domingo, 7 de dezembro de 2025

Bracara Augusta e a veneração do Sol sacramentado. O triunfo Eucarístico do SS.Sacramento celebrado em 1733 para fama eterna.

 Este artigo está ainda em laboração, mas para quem tiver curiosidade, ei-lo em parto...

Os folhetos antigos que tentaram descrever festividades religiosas são certamente dos mais interessantes no esforço que pedem hoje aos seus leitores para arrancarem da brumas da memória no éter tais cenas e vozes devotas que maravilharam então muita gente.

A maioria destas publicações era impressa depois de se terem realizado, pois só assim se poderiam descrever bem o que se passara de carruagens e carros, danças e musicas, autos e teatros, proclamações e sermões. Algumas porém eram impressas antes da respectiva celebração e serviam no fundo de guião e de programa, pois quem recebesse ou comprasse tal notícia impressa poderia compreender bem melhor o que se passava na rua, na praça, no templo ou diante da sua janela, seja da casa seja da alma.

Este folheto que resolvemos transcrever em parte e brevemente descrever está nesse caso, conforme observamos na parte final da portada impressa, onde um espaço em branco, servia para se assinalar à mão o dia de Junho em que se realizaria a grande festa de veneração do SS. Sacramento fabricado por iniciativa de alguns ilustres bracarenses da confraria. nomeados na portada, onde consta:

 PROLOGÉTICA NOTÍCIA do Eucharistico triunfo. com que a Augusta Braga se desempenha, para mayor veneração do SS. SACRAMENTO, Fabricado a impulso dos generosos ânimos dos seus jJuizes o M. R. Francisco Pacheco Borges, Gabriel António Brandam Leite, ilustre cidadão desta cidade, e dos mais oficiais. Escrivão, o Doutor Manoel Tinoco de Magalhaens, Vedor, Joseph do Valle, Mordomos, Gabriel de Barros e António Ferreira, para o dia... de Junho do presente anno de 1733. Coimbra, na Officina de António Simoens Ferreira, Anno1733.

Braga era no século XVIII uma cidade de grande poder eclesiástica, pois era a sede dum Arcebispado de profundas e fortes razies históricas e contando com cerca de 17.000 habitantes, 6 conventos e uns mil religiosos a verem nela, o que garantia um fermento religioso constante na população e simultaneamente o sucesso nas celebrações e festas religiosas que se celebrassem, onde se destacavam as da Semana santa.  Esta porém é única, pois trata-se de uma fabricação de uma criação artística de ourivesaria sagrada que se comemora com grande júbilo. E muita devoção para os que conseguiam sentir e venerar mais profundamente os mistérios que se podem alcançar, sentir com a Eucaristia, ou seja, com a ideia de se receber uma partícula do corpo espiritual do Cristo, ou com a ideia que uma hóstia encerrada num santíssimo sacramento se torna um mostruário, uma fixação prolongada no tempo da fugacidade da contemplação e da comunhão duma hóstia durante a missa.

O Santissimo Sacramento estabiliza a potencial presença divina para o crente, o sensitivo, o adorador. É como um Sol parado e sempre a irradiar os seus raios inspiradores e benfazejos para quem os venerar e acolher. É uma imagem do Logos, do Verbo, da Palavra, do Cristo. Quantos estavam cientes disso? Com que força o autor da  prologética notícia conseguiu escrever e transmitir aos leitores, sobretudo religiosos que o  leram antes ou depois? Em quantas casas religiosas ou particulares sobreviveu?

 Quando começamos a ler o belo texto, apesar de já escrito no ano de 1733, ainda bastante barroco, cheio de imagens, sons e cores, analogias, mitologias, esperanças e adorações, observamos bem que ele foi escrito e impresso com os verbos no futuro e logo para o futuro, tanto do dia da festa em Junho que se avizinhava, tanto para a perenidade dos leitores que o iriam de ressuscitar décadas ou séculos depois, tal como nós fazemos agora.

A possibilidade de certos momentos importantes não ficarem encerrados nas limitações da efemeridade dos momentos históricos e anímicos, sempre foi um dado e objectivo dos escritores, das escrita, da imprensa, da noticia e da preservação de vestígios ou sinais pois eles permitirão ao peregrino vindouro estabelecer o contacto de correspondência ou a anexação ou conexão com a corrente simbólica  então desencadeada e que sobrevive no papel, no tempo e sobretudo na axialidade animico-espiritual a qual nos permite vibrar de novo, seja com os espíritos participantes, seja com as ideias, simbolos e ligações que então se ergueram ou fundaram e que como arquétipos ou como símbolos vivos de energias nos planos causais nos podem influenciar. 

O autor desta prologética, ou introdutória,noticia,  não podemos ter a certeza, mas provavelmente foi o cónego da Sé, Francisco Pacheco Marques, formado na Universidade de Coimbra, onde o folhetozinho foi impresso na Oficina de António Simões Ferreira, provavelmente seu conhecido e amigo. Como foi ele transportado para Braga? Pois cremos que provavelmente levado por animais de carga, embora as 16 páginas de cada um dos quinhentos ou mil exemplares não custassem muito a ser levados numa carruagem, a expensas  da Confraria do SS. Sacramento que mandara fabricar ou cinzelar um Santissimo Sacramento certamente belo e valioso. Será ele bem descrito nas duas folhas iniciais folheto, ou serão nas outras páginas as festas e folias, representações, danças e procissões, que receberão a parte de leão? Entremos no átrio deste templo vivo perenemente...

«Transformada em pregoeiras línguas, clarins valerosos da eterna fama, com que costuma publicar as acções mais heróicas, celebradas maravilhas do Universo, perpetuando entre vivas glórias aqueles facanhosos projectos, que sendo do mundo assombros, são também aplausos admirados em os soberanos anais, que nunca esquecem, patenteia pelas quatro partes do Orbe com senhoria imortal de todas as idades».  Detenhamo-nos aqui: o autor vibrava realmente na Sabedoria e Fama, como "senhoria imortal de todas as idades".. Era um cavaleiro do Amor, do Cristo, do Logos...

                                   

Quem quiser ajudar e transcrever um pouco mais, agradecer-se-á em fama pública...

sábado, 6 de dezembro de 2025

Alexandre Dugin: A Europa Sob o Domínio da Rede Liberal Global. "Europe Under the Rule of the Global Liberal Network". Mensagem a 6/12/25

                                                               

Oiçamos Alexander Dugin, num apelo à luta libertadora:

