÊZ, Parque Nacional da Peneda-. Plantas Medicinais e Aromáticas. In-4º 4 p. Br. Folheto com descrições sumárias das 30 espécies que vivem nestas serras sagradas.

                           

GOSLING, Nalda. Herbas para los dolores de cabeza y la jaqueca 1978. In-8º 126 p. Br. Aborda vinte e quatro plantas, ilustradas. Razoável.

GRISLEY, Gabriel. Desengano para a Medicina ou Botica para todo o pai de Famílias. Consiste na declaração das qualidades e virtudes de 260 ervas, com ouso delas. Também de sessenta Agoas destiladas, com as regras da Arte de destilação. Coimbra, Joseph Antunes da Silva, MDCCXIV. In-12º de (6) 308 p. Enc. Como era médico, é dos autores que mais tipos de usos descreve para cada planta ou alimento. Algumas das plantas recomenda comê-las durante o dia, apontando os benefícios. Obra muito popular. Hervé Baudry tem online um artigo valioso Livro Médico e Censura na primeira Modernidade em Portugal, onde cita esta obra,

GUIA Dinâmico das Plantas Medicinais. In-4º 73 p. Fotocópia, Incompleto. Vai do Abacateiro à Salva. Bom.

GUIA Prático de Remédios e Tratamentos Naturais. Lisboa, Selecções do Reader's Digest, 1996. In-fólio peq. 335 p. Cartonado. Mais de 200 páginas por planta. Obra boa.

 HISTÓRIA DA BOTÂNICA EM PORTUGAL. Biblioteca do Povo  e das Escolas. Lisboa, David Corazzi, 1883. In-12º 63 p. Br. Biografa criticamente os principais botânicos e suas obras, até à época: Garcia de Orta, Carlos Clúsio, Gabriel Grisley, João Vigier,Frei Cristóvão dos Reis, P. João Loureiro, Abade Correia da Serra, Domingos Vandelli, Félix Avelar Brotero, Alexandre Rodrigues Ferreira, Frei José Mariano da Conceição Veloso e Welvistch.

HOFFMANN, David. Manual Holístico das Ervas Medicinais. Barcelona, 1992. In-4º máx. 318 p. Br. Muito completo sobre a visão holística do corpo, e bom na preparação e aplicações das ervas, ilustrado. Mais anti-microbianas: Equinácea, eucalipto, alho cru, mirra, absinto, capuchinha, três vezes ao dia.Yogurte, comido ou em irrigação interna.

HOMEM, Dr. Fred Vasques. Nutrição, Dietas e Cura Natural. Lisboa, Progresso Editora, 1961. Inº4º 574 p. Br. Os Meios naturais e Naturoterapêuticos, Uso racional dos alimentos, Diferentes tipos de tratamentos. Dedica doze páginas à Fitoterapia, indicando apenas os nomes de acordo com as suas propriedades estomacais, peitorais, vaso-dilatadoras, etc. Valioso é:« as plantas naturais, não preparadas, têm grande vantagem sobre o produto sinteticamente preparado, isto é, o princípio activo isolado [laboratorialmente]. Visto serem de forte electronegatividade e terem alto potencial radiogénico, dinâmico e magnético (cf. as radiações mitogenéticas, de Gurwitsch, as oscilações electromagnéticas, de Lakhowsky, e os "quanta" de luz absorvida, de Planck), contêm todos os minerais em estado assimilável pela célula, isto é, desprovidos de efeito tóxico», embora as que tenham princípios tóxicos para o humano se devam evitar. Ainda o entrevistei, a pedido do pioneiro jornalista ambientalista, de agricultura biológica e de energia subtis Afonso Cautela, a quem consagrei artigos neste blogue.

HUIBERS, Jaap. Plantas Medicinais contra o Atress. S. Paulo, Hemus, 1983. In-4º 62 p. B. Camomila, Hipericão, Valeriana, Arnica, Líquen-islândico, Potentilha, Melissa, Vara de Ouro, Arruda, Maçã, Alfazema (Lavandula spica), Noz, Espinheiro-Alvar, Aveia. Com quatro páginas sobre a homeopatia. Valoriza nas plantas, que são um todo, os princípios subtis ditos inertes em contraposição aos excessivamente valorizados activos. Boas aproximações e desenhos. 

