segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Hermenêutica iconológica. Dos arcanos e encantos das gravuras ou registos religiosos. Três gravuras antigas e um texto de hermenêutica e oração.

Santa Ana, mãe de Maria, ensina-a a ler sob o olhar de S. Joaquim. As mães santificam-se pelo ensino de leitura aos seus filhos e filhas. Que memórias doces e gratas não conservarão para sempre...

Nossa Senhora do Monte do Carmo, na Palestina assassinada, padroeira dos Carmelitas, que orações fará?
Foi tanta a devoção, a fé, o encanto e o amor, que as imagens religiosas gravadas em madeira ou cobre e impressas em papel ou em pergaminho, os chamados registos ou estampas, geraram nas almas das pessoas nos séculos XVII, XVIII e XIX e mesmo no XX, que hoje manuseando nós tais exemplares que sobreviveram ao passar dos anos e suas intempéries e inimigos, ficamos estupefactos e gratos com tantos pormenores simbólicos maravilhosos de tais pequenas obras primas que artistas anónimos criaram e deixaram abnegadamente para os outros, e para o futuro, interrogando-nos quanto à devoção já receberam ou já irradiaram subtilmente, seja nos que os souberam acolher seja na comunhão do corpo artístico e místico da humanidade. 

No seu caminhar tão cheio de potencialidades, estas gravuras que podemos hoje no séc. XXI contemplar, em parte porque alguém as protegeu da sua fragilidade e as colou num álbum, impulsionam-nos a tentarmos ver interiormente, meditativamente, intuitivamente, o que de mais espiritual, operativo, universal e perene nelas se representa:  e são as auras e aureolas à volta do corpo e da cabeça, sinais do espírito mais desperto, a pomba também do espírito divino ou da sua correnteza que desce sobre quem a sabe invocar, aves e anjos, e as flores que se derramam do céu, ou quem sabe, as flores de lótus e rosas da alma que  desabrocham ao longo dos eixos do corpo espiritual e que são alimentadas pelas psico-energias subtis que a oração, a invocação, o canto e a voz justa em aspiração atraem do Alto, sobre o ser humilde que a elas se abre, ou que as invoca por tais actividades, contemplações e intencionalidades. 

    Escolhermos alguns destes pontos de intersecção do Alto e subtil, do distante e do íntimo, do humano e do divino, e contemplá-los, meditá-los, vivenciá-los, eis o que os artistas das gravuras e os seres e qualidades representados querem de nós...

 Saibamos seguir e aprofundar os percursos ou estações energético-conscienciais subjacentes às formas que admiramos ou contemplamos, e consigamos exclamar ou cantar as orações e sons certos que farão com que os milagres dos  sinais subtis ou mesmo a unificação ou a Unidade aconteçam...

Veni Spiritus...

Brilhem as nossas almas e irradiem os nossos corações e cabeças...

Sejamos portadores do fogo do amor do santo Graal, do Logos e transmissores das melhores energias para a Humanidade e o Planeta

Arda o nosso coração do Amor Divino, 

Possam o Espírito, o Logos e a Divindade brilharem e irradiarem mais em nós...                                                                                                                           


Nossa Senhora do Monte do Carmo, na Palestina oprimida, padroeira dos Carmelitas.

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