«A União Europeia é os restos, os resíduos da rede global Sorosite/ Obamista/ Bidenista. Está a colapsar rapidamente por causa da perda do núcleo central dos EUA. Os neocons[ervadores], apesar de todos os seus esforços, não conseguem substituir essa perda.
Na equipe de Trump, os neoconservadores (Lindsey Graham e muitos outros) conseguiram bloquear e sabotar a ascensão do verdadeiro
[movimento popular, oposto à elite e  movimento woke e transgendrico do governo "democrata" de Joe Biden] MAGA [Make American Great Again]. Isso não diz respeito apenas a Netanyahu [o facto de Trump continuar apoiar o responsável principal do genocídio do povo palestiniano]. É mais amplo. Mas… MAGA, por sua vez, conseguiu confundir e dizimar os neocons, enfraquecê-los, dispersá-los.
Trump agora representa apenas o poder militar dos EUA. Mas ainda assim os Estados Unidos da América têm todo o controle sobre a União Europeia. Ideologicamente, a
[população e os governos da] União Europeia  está ainda sob uma dupla ocupação. E as elites liberais actuais da União Europeia são as forças de ocupação que trabalham para os interesses da seita globalista [infrahumanista].
    "A UE não é uma colónia dos Estados Unidos. Temos as nossas regras que definimos democraticamente. O caos provocado por Trump pode ser uma oportunidade para a UE. Ela deve, para isso, assumir seu lugar e aceitar fazer uso do jogo de forças para se afirmar como potência."
- Aurore Lalucq
https://x.com/AuroreLalucq/status/1942526987580391897 [Economista e política francesa do partido Place Publique, do qual é co-presidente, sendo membro do Parlamento Europeu desde 2019.] 
Incríveis palavras estúpidas [ou hipocritamente enganadoras de Aurore Lalucq, ainda com um discurso cheio de hubris, assente nos milhares  de euros dos contribuintes que a sustentam]. A União Europeia é uma colónia da rede liberal global que não tem nada a ver com os interesses soberanos europeus. Quando essa rede era controlada pelos EUA, a UE era uma dupla colónia - da América (militar) e dos globalistas (ideologicamente e economicamente) [dos Rothschild, Schwab, Soros, BlackRock e &].

                                                           
A União Europeia não é soberana em nada. É o laboratório cínico para experiências pós-humanistas [ou infrahumanistas, por vezes mesmo diabólicas]. Os europeus são reféns das suas elites anti-europeias. Como os ucranianos. Os europeus são vítimas de seus próprios líderes impostos a eles pela seita globalista [Fórum Económico Mundial  e a Open Society, infiltradas neles]. Já não há mais qualquer tipo de democracia.

Se a Europa escolher ser, existir, os seus povos devem imediatamente derrubar as elites governantes - de forma brutal e radical. Macron, Merz e Starmer incorporam ou encarnam a sentença de morte para a Europa. Quanto mais eles vivem, mais vós morrei. Erradiquem-nos, ou sereis erradicados. Muito em breve.

                                                           
O mundo está dividido em alguns grandes espaços com diferentes conteúdos civilizacionais e conjuntos de valores. A Europa perdeu os seus valores tradicionais. É uma civilização falida. Talvez possa recuperar e tornar-se mais uma vez um grande espaço independente. Talvez não. Parece que não.
Se a democracia é a participação factual das pessoas na modelação de seu destino, a Rússia de Putin e a China de Xi são dois exemplos de democracia real. Com sucesso e prosperidade. Tal democracia está abolida no Ocidente, estando a ser substituída pela ditadura dos lobbies [grupos de pressão]  e da oligarquia.
O 1984 de George  Orwell agora sois  vós, não nós. Censura = cultura do cancelamento. Verdade = mentira constante dos meios de comunicação usuais. Humanidade = amor por perversões e robôs. Vigilância total, controle total, um  mercado disciplinado de desejos impostos e de necessidades provocadas. A sociedade do (nojento  ou repugnante) espectáculo.»

Alexandre Dugin,com a sua filha, a filósofa mártir Daria Platonova Dugina. Muita luz na sua alma!

Em unidade com Alexander Dugin (e Daria),  a Rússia e o BRICS, saibamos reagir e lutar pela verdade,justiça e multipolaridade, contra os degenerados globalistas neoliberais que  nos desgovernam e  oprimem e que já  mataram e feriram milhões de eslavos   e  milhares de palestinianos, para além de estarem a destruir ou a dificultar a vida de milhões de seres humanos,  que para eles, na sua hubris funesta, nada contam.

                                             

                                                                    

 Europe Under the Rule of the Global Liberal Network, by Alexander Dugin  6/12/25.
The EU is colony of global liberal network that has nothing to do with sovereign European interests.               
«EU is the rests, residues of Sorosite/Obamist/Bidenite global network. It is collapsing quickly because of the loss of US core headquarter. The neocons in spite of all their efforts cannot replace this loss.
In Trump’s team neocons (Lindsey Graham and many others) have managed to block and to sabotage the rise of real MAGA. That doesn’t concern only Netanyahu. It is broader. But… MAGA in its turn has succeeded to confuse and to decimate neocons, to weaken them, to disperse them.
Trump represents now only military power of US. But still US has all the control over EU. Ideologically EU still is under double occupation. And present day liberal elites of EU are the occupation forces working for the interests of globalist sect.

"L’UE n’est pas une colonie des Etats-Unis. Nous avons nos règles que nous définissions démocratiquement. Le chaos provoqué par Trump peut-être une opportunité pour l’UE. Elle doit pour cela prendre sa place et accepter de faire du rapport de force pour s’affirmer comme puissance."  Aurore Lalucq https://x.com/AuroreLalucq/ tatus/1942526987580391897
Incredible stupid words. EU is colony of global liberal network that has nothing to do with sovereign European interests. When this network was controlled by US, EU was double colony - of America (military) and of globalist (ideologically and economically).
EU isn’t sovereign in nothing. It is the cynical laboratory for post-humanist experiments. The Europeans are the hostages of their anti-European elites. As Ukrainians. The Europeans are victims of their own leaders imposed on them by globalist sect. There is no more any democracy
If Europe chooses to be, to exist, her peoples should immediately overthrow ruling elites - brutally and radically. Macron, Merz and Starmer embody death sentence for Europe. More they live more you die. Erase them, or you will be erased. Very soon.
The world is divided into some great spaces with different civilizational contents and sets of values. Europe has lost her traditional values. It is failed civilisation. May be it can recover and become once more independent great space. Maybe not. It seems that not.
If democracy is the factual participation of people in shaping its destiny Putin’s Russia and Xi’s China are two examples of the real democracy. Successful and prospering. Such democracy is abolished in the West being replaced by dictatorship of lobbies and oligarchy.
Orwell’s 1984 now is you not us. Censorship = cancel culture. Truth = constant lie of legacy media. Humanity = love for perversions and robots. Total surveillance, total control, disciplinary market of imposed desires and provoked demands. The society of (disgusting) spectacle.»


sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Vladimir Soloviev foi admirado por Rudolf Steiner em que aspectos da sua alma, obra e contexto?

                                       

 Ao longo dos anos Rudolf Steiner mencionou  em mais de quarenta palestras Vladimir Soloviev, pois considerava-o não só o maior filósofo russo,  como também quem, qual sacerdote dos tempos antigos, estava dotado de capacidades de sensibilidade e de visão espiritual, algo que no Oeste da Europa  havia quase  desaparecido, discernindo nas suas vivências e qualidades, obras e teorias vários discernimentos ou realizações iguais ou próximos dos seus e dos que considerava serem os mais correctos, verdadeiros ou decisivos para a evolução da Europa e da Humanidade e, em verdade, no fundo, tais compreensões todos deveríamos, mais ou menos, também alcançar.
  Após ter lido tais referências em palestras e que estão acessíveis em alemão e inglês online, selecionei as que  parecem  mais importantes, e ei-las brevemente contextualizadas ou comentadas:
Em 1911,
 Rudolf Steiner (1861-1925), realçava que Soloviev "apontava para a existência de duas forças na natureza humana, entre as quais o Cristo pessoal (ou interno) deve-se colocar como mediador", e que são as de Ahriman, massificação, mecanização, materialismo, e  Lucífer, do individualismo e fuga dos outros e da Terra, tríade esta que Steiner desenvolveu fortemente e com bastante originalidade, esculpindo mesmo uma estátua intitulada Representante da Humanidade, com o Cristo no meio de Ahrimam e de Lucífer.
                                   