JARDIM, Margarida, JORGE, Fernando. Objectos Naturais. Metamorfoses da raiz, caule e folhas. Natural Objects, Methamorphosis of root, stem and leaves. Museu e Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, 1999. In-fólio oblongo 307 p. Cartonado. Valioso catálogo, colaborado por oito pessoas, da exposição de 123 objectos naturais existentes no Museu, de árvores e plantas, com descrições e aplicações, algumas medicinais. Anote-se no texto sobre "folha enrolada do tabaco", o último parágrafo: «Segundo Feijão [Oliveira], ainda nos inícios dos anos 60, em certas regiões, o povo, antecipando-se [ou perseverando] às boas regras da agricultura biológica, usava o infuso de tabaco em pulverizações contra os pulgões e outras pragas que atacam as plantas cultivadas.»

JUMA, Imitiaz. Plantas Medicinais Portuguesas no Tempo dos Descobrimentos. Lisboa, Glaxo, 1992. In-4º máx oblongo 137 p. Cartonado. Muito bom e bem ilustrado.

JUNIOR, João Cardoso. Subsídios para a Matéria Medica e Therapeutica das Possessões Ultramarinas Portuguesas. Tomo I. Lisboa, Academia Real da Ciências, 1902. In-4º máx. XXII-278 p. Br. Grande desenvolvimento sobre Cabo Verde. Boas informações in loco sobre aplicações e costumes.

KUSHI, Michio. S.O.S Macrobiótico. Curas Naturais. Torres Novas, José Galamba-Sol Nascente Publicações Lta. 1979. In-4º 30 p. Br. Receitas práticas: Artemísia, em jejum, vermífugo. Banchá ou chá de 3 anos para problemas digestão e excesso de açúcar. Raiz de lótus para resfriados e bloqueio nasal, à qual se pode juntar sal. Compressas de gengibre (rins, bronquites, resfriados, prisão de ventre), emplastros de mostarda (para bronquite, asma), de inhame ou batata (febre, rupturas, tumores). Com desenhos explicativos. Bom.

                                             

LAGUNA,  Andrés. Pedacio Dioscorides Anazarbeo, Acerca de a Materia medicianl y de los venenos mortiferos... Edição facsimil de 1566 con estudios introductorios de Pedro Laiz Entralgo, J. R. Palero, ... Fundacion Ciencias de la Salud, 1999. In-fólio de CLV-616-(25) p. Cartonado. Valiosos estudos, e reprodução das caracterizações de Dioscórides (35-90), e as mais científicas de Laguna (1499-1559), que corrige frequentemente os anteriores comentaristas, adicionando outras propriedades. Obra clássica, ainda com alguns dados de aplicações valiosas.

LAIS, Erika. Plantas Aromáticas Medicinais. Lisboa, Público, 2003. In-4º 120 p. B. Muito boas imagens e informações ao estilo de dicionário, mas com valiosas aplicações das ervas medicinais.

LIMA, Américo Pires de. A Botânica no Porto. Notas biográficas e bibliográficas. Coimbra, 1942. In-fólio 57 p. Br. Com ded. Muita bibliografia, por este valioso médico e etnógrafo. 

 LIMA, F. C. Pires de. Arquivo da Medicina Popular. Colectânea de estudos dirigida por... II. Prefácio de A. A. Mendes Corrêa. Porto, Edição do Jornal Médico, 1945. In-4º gr. 116 p. Br. Doze bons artigos, alguns dos quais sobre a Medicina Popular Duriense, e de Valbom, bem como amamentação materna, gravidez, raiva, etc. Com muitas receitas de ervas medicinais, orações, benzeduras 

LISSENT, Henry. As Dez Plantas que curam. Lisboa. 1996. In-4º 27 p. Br. Alecrim, Alfazema, Erva cidreira, Eucalipto, Hortelã-Pimenta, Malva, Salva, Tília, Tomilho, Camomila. Muito bom.

LORENZ, Francisco Valdomiro. Receituário dos Melhores Remédios Caseiros. 13ª ed. S. Paulo, Ed.Pensamento, 1952. In-8º de 188 p. Br. Maioria dos ingredientes da América do sul.