Também
 apreciou a força da Fé, íntima  em si mesmo, em Soloviev, capaz de afirmar «tenho fé [ou confiança] no núcleo mais profundo da minha alma, que está dentro de mim, e que se pode conectar com o divino que flui e entretece o mundo», ou ainda a vontade interior de conseguir ver ou contemplar o que se acredita e ama, e afirmando que «o mais alto desenvolvimento do conceito de Fé vem com Soloviev». Diminuirá talvez as vezes que Soloviev teve clarividência, pois as três que refere, e são conhecidas, foram as  mais fortes, as teofanias Sofiânicas, da santa Sofia ou Sabedoria Divina;  todavia, certamente muitas outras, de menor importância, terá Solovioff tido: «Em todos os lados, vemos a vida espiritual fluindo da filosofia ocidental. Vou apenas mencionar Vladimir Soloviev, o filósofo e pensador russo, um verdadeiro clarividente, embora ele tenha visto o mundo espiritual apenas três vezes na sua vida: uma vez quando era um menino de nove anos, a segunda no Museu Britânico [em 1875], e a terceira  no deserto egípcio sob os céus estrelados do Egipto.»
                                          
Quanto ao valor da realização espiritual que Soloviev tinha dentro de si, bem mais importante que a filosofia e teologia que conseguira escrever e transmitir, Steiner afirmará em 9/2/1911: «No dia 12 de agosto de 1900, Soloviev morreu — um homem muito pouco apreciado ou compreendido. A
s influências de seu corpo etérico irradiavam longe e amplamente, contudo,  embora Soloviev fosse um grande filósofo, no seu caso, o desenvolvimento da alma estava à frente do intelecto;  era um pensador grande e esplêndido, mas a sua filosofia consciente tinha muito menos significado do que aquela [philo-sophia, amor de Sophia, sabedoria, Hagia Sophia] que ele carregava na sua alma." , característica dos portadores de maior Luz e  Verdade Divina...
Anos depois, em Junho de 1915, Steiner deu de novo por outro âng
ulo tal  valorização: «Vamos tentar visualizar uma das mentes mais notáveis da Rússia, Soloviev. Soloviev, que realmente absorveu tudo o que havia na vida intelectual russa na sua alma e devolveu como uma visão de mundo – não apenas como o que se chama de “visão de mundo filosófica”, mas de tal forma que se sente a vida russa vibrando – deu algo que vivia nessa alma profunda.
Na cultura espiritual da Europa Central, as pessoas sabem que podem experimentar a sua alma, podem experimentar Deus na sua alma. Soloviev está esperando por aquilo que o empurra, o impulsiona e o instiga de fora; ele está esperando pelo milagre.»
Como se sabe Soloviev trabalhou a
visão e  projecto duma Igreja Universal, que unia Católica e a Ortodoxa, e que impulsionaria a ligação ao Cristo, ao Logos, à Divindade em nós,  cabendo ao povo Russo a missão de desenvolver tal época de unidade entre os povos, culturas e religiões. Em 18/3/1915, Steiner demarcava-se e demarcava Soloviev  do nacionalismo russo, ou eslavofilia, dos críticos da ocidentalização da Rússia: «As melhores mentes, ao se entrelaçarem com a vida russa, também se entrelaçam com essa ideia de eslavofilia. Até o grande Soloviev teve um período na sua vida em que foi um eslavófilo, quando acreditou, embora de uma maneira diferente de [Aksakov, Katkov e Danilevsky], que já poderia haver algo na vida russa que tivesse a missão de cobrir toda a Europa, por assim dizer, com uma nova cultura». Mas em  18/8/1915, com a 1ª grande Guerra já adiantada, Steiner afirmava: «Ele estava convencido de que cabe ao povo russo redimir o mundo, porque a cultura da Europa Ocidental chegou ao seu leito de morte, porque se tornou decrépita.  Soloviev, dizia ainda: Não queremos destruir essa cultura da Europa Ocidental, mas queremos curá-la».   Steiner  também teve tal visão, por estudo e clarividência, desde quando é mias difícil precisar, mas em 1918 afirmá-lo-á com muita força e claridade, como veremos.

Quanto à compreensão do Cristianismo e da Cristologia, Steiner comparou algumas vezes as visões de Jesus Cristo dadas por Strauss, Ernest Renan e Soloviev, valorizando muito  mais as do filósofo russo: "pois o Cristo de Soloviev é poder vivo, sabedoria viva, totalmente espiritual. Uma vida realista de Jesus [foi apresentada] por Renan; uma vida idealista de Jesus por Strauss, a qual também é uma apresentação idealista do impulso crístico; mas a apresentação espiritual do impulso crístico é transmitida por Soloviev. E explicitará que «na esfera do conhecimento, esse impulso [de forças ígneas internas] inspirou Soloviev no seu tratamento do Ser mais sagrado da humanidade. Ele tinha interesse apenas no Cristo e não no Jesus histórico [Talvez não fosse assim tanto, tanto..]. Assim como a Vida de Jesus de Renan é uma obra-prima de descrição externa, as representações de Soloviev do Ser de Cristo são as mais elevadas que poderiam ter sido criadas nesta esfera nos dias de hoje.»

Nesses anos de 1916 e 1917  Steiner valorizou o pequeno  Um Breve Relato sobre o Anticristo, a última obra de Soloviev, e apontou para  que «no Oriente, na vida russa, que nos é pouco conhecida, encontramos reflexões sobre a morte, sobre o objetivo humano que se estende ao mundo do Espírito, e sobre o conceito de culpa e de pecado em termos de ética prática» recomendando que se lesse  Soloviev, pois as suas obras tão fortes nessas reflexões  estavam já disponíveis.  

 Foi na sua palestra VIII, do ciclo de conferências Do Sintoma à Realidade na História Moderna, proferida a 2  de novembro de 1918, (e que já abordámos no blogue)  que Steiner  apresentou ou profetizou melhor  a missão  da Rússia, afirmando a dado passo:«a partir dos séculos IX e X, foi possível para o ‘povo do Cristo’ da Cristandade emergir num certo território dentro do mundo civilizado, um povo que estava dotado da especial capacidade inata de se tornar o veículo da revelação do Cristo para as gerações futuras.(...)  Leiam-no e  sentirão - apesar das características peculiares de Soloviev que já discuti de outros pontos de vista - como flui directamente para ele o que podia ser chamado a inspiração de Cristo. Essa inspiração actua de forma tão poderosa dentro de Soloviev que ele não consegue imaginar toda a estrutura da vida social de outro modo senão ordenada por Cristo Rei, o Cristo Invisível como soberano da comunidade social. Para Soloviev tudo está imbuído de Cristo, cada ação realizada pelo ser humano está permeada [ou impregnada] pelo impulso cristão que penetra mesmo até ao sistema muscular. O filósofo Solovieff é o mais puro e belo representante do Povo de Cristo.
Daí flui toda a evolução russa até aos nossos dias. E exactamente quando se sabe que o povo russo é o Povo de Cristo, também poderemos entender, como veremos mais tarde, a evolução actual até à sua 
presente forma. Esta é metamorfose que o Povo de Cristo preparou, um exemplo das diferenciações do impulso Cristo.»

Já em 1919  via por um lado «Soloviev, surgindo do Leste Europeu, cheio de sementes espirituais em desenvolvimento, que podem florescer no Leste», e por outro a catástrofe da guerra mundial,  seguida do reinado de Lenin que destruía bastante dessas possibilidades, apesar de subsistirem "os  verdadeiros discípulos de Soloviev, que queriam uma libertação: Kartachov, Samarin. Eles queriam desencadear um movimento espiritual na Rússia desde os primeiros raios cintilantes da revolução". Mas não conseguiram, e assim o que  Soloviev havia realizado e apresentado de tão valioso (ainda que apenas em livro e com um eco relativo) foi em parte obliterado pelos líderes políticos e pelas massas revolucionárias.  

Já em 17/ 4/ 21, Steiner destaca a visão da presença subtil espiritual do Logos, do Cristo, na Terra alcançada por Soloviev e a sua teorização duma Igreja Universal e dum Estado religioso crístico:  «Faz parte dos fenómenos mais impressionantes da Europa moderna observarmos como, do Oriente, ressoa uma poderosa advertência na filosofia religiosa de Soloviev, uma filosofia religiosa imersa, por assim dizer, na unidade [mais sentida e realizada no mundo] oriental. Mas algo ressoa de lá no sentido de que um elemento espiritual, supersensível, deve permear a ordem social terrena. Em certo sentido, vemos como Soloviev sonha [ou aspira]  com uma espécie de estado-cristão. Ele é capaz disso porque dentro dele estão os últimos vestígios de uma experiência astral subjetiva que ilumina o ego»,  algo que no Oeste Ocidental pouquíssimos conseguiam. 
Em 24/9/1921, Steiner aborda duas das mais complexas distinções, entre o Pai e o Filho, e entre  Jesus e Cristo, e como trabalhara  muito tal distinção, valorizará as posições de Soloviev, porque «para ele tanto o Pai quanto Cristo são experiências», e vividas separadamente. 
Quanto ao povo russo ser o Povo de Cristo, e de ser capaz de na sua fé ver espiritualmente,  por estar permeado pelo impulso crístico, e logo tender ao Cristo interno e ao Cristo Logos do Mundo, tal surge de novo em 1922, primeiro em 7/1/1922, quando afirma:«Hoje, só podemos imaginar uma pessoa capaz de falar como Soloviev se ela ainda tiver uma verdadeira experiência do que cada um de seus compatriotas faz diante do ícone da Mãe de Deus. Porque Soloviev fala, pensa e sente a partir dos próprios fundamentos de seu povo, toda a sua concepção de mundo tende na direção de Cristo.» E em 11/2/1922, quando Steiner valoriza de novo o que no Oriente da Europa ainda se conservava de ligação viva e sentida ao Cristo, à descida ou  incarnação  do Logos à Terra, afirmando:«Do espírito oriental, algo muito antigo ainda vive em Vladimir Soloviev.   Para a cultura ocidental, a sabedoria primitiva desapareceu. No Oriente, permanece como um sentimento. Soloviev ainda carrega algo da verdadeira sabedoria cristã. Aqui na Europa Central e Ocidental temos apenas uma consciência de Deus», e não um sentir e realizar interior e até clarividente...
E em 3/6/1922 realçará  o génio intuitivo e sintético de Soloviev, que alcançara a visão-consciência do Logos unificador do mundo espiritual e do mundo material, da Religião e da Ciência, conseguindo «apresentar a religião, a arte e a ciência como uma unidade»,  «usando a linguagem filosófica que encontrou em Kant ou Auguste Comte; e tendo o completo domínio dos modos de expressão dos filósofos da Europa Ocidental e Central.»  

                                       

Nos últimos meses da sua vida, em 1925, Rudolfo Steiner, que se preocupava com a tripartição social e as melhores formas de governo, não deixou de  citar ainda o filósofo russo, dizendo: «Para Soloviev, Cristo é um Ser diretamente presente em toda a humanidade. O que Ele fala nas almas humanas deve-se tornar o ponto de partida para as estruturas sociais», apelando desta forma, numa linha que entre nós o grande poeta e pensador Antero de Quental também demandou e propugnou, a que saibamos recolher-nos, meditar e ouvir a voz da consciência, que é a voz do Espírito, que é o Logos, Inteligência-Amor e sentido da Vida em nós, para assim conseguirmos abrir o nosso ouvir interior e reger-nos pelo impulso crístico de Amor-Sabedoria e unidade fraterna e multipolar, tal como a santa Rússia vai conseguindo sacrificialmente dar à luz em grande batalha contra o Ocidente hegemonista russofóbico  dominado pela oligarquia globalista infrahumanista.

Que a santa Rússia, com os seus grandes seres e staretz, e que Rudolfo Steiner e Vladimir Soloviev, e, reverentemente, o Cristo  ou Logos divino nos inspirem e fortifiquem na Verdade e para o Bem da Humanidade multipolar, fraterna, feliz.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Rudolfo Steiner: Na Cristandade, a Rússia é o actual povo de Cristo, e o filósofo Soloviev é o seu mais puro e belo representante.Texto bilingue.

Como sabemos Rudolfo Steiner (1861-1925), cientista e filósofo, pedagogo e clarividente (e se sempre certo no que via ou não pode-se questionr), apresentou a concepção de história antroposófica, que reconhece épocas anteriores, tais a da Lemúria e da Atlântida,  considerou que na civilização actual post-Atlântida,  sucedendo à época indiana (que Steiner datou entre 8.200 e 5.000 a. C.), à  época persa, à egípcia, e por fim a época greco-latina, que começara em 747 a.C. e durara até  1413, entrou-se então na Quinta época, na qual começa a desenvolver-se o que ele denominou da Alma Consciência, ou Alma da Consciência, acima da mera Alma da Razão, ou Alma Racional e Intelectual, até então a predominante.  
Na  sua palestra VIII, do ciclo de conferências intitulado Do Sintoma à Realidade na História Moderna, proferida a 2  de novembro de 1918, em Dornach, Steiner traçou o quadro dos acontecimentos históricos exteriores e os anímicos correspondentes interiores que se  destacaram até ao século XX, a denominada quinta época post-atlanteana, e transmitiu afirmações valiosas para compreendermos nos nossos dias o conflito do Ocidente oligárquico, hegemónico, imperialista e infrahumamsita contra a Rússia e a sua  alma telúrica e religiosa, patriótica e tradicional, e o valor da Rússia como o actual povo de Cristo, algo que Alexander Dugin e sua filha Daria também têm exposto no séc.  XXI com grande brilho e "optimismo escatológico", título este dum valioso  livro de Daria Dugina. 
Anote-se que entre nós Antero de Quental, numa carta a Jaime de Magalhães, 3/1/1889, quando este regressara da sua peregrinação à Rússia e diálogo com Tolstoi, disse-lhe: «Tenho pena que não se tivesse demorado mais na Rússia, para nos poder dar mais algumas impressões daquela nação destinada a exercer influência decisiva na futura  civilização.»
Finalmente, Steiner realça o excepcional valor espiritual de Vladimir Soloviev, que temos vindo a abordar ou sintonizar no blogue, tal como por exemplo: https://pedroteixeiradamota.blogspot.com/2025/11/vladimir-soloviev-e-oracao-o-que-e-o.html