LUCAS, Antonio Castillo de. La Medicina Popular en Aragon. Porto, Junta Distrital, 1971. In-4º 21 p. Br. Com ded. ao etnógrafo Dr. Amaro d' Almeida. Dois refrões: Cocimiento de Malvaisco cura hasta al bispo, e Si te curas con malvas, mal vas, aludindo à doença grave que se teria, já que era reputada planta salvífica.

 LUCAS, Antonio Castillo de. Adagiário da Farmácia Vegetal. Separata do Jornal Médico. Porto, 1946. In-4º 8 p. Br. Dedicado a Amaro d' Almeida. Rifões valiosos: El ajo (alho) es la triaga del vilon (pobre); Ajo  crudo y vino puro passan al puerto seguro. El romero (alecrim) de virtude está lheno (cheio). Quien passa por el romero, y no coje de el,/ ni ha tenido amores, ni los quiere tener. El oregano, todo o mal quita. Se queres que el amor te prenda, dale un brote de orégano. La salvia, salva. Quien tiene salvia en su huerto, un buen remedio tiene cerca. El que come beleno (meimendro), no le falta sueno...

MARQUES, Carlos. Diccionario de Medicina Vegetal (ao alcance de todos), I e II partes. Lisboa, 1910. In-8º 176 e 170 p. Cartonado. Bastante abrangente, receitas e conselhos. Muito bom. A II parte só sobre as plantas.

MARTINS, Manuel Alfredo de Morais. O Mel na Medicina Popular. Lisboa, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, 1984. In-4º gr. 16 p. Br. Com ded. Valioso estudo sobre o uso do mel desde a Antiguidade, tal Demócrito, «untar-se com azeite por fora e com mel por dentro», Hipócrates, como expectorante, nas várias receitas do clássico Lunário Perpétuo, e nas tradições do Minho, Douro e da Beira Baixa, tais a gema de ovo e mel para as queimaduras; e nas constipações, o leite ou chá quente de alecrim, ou tomilho, ou poejo com mel (e deitar-se e suar), e gargarejos de chá de papoilas e malvas com mel.     

MEDEIROS, José. Alquimistas, Espagiristas, Ervanários e Boticários. Em busca da vida eterna. Mafra, 2009. In- 4º 151 p. Br. Referencia 432 livros, reproduzindo alguns frontispícios, existentes na Biblioteca de Mafra, realizado por um dos raros espagiristas portugueses.

MIRINHA, Marco e FERRO, Georgina. Plantas Medicinais da Serra d'Ossa. CEIA, 2005. in-4º 88 p. Br. Boas imagens de quarenta plantas, características, usos medicinais e outros, e contra-indicações. Nos "outros usos" indicações pouco conhecidas e valiosas.

MYRE, Mário. Relatório do Reconhecimento Florístico e Fitossociológico da reserva paisagística de Almada. Lisboa, 1983. Da colecção Parques Naturais, nº12. In-4º 86 p. Br. Fotografias. Apenas localizações.

MORALES, Gaspar de. De las Virtudes y Propriedade Maravillosas de las Piedras Preciosas. Madrid, Biblioteca de Visionarios, 1977. In-4º 576 p. Br. Muita informação das imaginações pouco acertadas da Antiguidade. Prático. Médio.

                                 

MORRA, Dr. Vicente. Medicina Vegetal, Plantas Medicinais. Lisboa, Natura, 1955, In-4º 160 p. Br. Muito prático, por plantas e suas utilidades. Bom.

PARACELSO. Las Plantas Magicas. Botanica Oculta. Kier. 1961. In-4º 177 p. Fotocopia. Muito na base paracelsica, e de magia, e astrologia, popular. Bom.

PERUCHO, Juan. Botânica Oculta o el falso Paracelso. Barcelona, Plaza & Janes, 1986. In-4º 188 p. Br. Eruditos e ocultistas ensaios sobre várias plantas medicinais e as histórias e lendas de propriedades, acontecimentos e simbolismos ligados a elas. Muito bom.

PIMENTA, Eduardo. História dos Simples. Epítome da historia natural das drogas simples de origem vegetal e animal. Porto, 1916. In-fólio peq. 131 p. Br. Boas descrições embora as aplicações ou usos sejam muito sumários. 

PIMENTEL, A. Leão.  Manual do Colono. IV. Agricultura tropical. Botânica. Herborisação. 3ªed. Porto, 1935. In-4º gr. 507 p. Br. Após uma boa introdução à agricultura tropical, segue-se a descrição, terrenos e culturas de plantas e árvores para uso doméstico, industrial e medicinal, com conselhos muito práticos.

PITMAN, Viki. Fitoterapia. As Plantas Medicinais e a Saúde. 1996. In-4º 188 p. Br. Muito bom. Capítulos sobre a história da fitoterapia, modo como plantas curam, energia das plantas e tipos de constituição; acções terapêuticas das plantas; mãos nas plantas (recolha, preparação, conservação, utilização); remédios para doenças comuns; plantas à mão (onde aborda bem e com alguns desenhos sessenta plantas, algumas consideradas ervas daninhas nos jardins, tal a alsina, aparina...

PROBADAS FLORES Romanas de famosos y doctos varones compuestos para saludy reparo de los cuerpos humanos y gentilezas de hombres de palacio e de criação transladas de lengua italiana en nuestra espanola. Facsimile. In-4º 20 p. Ilustrado. Receituário medieval. Elogia a verbena como causadora de alegria, e a erva de S. João para os corrimentos.

PUTZ, Rodolfo. Las Plantas Mágicas según Paracelso. Botânica Oculta. Barcona, Libreria Sintes. In-8º 317 p. Enc. Valioso estudo das doutrinas e preparações espagíricas paracelsicas; nas últimas 110 páginas "Pequeno dicionário de botânica oculta", com cerca de cem plantas.

                                                   

ROSA, João Bruno. Plantas Medicinais do concelho de Rio Maior. 1988. In-4º 36 p. Br. Com boa introdução. Um dos exemplos valiosos, propõe plantas em pós para salada: alecrim, tomilho, agrião, louro, hissopo aipo, cavalinha, oregãos. Ainda dialoguei com ele.

RUSSO, Rogério Marques de Almeida. Remédios Caseiros. 2ª ed. Porto, Progredior. 1958. In-4º 200 p. Br. Muito bom, com casos e receitas de várias proveniências.

SÁ, José. Para conservar a Saúde com remédios caseiros. Porto, Edições Vera Cruz. In-10º 80 p. Br. Receitas de chás para as doenças-sintomas. Razoável.

                                         

SABOLI, Rajodole. A cura das Doenças pelas Plantas. Mais de cem plantas medicinais que podem ser utilizadas como remédios caseiros. Lisboa. In-12º 47 p. Br. Vários erros. Médio.

SANTOS, Faustino.  2º Congresso de Medicinas Alternativas e Populares do Ribatejo. S/local. 1998. Destaque para a comunicação de Nazaré Varela, Mezinhas de S. João da Ribeira: Ferve a água e deitam-se as ervas e repousam uns minutos, e para 2, ou 2,5 decilitros de água, 5 gramas da planta, e tomar em geral 3 vezes ao dia. Tília, resfriamentos, insónia e nervos. Duas outras palestras do Padre Fontes, onde aponta a doença como resultado da desarmonia consigo próprio, com o ambiente e com o Sagrado, e aborda os santos na medicina popular Barrosã, tal S. Mateus dos ouvidos, S. João da dor de cabeça (e será o Baptista que ficou sem cabeça, ou o Evangelista que tinha a cabeça semi-divinizada pelo Logos?) e S. Luzia da vista.

A SAÚDE pela Natureza. Alimentação, Exercício, Respiração, massagem, cosmética. Lisboa, Selecções dos Reader´s Digest. 1986. In-fólio oblongo 448 p. Cartonado.  Dividido em Uma vida mais saudável (alimentação, ervas aromáticas, em 12 páginas, Sol, desporto, respiração, relaxamento, yoga, beleza natural, habitação e vestuário saudáveis) e Tratamentos naturais (água, terra, massagens, acupuntura, homeopatia, dieta e jejum) e plantas que curam, onde aborda bem a fitoterapia, em vinte e seis páginas, com belas fotografias, e boas indicações, tais a alteia (boa para mastigar) deve ser macerada em água cerca de 40 minutos e só depois levemente aquecida.

SAÚDE pelas Plantas. 250 receitas de remédios compostos com plantas medicinais. Lisboa, Livraria Barateira, s/data. In-8º 163 a 288 p. Br. Clássico popular razoável.