 Oiçamo-lo (e no fim encontra o texto em inglês e a ligação para o original alemão que também consultámos),  a dado passo da sua comunicação: «Por volta da época em que começou a quinta época pós-atlanteana, não apenas muitas coisas, mas também a vida religiosa da humanidade foi envolvida num movimento com repercussões, um movimento que de forma alguma está hoje concluído. Deveremos ter uma compreensão profunda desse movimento se os homens realmente desejam fazer uso da Alma Consciência. Pois só quando os homens chegarem a uma compreensão clara do que está a acontecer na evolução poderão participar do desenvolvimento futuro da humanidade na Terra.
Por volta do início do sécul
o XV,  são perceptíveis os primeiros indícios dos impulsos religiosos. Vamos primeiro observar esses impulsos religiosos na Europa, pois, ao vê-los em ação na Europa, teremos também uma imagem de seu impacto no resto do mundo. Os primeiros impulsos religiosos haviam sido preparados há muito tempo—desde o século X ou até mesmo o século IX na vida espiritual da Europa e do Oriente Próximo. E tal  deveu-se ao facto de que o efeito residual do impulso Cristo  manifestou-se no mundo civilizado de um modo muito especial. Este impulso crístico, como sabemos, é um processo contínuo. Mas esta afirmação abstrata—que o impulso crístico é um processo contínuo—diz, na realidade, muito pouco. Devemos também averiguar de que maneira ele adquire um caráter distinto e separado, de que maneira, nas suas diferenciações, ele é então modificado, ou melhor ainda, de que modo ele é metamorfoseado e assume formas amplamente diferentes.
O que começou a despertar n
o início do século XV e ainda hoje exerce uma profunda influência sobre os seres humanos — muitas vezes inconscientemente e sem que eles suspeitem—está relacionado com eventos catastróficos do presente [1ª grande Guerra]. E isto explica-se pelo fato de que, a partir dos séculos IX e X, foi possível para o ‘povo do Cristo’ da Cristandade emergir num certo território dentro do mundo civilizado, um povo que estava dotado da especial capacidade inata de se tornar o veículo da revelação do Cristo para as gerações futuras. Exprimimos uma verdade profunda quando dizemos que, nesta época e como preparação para os tempos futuros, um povo foi especialmente preparado pelos acontecimentos mundiais para se tornar o Povo do Cristo.
A alma do povo russo, por Mikahil Nesferov.
 Essa situação surgiu porque, no século IX, aquilo que continuava a operar como o impulso crístico adquiriu, em certa medida, um carácter separado na Europa e essa diferenciação é vista no facto de que certas almas mostraram-se capazes de receber diretamente a revelação do impulso crístico (ou seja, essa forma particular do impulso crístico), e que essas almas foram desviadas para o Leste da Europa. E a consequência da controvérsia entre o Patriarca Fócio e o Papa Nicolau I foi que o impulso crístico, na sua intensidade particular, foi desviado para o Leste da Europa.

Como sabem, isto levou à famosa controvérsia do filioque— a questão se o Espírito Santo procede do Pai e do Filho, ou apenas do Pai. [Sincronicamente, há dias o papa aboliu essa diferença que separara a Igreja Católica de Roma da Igreja Ortodoxa de Bizâncio e da Rússia, quem sabe se no fundo numa busca de  unidade não só com a Igreja Ortodoxa mas até a Rússia]. Mas não desejo entrar em discussões sobre dogmas. Quero discutir apenas aquilo que tem uma influência duradoura—essa diferenciação, essa metamorfose do impulso crístico que caracterizada pelo facto de que os habitantes da Europa Oriental ficaram receptivos ao influxo contínuo do impulso crístico, à presença contínua do ‘sopro’ de Cristo. Esta forma particular (ou metamorfose) do impulso crístico foi desviada para o Oriente e, como consequência, o povo russo, no sentido mais amplo do termo, tornou-se, dentro do quadro da civilização europeia, o Povo do Cristo.
É particularmente importante saber disso no momento actual. Não digam, diante dos acontecimentos actuais, que esta verdade parece estranha, pois isso seria não compreender o princípio fundamental da sabedoria espiritual, a saber, que, paradoxalmente, os acontecimentos exteriores muitas vezes contradizem a sua verdade interior. Que essa contradição possa ocorrer aqui e ali não é importante; o que é importante é que reconheçamos quais são os processos internos, as verdadeiras realidades espirituais. Por exemplo, temos aqui o mapa da Europa (aponta para um diagrama no quadro-negro); vemos varrendo para o leste desde o século IX aquela onda espiritual que levou ao nascimento do Povo do Cristo.
O que queremos dizer ao afirmar que o Povo de Cristo surgiu no Oriente? Queremos dizer com isso  e isso pode ser verificado ao estudarem-se os sintomas na história externa; aí encontrareis, se tiverdes em conta os processos internos e não os fatos externos que muitas vezes contradizem a realidade, que esta afirmação é plenamente confirmada  — que um território foi reservado no Leste da Europa onde viveram homens que estavam diretamente unidos ao impulso crístico. O Cristo está sempre presente como uma aura interior impregnando o pensamento e o sentimento deste povo.
Não se pode talvez encontrar prova mais clara ou mais direta do que eu disse aqui do que a personalidade de Solovieff [Soloviev], o filósofo russo mais destacado dos tempos modernos. Leiam-no e  sentirão - apesar das características peculiares de Soloviev que já discuti de outros pontos de vista - como flui directamente para ele o que poderia ser chamado a inspiração de Cristo. Essa inspiração actua de forma tão poderosa dentro de Soloviev que ele não consegue imaginar toda a estrutura da vida social de outro modo senão ordenada por Cristo Rei, o Cristo Invisível como soberano da comunidade social. Para Soloviev tudo está imbuído de Cristo, cada ação realizada pelo ser humano está permeada [ou impregnada] pelo impulso cristão que penetra mesmo até ao sistema muscular. O filósofo Solovieff é o mais puro e belo representante do Povo de Cristo.
Daí flui toda a evolução russa até aos nossos dias. E exactamente quando se sabe que o povo russo é o Povo de Cristo, também poderemos entender, como veremos mais tarde, a evolução actual até à sua 
presente forma. Esta é metamorfose que o Povo de Cristo preparou, numa diferenciação única do impulso Cristo.»