SEDIR. As Plantas Mágicas. Lisboa, Vida, 1999. In-4º gr. 183 p. Br. Recolha de muita informação antiga, alquímica, hermética, frequentemente mistificadora, por um ocultista. Bom.

SEGREDOS e virtudes das plantas medicinais. Lisboa, Selecções do Reader's Digest. 1983. In-fólio 463 p. Cartonado. Ainda hoje uma boa obra, cada planta  desenhada e fotografada. E ainda plantas cultivadas (flores, legumes, cereais), de interior e exóticas.

SEQUEIRA, Eduardo. Plantas Úteis e Medicinais. Lisboa, 1908. In-4º máx. 47 p. Br. Trata muito bem de 39 plantas ilustradas, abrangendo ainda cogumelos. Separata do Archivo Rural de 1901-1902. Obra dum genial naturalista, com livros fabulosos.

SERRA, Maria da Graça Leitão. CARVALHO, Maria de Lurdes Serpa. A Flora e a Vegetação do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Contribuição para o plano de Ordenamento desta área protegida. Lisboa, S. Nac. de Parques, Reservas e Cons. da Naturea, 1989. In-4º 78 p. Br. Enquadramento geral, Flora (espécies, zonas, a proteger), Vegetação (Carvalhais, Matos, Vegetação ribeirinha, Pinheiro, Lameiros). Com fotografias, sem destacar as plantas nem indicar aplicações. Colecção Natureza e Paisagem, nº 6.

SILVA, Joaquim Moreira da. Como deve cultivar as suas plantas. Porto, 1955 In-4º 87 p. Br. Boas descrições sobretudo para as plantas de flores. Valiosa as partes sobre doenças e animais nocivos.

TAVARES, A. Augusto. Medicina e Médicos no Antigo Egipto e na Mesopotâmia. Lisboa, 1988. In-4º 13 p. Br. Visão geral, e com alguns exemplos de ervas utilizáveis: Cominho com mel; cataplasma de uvas secas, pinhões e ameixas.

TAYLOR, A. William.Wild Flowers of Spain and Portugal. London, Chatto & Windus, 1973. In-4 p. 103 p. Cartonado. Fotografam-se e descrevem-se sumariamente oitenta e nove flores e suas localizações.

TAYLOR, William. Plantas Amigas e Plantas Enemigas del Hombre. Barcelona, 1987. In-4º 182 p. Br. Breves caracterizações. Exemplo: Borragem contém matéria mucilaginosa e ácidos vegetais com potássio e cal. AS folhas são comestíveis, especialmente cozidas, e as flores, usam-se como peitorais e edulcorantes, diaforéticas e diuréticas».

TECEDEIRO, Luís António Vaz. Plantas Medicinais do Ribatejo. Alpiarça, 1996. In-4º de 317 p. Br. Bom trabalho dum médico: descrições científicas, com desenho, e quadro das indicações terapêuticas populares, com parte a utilizar  e o modo de usar.  

TECEDEIRO, Luís António Vaz. Medicina Popular da Chamusca. 1997. In-4º 376 p. Br. Além das plantas de utilização frequente, apresenta as que requerem cautela. Recomendações para apanha e secagem. Diferente preparações xaropes, infusões, cataplasmas unguentos e macerados, e vermífugos. Aborda  104 plantas

TERRERA, Guillermo A. Medicina Popular. Kier, 1989. In-4º 147 p. B. Antropólogo, realçando os aspectos de magia nos usos sul-americanos. Bom.

TOMPKINS, Peter e BIRD, Christopher. A Vida Secreta das Plantas. 4ª ed. Rio de Janeiro, 1977. In-4º 324 p. Br. "O fascinante relato da relações físicas, emocionais e espirituais entre as plantas e o homem". Baseada nas investigações de laboratórios, sábios e cientistas como Goethe, Jagadish Bose, os russos Alexander Gurwitsch, Viktor Adamenko e Sinikov. Capítulos: As plantas e a percepção extrasensorial, as que sabem ler a sua mente, as que abrem portas, as que crescem para lhe agradar, electromagnetismo, campos de força, auras, alquimistas vegetais, etc. Muito instrutiva e agradável de se ler.