                 From Symptom to Reality in Modern History

 Link:  GA 185 2 November 1918, Dornach   Lecture VIII

«If we wish to understand all that plays into the souls of men of this fifth post-Atlantean epoch we must bear in mind the part-evolution that intervenes in the total evolution of mankind. For this part-evolution proceeds slowly and gradually. In order to examine briefly the religious development of this epoch it will be necessary to keep this threefold evolution to some extent in the background. About the time when the fifth post-Atlantean epoch began, not only many things, but also the religious life of mankind was caught up in a movement that has repercussions, a movement that is by no means concluded today. We must have a profound understanding of this movement if men really wish to make use of the Consciousness Soul. For only when men arrive at a clear insight and understanding of what is happening in evolution will they be able to participate in the further development of mankind on earth.
Towards the beginning of the fifteenth century the first stirrings of the religious impulses are perceptible. Let us first look at these religious impulses in Europe for having seen them at work in Europe we shall also have a picture of their impact upon the rest of the world. The first religious stirrings had long been prepared—since the tenth century or even the ninth century in the spiritual life of Europe and the near East. And this was due to the fact that the after effect of the Christ impulse manifested itself in the civilized world in a very special way. This Christ impulse, as we know, is a continuous process. But this abstract statement—that the Christ impulse is a continuous process—says in reality very little. We must also ascertain in what way it acquires a distinct and separate character, in what way, in its differentiations, it is then modified, or better still, in what way it is metamorphosed and assumes widely different forms.
That which began to awaken at the beginning of the fifteenth century and which still exercises a profound influence on men today—often unconsciously and without their suspecting it—is related to the catastrophic events of the present time. And this is explained by the fact that from the ninth and tenth centuries onwards it was possible for the ‘people of the Christ’ to emerge in a certain territory within the civilized world, a people that was endowed with the special inborn capacity to become the vehicle of the Christ revelation for future generations. We express a profound truth when we say that in this epoch and in readiness for later times a people had been specially prepared by world events to become the People of the Christ.
This situation arose because, in the ninth century, that which continued to operate as the Christ impulse acquired, to some extent, a separate character in Europe and this differentiation is seen in the fact that certain souls showed themselves capable of receiving directly the revelation of the Christ impulse (i.e. this particular form of the Christ impulse), and that these souls were diverted towards Eastern Europe. And the consequence of the controversy between the Patriarch Photius1 and Pope Nicholas I was that the Christ impulse in its particular intensity was diverted to the East of Europe.
As you know this led to the famous filioque controversy—the question whether the Holy Ghost proceeds from the Father and the Son, or from the Father only. But I do not wish to enter into disputes over dogma. I want to discuss that which has a lasting influence—that differentiation, that metamorphosis of the Christ impulse which is characterized by the fact that the inhabitants of Eastern Europe were receptive to the continual influx of the Christ impulse, to the continuous presence of the ‘breath’ of Christ. This particular form (or metamorphosis) of the Christ impulse was diverted to the East and in consequence, the Russian people, in the widest sense of the term, became, within the framework of European civilization, the People of the Christ.
It is particularly important to know this at the present time. Do not say in face of present events that such a truth seems strange, for that would be to misunderstand the fundamental principle of spiritual wisdom, namely, that, paradoxically, external events often contradict their inner truth. That this contradiction may occur here and there is not important; what is important is that we recognize which are the inner processes, the true spiritual realities. For example, we have here the map of Europe (points to a diagram on the blackboard); we see sweeping eastwards since the ninth century that spiritual wave which led to the birth of the People of the Christ.
What do we mean by saying that the People of the Christ arose in the East? We mean by this—and it can be verified by studying the symptoms in external history; you will find, if you bear in mind the inner processes and not the external facts which often contradict reality that this statement is fully confirmed—we mean by this that a territory has been set apart in the East of Europe where lived men who were directly united with the Christ impulse. The Christ is ever present as an inner aura impregnating the thinking and feeling of this people.
One cannot find perhaps any clearer or more direct proof for what I have said here than the personality of Solovieff, the most outstanding Russian philosopher of modern times. Read him and you will feel—despite the peculiar characteristics of Solovieff which I have already discussed from other points of view—you will feel how there streams into him directly what could be called the Christ inspiration. This inspiration acts so powerfully within him that he cannot imagine the entire structure of social life otherwise than ordained by Christ the King, the Invisible Christ as sovereign of the social community. To Solovieff everything is imbued with the Christ, every single action performed by man is permeated with the Christ impulse which penetrates even into the muscular system. The philosopher Solovieff is the purest and finest representative of the People of the Christ.
Here is the source of the entire Russian evolution up to the present day. And when we know that the Russian people is the People of the Christ we shall also be able to understand, as we shall see later, the present evolution in its present form. That is the one metamorphosis prepared by the People of the Christ, one example of the differentiations of the Christ impulse.»

Alexander  Dugin,  um discípulo de Vladimir Soloviev (e com uma imagem de S.Serafim de Sarov, atrás de si) um dos mais valiosos representantes filosófico e religioso do povo e civilização Russa  actualmente, a par de Vladimir Putin, na política e liderança, diplomacia e pedagogia...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

A corrupção na Ucrânia e na União Europeia começa a ser desvendada. Quantos cairão? Zelensky, Kaja Kallas ou mesmo Ursula?

  Como sabemos todos a Bélgica sofreu muito com o nacional- socialismo e o nazismo alemão, tanto na I como na II grande guerra, com milhares de mortos resultantes da invasão e ocupação. É natural que não tenham uma simpatia enorme pela Alemanha e pelo contrário estejam mais gratos aos russos e norte-americanos por terem derrotado Hitler.
Esse sofrimento da Bélgica ecoou muito em Portugal e conheço duas peças teatrais escritas e representadas na época em homenagem ao povo belga e com as receitas destinadas às crianças belgas. Uma delas, intitulada Pátria, foi escrita pelo meu bisavô materno Higino da Costa Paulino, e representada em Panjim, em Goa, sendo o dinheiro entregue ao cônsul da Bélgica.
É assim natural que o desejo da direcção da União Europeia de se apoderar do dinheiro russo que está depositado nos seus bancos seja visto com desagrado, pois não só está-se a pôr em causa a estabilidade do sistema monetário internacional, como a trair a confiança russa.
Neste sentido tem sido noticiada a constante recusa do governo belga em ceder às pressões repetidas da Direccão da União Europeia de se apoderar de tal dinheiro para enviar para o sorvedouro da Ucrânia,  para os accionistas das fábricas de armamento e para os bolsos dos homens do regime de Kiev, vários dos quais estão já comprovadamente indiciados, alguns mesmo fugidos para Turquia e Israel.

                                               
Assim a 3
de dezembro  a agência TASS noticiava que o Primeiro-Ministro belga Bart De Wever, numa entrevista ao jornal La Libre, respondendo a uma pergunta sobre a possível confiscação dos ativos congelados da Rússia para financiar a Ucrânia, dissera: "Quem é que realmente acredita que a Rússia será derrotada na Ucrânia? São contos de fadas, ilusões puras," acrescentando que, no passado, os activos soberanos de um país eram congelados apenas durante conflitos e podiam ser usados por outro país como reparações em caso de derrota. No entanto, isso era muito pouco provável no caso da Rússia. "Roubar os activos congelados de outro país, os seus fundos soberanos - isso nunca foi feito antes," realçou o  corajoso 1º ministro belga De Wever. Anote-se que quem talvez devesse pagar seria o Ocidente pois as terras e construções de Donbas ficaram quase todas arrasadas pela violência inútil dos extremistas ucranianos e da NATO e seus mercenários, com o dinheiro extorquido ao cidadão europeu.