VANDER, Dr. Tos. Bronquitis. Catarros, Anginas, Garganta, Ronquera. Como curarlos, como evitarlos radicalmente mediante la supresion de sua causas fundamentales. 5ª edicion. Barcelona, 1954. In-4º119 p. Br. Valioso e prolífero médico naturista, com bons métodos e conselhos. Para a gripe, para suar: sabugueiro, tília.  Expectorantes: gemas de abeto, gordolobo, liquen de Islândia, malva, malvavisco, pulmonária, tusilagem, polígala (raíz). Em geral também recomenda a borragem, a cavalinha, os pés de cereja, a parietária. Uma das boas ilustrações: 


VASCONCELOS, Prof. João Carvalho de. Plantas Medicinais e Aromáticas. Lisboa, Dir. Geral dos Serviços Agrícolas, 1949. In-4º gr. 200 p. Br. Ilustrado. Boas descrições científicas deste engenheiro agrónomo mas breves quanto às aplicações. No prólogo, citado numa obra do Visconde de Santa Cruz, escreveu em louvor das plantas medicinais e aromáticas:«Muitos dos princípios contidos naquelas plantas não são vantajosamente substituídos por produtos sintéticos».

 VELASQUEZ, R. Muestras de Formulas Medicas utilizadas en el Alto Y Bajo Choco. Separata da Revista Colombiana de Antropologia. In-4º 13 p. Plantas, orações e outras práticas.

VIDAL, R. Benito. Antiga Medicina Popular. Recetuario natural del pueblo para el pueblo. In-4º gº 156 p. Br. Receitas antigas e superstições. Médio.

 VIGIER, João. Historia das Plantas da Europa, e das mais uzadas que vem de Asia, de Africa & da América ... com um breve discurso das suas qualidades e virtudes específicas.  Tomo 1º e 2º Lion, Officina de Anisson, Pouel & Rigaud. MDCCXVIII. In-12º 2 vol. (56)-866 p., e índice. Enc. Desenho, designação latina e em várias línguas, descrição, lugares e virtudes. Boticário e farmacêutico que publicou três livros em Portugal, este em parte recolhido das obras valiosas em latim do médico suiço Gaspard Bauhin (1560-1624), tal a Pinax Theatri Botanici sive Index in Theophrasti, Dioscoridis, Plinii et Botanicorum, qui a Seculo scripserum Opera, onde catalogou 

VOLAK, Jean. STODOLA, Jiri. As Plantas Medicinais. 256 ilustrações a cores. In-fólio de 319 p. Cartonado com sobrecapa. Uma página para cada planta. Muito bom.

 WEBER, Mike, SANTOS; Assunção. FERREIRA, Ana. Guia da Medicina Tradicional da Praia da Aguda. Uma coleção invulgar de Terapias, Orações e Receitas Locais. Lisboa, Edições Afrontamento, 2006. In 4º de cerca de 120 pp inms. Br. Sobre ilustrações de fotografias piscatórias antigas transcreveram-se receitas medicinais vgetais, animais e outras. Água de rosas (verdadeira) para as alergias da pele.

YARA, Dr. Oscar. Plantas que curam & Plantas que matam. S. Paulo, Hemus, 1982. In-4º 228 p. B. Muito bom. 1ª p.: Anatomia, e enfermidades e processos curativos vegetais. 2ª Plantas que curam. 3ª Plantas narcóticas e plantas que matam. 4ª Um cientista das plantas e das ervas, Maurice Mességué.

ZAKAI, Zélia. Harmonia das cores, aromas e sabores. Círculo de Leitores, 2001. In-4º g. 156 p. Cart. Bem ilustrado, bom, muitas receitas. C/dedicatória, desta especialista de preparações de plantas para se tomarem ao estilo nipónico, mas também tradicional português.

ZAKAI, Zélia. Guia Ecológico das Plantas Aromáticas e Medicinais. Lisboa, Circulo dos Leitores, 2000. In- 4º gr. 224 p. Cartonado. Valiosa descrição acompanhada das suas vivências com as plantas, e abrangendo ainda banhos, fumigações, compressas, receitas alimentares, etc. Ilustrado.

Boas comunhões com a natureza, as ervas ou plantas, os espíritos da Natureza, os Devas, os raios planetários e cósmicos e, claro, com ervanárias e ervanários, vasos e hortas, campos, ribeiros, serras e estrelas...