                               Belgium swerves to the right as Bart De Wever sworn in as prime minister | The Times of Israel

Simultaneamente a sensação de Bruxelas ter deixado de ser a capital  Bélgica e ser sobretudo da União Europeia, que a invadiu e ocupa,  também deve estar viva em muitos belgas. Não é assim de estranhar que recentemente, em simultâneo, com as investigações sobre a corrupção nas figuras altas  do regime de Kiev, que tem apanhado muitos, o mesmo se tenha realizado pela polícia belga, por  reclamações ou denúncias de que nem tudo se estava  a mover em conformidade legal e que houvera quem aproveitasse da sua posição para manipular decisões e para desviar dinheiro. Estão em curso...

Fotografia histórica e desanimada da chamada coligação dos dispostos a teimosamente continuarem  a fazer morrer milhares de eslavos, no dia em que os USA assinalou o seu desapoio da aventura anti-russa iniciada por Joe e Hunter Biden, Victoria Nulland, Boris Johnson, Stoltenberg e agora Rutte..

Que tal não seja nada do agrado de Ursula, Kallas e Costa, e colateralmente de Macron e Starmer,  que ainda recentemente apresentavam a ideia de instalarem mais mecanismos de controle sobre a liberdade de pensamento e de comunicação (que chegou a um estado absurdo de opressão, ao apoio pacífico ao povo palestiniano tão martirizado, pela polícia do  governo do Reino Unido do sionizado Keir Starmer), é muito natural  e, portanto, estarão a ver com apreensão o desbobinar do fio da meada  dos biliões que a União Europeia, ou  os seus governos, cobram dos seus habitantes e usam mal, e distribuem e corrompem com efeitos péssimos na moral das comunidades e partidos europeus...

Foi assim com relutância que tiveram de ver noticiada, a 1 de Dezembro, a detenção preventiva duma alta figura  da União Europeia, Federica Mogherini, que já fora vice-Presidente e chefe da política externa, e era agora a actual reitora do Colégio de Europa, um Instituto para o treino de jovens diplomatas, mais o seu assessor Stefano Sassino, por indiciamento "de corrupção e fraude, conflito de interesses e violação do segredo profissional". Após dois dias de interrogatórios  foram soltos pois não apresentam perigo de fuga.

  Se já se sabe há muito, pelos próprios jornais britânicos, que  o sinistro Boris Johnson deu a ganhar muito dinheiro ao amigo dono da fábrica de drones (e logo a si), que o acompanhou a Instambul para influenciarem Zelensky no sentido de não aceitar o acordo e cessar-fogo proposto pela Rússia, garantindo-lhe o apoio do Ocidente, missão que cumpriu certamente a soldo da oligarquia do Forum Económica Mundial, Open Society e &, mas só recentemente começou a circular a informação que Kaja Kallas pode estar envolvida também no desvio do dinheiro enviado para rearmamento da Ucrânia.

Notícia via Max Blumenthal, com George Galloway, Douglas MacGregor, Dima e Alexander Dugin, Jeffrey Sachs, Mersheer, Marandi, dos melhores analistas mundiais.

Faz sentido então que  possa vir a ser detida esta neta dum oficial nazi que foi levada para  a Sibéria após a II grande Guerra,  criando-lhe esse ódio visceral que tem demonstrado pela Rússia, tanto mais que haverá muito belga e nomeadamente na polícia que ainda tem alguma consciência  da história europeia e da dignidade humana e da amizade com a Rússia e que não está disposta a ver a Europa outra vez em guerra com a Rússia, tal como as "hubricas" e obcecadas Ursula, e Kallas, além de Costa, Starmer, Macron, Merz, Tusk, querem.

 Tal como na Ucrânia os investigadores da anti-corrupção, mandados por Trump,  estão a descobrir um número elevado de oficiais corruptos, admitindo-se que tal possa chegar até ao indiciamento,  afastamento ou mesmo  detenção de Zelensky, tanto pelos desvios de dinheiro, visíveis nas moradias luxuosas que a sua família têm pelo mundo, como pelo facto de estar ser  posto em causa, externa e internamente, pela sua liderança suicida que fez morrer quase dois milhões de ucranianos e milhares de russos inutilmente,  também a detenção de Kaja Kallas e de outros membros da UE, diminuiria  a ódio à Rússia e  geraria um espaço branco de silêncio redentor nas ondas do éter e nas mentes dos cidadão, há quatro anos violentadas e soterradas por tais políticos ocidentais com os seus megafones, amplificados pelos Milhazes e Rogeiros, Isidros e Sollers de cada país.

Isso
permitiria a possibilidade da III grande Guerra não continuar a crescer e diminuiria a estupidificação europeia pela corrente narrativa oficial ocidental da defesa da Ucrânia atacada, quando o que o Ocidente pretende é sobretudo ganhar riquezas, com o objectivo de fragmentar a Rússia e aus aliderança no BRICS, através da mudança de regime, das sanções ou  da guerra, algo que falhou completamente, e só os tolos e russófobos é que se mantêm ainda no apoio ao regime de Zelensky e à política da actual direcção da União Europeia.

Esperemos que sejam indiciadas e que  não possam escapar, tal como Ursula von der Leyen tem conseguido, adiando  a sua prestação de declarações quanto às ajudas ilegais fornecidas à firma do seu marido, a Modena, durante a crise do Covid, no que é conhecido como o Pfizer case.
                                        
Esperemos que termine rapidamente esta página tenebrosa da União Europeia, ins
ensível, fanática, ditatorial, woke, rota, desorientada, infrahumanizada, e que os principais culpados sejam detidos, julgados e afastados e que a Europa sábia de Pico della Mirandola e Marsilio Ficino, de Erasmo e Thomas More, Valentim Andrea e Jacob Böehme, de Fitche e Schelling, de Soloviev e Berdiaev, de Agostinho da Silva e de Dalila Pereira da Costa ressurja...   

Sancte Erasme, ora pro nobis, ora cum nobis!

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Rudolfo Steiner: "Vladimir Soloviev, um mediador entre o Ocidente e o Oriente" O valor da sua leitura para a espiritualidade Ocidental se ampliar.

 É conhecido por muitos (ligados à espiritualidade e à antroposofia),  a valorização do povo Russo que Rudolfo Steiner expôs ou desenvolveu em várias palestras, mas poucos conhecerão a admiração sentida por Vladimir Soloviev, que tinha como o maior filósofo russo de então (algo reconhecido hoje por todos, tendo entre nós Álvaro Ribeiro apresentado e traduzido do francês A Verdade do Amor, altamente recomendável), e que pela sua alma oriental era ainda capaz de, a partir das forças da natureza e humanas, sentir e viver a religação espiritual ao Cristo, ao Logos Solar, à Divindade, considerando-o mesmo como um representante dos antigos sacerdotes que conseguiam estar conscientes dos mundos superiores.
Já escrevi sobre ele, https://pedroteixeiradamota.blogspot.com/2023/05/vladimir-soloviev-vida-e-obra-santa.html e https://pedroteixeiradamota.blogspot.com/2025/11/vladimir-soloviev-e-oracao-o-que-e-o.html, e iremos provar a asserções com alguns textos, que contextualizaremos em dois artigos. O primeiro, escrito por Rudolfo Steiner (27/2/1861 a 30/3/1925) em Janeiro de 1922,   é a introdução a uma edição alemã das obras completas de Vladimir Soloviev (28/1/1853 a 13/8/1900): 

  Vladimir Solovyov, um mediador entre o Ocidente e o Oriente"

«O facto de que a Kommende-Tag-Verlag em Estugarda ter decidido apresentar ao público as obras do filósofo russo Vladimir Soloviev em tradução alemã corresponde nos dias de hoje  a uma necessidade na vida intelectual. Da riqueza do que Soloviev escreveu, foi recentemente publicada a seguinte obra: Doze Palestras sobre o Deus-Homem, traduzida do russo por Harry Köhler (Stuttgart, 1921). A vida de Solowjoff  insere-se na segunda metade do século XIX, e as suas obras no  final dele. Como é que o pensamento da Europa Oriental pondera as questões mais profundas da existência humana, como é que lida com as questões vitais de seu próprio tempo, é revelado de forma vívida nas reflexões de Soloviev. Ele é uma personalidade que examina minuciosamente a maneira de pensar das visões de mundo da Europa Ocidental e Central. Ele comunica dentro das formas de pensamento nas quais Stuart Mill, Henri Bergson, Émile Boutroux e Wilhelm Wundt também se exprimem. Mas fala de uma maneira completamente diferente de todos eles. Usa essas formas de pensamento como uma linguagem, mas revela a vida interior do ser humano a partir de um espírito diferente. Ele mostra que na Europa Oriental ainda vive muito daquele espírito [geist] que no início da evolução cristã era o das outras regiões europeias, mas que na Europa Ocidental  foi completamente convertido [ou transformado]. O que o resto do Ocidente só pode compreender a partir da história é [ou tem] vida [ou visão] imediata no Oriente [no caso, na Rússia e em Soloviev].
 Soloviev fala de tal maneira que se sente uma certa revivificação de como, até ao século IV, os pensadores do cristianismo lidavam [abordavam, trabalhavam] com a união [ou unificação] do Ser Cristo no homem Jesus de Nazaré [der Vereinigung der Christus-Wesenheit in dem Menschen Jesus von Nazareth]. Para falarem sobre tais assuntos tal como Soloviev fala,  os pensadores da Europa Ocidental e Central  carecem hoje de todas as possibilidades conceptuais.
Na alma de Soloviev, duas experiências coexistem claramente: a experiência do Pai-Deus na Natureza e na Existência Humana [Menschendasein], e a do Filho-Deus, Cristo, como a força que arranca a alma humana dos laços da existência natural e primeiro a introduz na verdadeira existência espiritual. [Rudolfo Steiner não menciona, na visão do mundo divino de Soloviev, Sophia, a Sabedoria Divina, o aspecto feminino de Deus, mas de facto nos Fundamentos espirituais da Vida ela não é mencionada.]
Rudolfo Steiner esculpindo em madeira o Cristo entre as polaridades adversárias
 Os teólogos contemporâneos na Europa Central já não conseguem distinguir entre essas duas experiências. A alma deles chega apenas à experiência do Pai. E dos Evangelhos, eles apenas ganham a convicção de que Cristo Jesus foi o anunciador humano do Pai divino. Para Soloviev, o Filho está na sua divinidade [göttlichkeit] junto, [neben, ou para além], do Pai. O ser humano pertence à natureza como todos os seres. A natureza em todos os seus seres é o resultado do divino [göttlichen]. Pode-se [uma pessoa pela reflexão e meditação] impregnar-se com este pensamento. Então, olha-se para o Pai-Deus. 
Mas também se pode sentir: o homem não deve permanecer na natureza. O ser humano deve elevar-se acima da natureza. Se ele não se elevar acima da natureza, a natureza torna-se nele pecaminos . Se alguém seguir os caminhos da alma nessa direção, chega às regiões onde encontra no Evangelho a revelação do Filho de Deus. A alma de Soloviev move-se por esses dois caminhos. Ele oferece uma visão de mundo que se vivencia bem acima da religião ortodoxa russa , e embora completamente cristã em termos religiosos, também se revela como um autêntico pensamento filosófico.
A filosofia fala através da religião de Soloviev; na sua obra, a religião transforma-se numa visão do mundo filosófica. No pensamento europeu, o único caso semelhante encontra-se em Escoto Erígena no séc. IX [815-877], e depois não mais. Este  irlandês, vivendo na Francônia [França Ocidental], deu no seu livro Sobre a Organização da Natureza [De divisione de natura] uma visão geral da natureza do mundo e do ser humano na qual   ainda vivia no Ocidente algo de semelhante ao que se respira nos pensamentos e sentimentos de Soloviev.  Mas em Erigena já podemos ver a desaparecer o elemento da visão de mundo ocidental que ainda está cheia de vida em Soloviev. Isto emerge da apresentação dela à alma do leitor europeu como uma ressurreição do espírito [presente n'] os primeiros séculos cristãos.
Considere-se como Soloviev começa a falar [e Steiner vai transcrever com algumas leves adaptações] sobre Natureza, Morte, Pecado, [Lei] e Graça num ensaio [Os Fundamentos espirituais da Vida, o qual foi abordado por mim, sobretudo quanto à oração, em https://pedroteixeiradamota.blogspot.com/2025/11/vladimir-soloviev-e-oracao-o-que-e-o.html]: 
“Na alma humana há duas asas invisíveis, dois desejos [wünsche, ou aspirações].” Elas elevam a alma acima da natureza. Elas são o desejo [ou sede] de imortalidade e o desejo [ou sede] de verdade ou perfeição moral. Uma aspiração  sem a outro não tem sentido. Uma vida imortal sem perfeição moral não traria felicidade [ou não é um bem]. O homem não pode  contentar-se em ser imortal; ele  deve também tornar-se digno dessa imortalidade, vivendo de acordo com a [ou realizando a]verdade. Mas a perfeição também não serve de nada se expirar na morte. Uma vida imortal sem perfeição seria um logro; a perfeição sem imortalidade seria uma falsidade revoltante que faria mal."
Solowjoff, ou Soloviev, fala a partir de tal modo de pensar. Isso dá às suas descrições o seu caráter oriental. A presente era precisa de ampliar o horizonte do seu espírito. As pessoas do círculo terrestre devem-se aproximar umas das outras. Soloviev é um representante da Europa Oriental. Ele pode servir para expandir a vida espiritual da Europa Ocidental. Ele próprio tinha-se integrado nessa vida intelectual segundo o seu modo  de sua expressão; mas também mantendo plenamente a sua alma oriental.  Encontrá-lo, para um ocidental, significa descobrir algo que revela aspectos significativos da humanidade, mas que o homem ocidental e centro-europeu já não consegue encontrar, pelo menos nos caminhos que se tornaram os caminhos do conhecimento nos últimos séculos.
O Ocidente e o
Oriente têm de descobrir o entendimento de um com o outro. Conhecer-se melhor Soloviev contribuirá muito para ajudar o Ocidente a ganhar tal entendimento.»
       Possamos ler, meditar e aprofundar  obras de Soloviev e de Steiner, e vivenciar melhor as realidades espirituais referidas, tão essenciais por entre as lutas e a manipulação geral, tendo o centro do coração ígneo e intensificando o bater das asas referido no início...
 Encontra o texto em alemão e a tradução inglesa oficial, em   https://rsarchive.org/Articles/GA036/English/SOL2024/15_Vladimir_Solovyov.html