segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Os livros, a leitura e a escrita são setas e escadas para os céus da consciência e do planeta! Da bibliotecoterapia..

       Todos nós que lemos, escrevemos e amamos a sabedoria que os livros geram sabemos que eles podem ter muitos efeitos e em especial podem harmonizar, ensinar, fazer crescer e logo melhor viver. 
Os que se consciencializam mais disto tendem a juntar muitos livros e com eles erguer como que escadas e canais, linhas e espirais para que as pessoas se  sintam bem, e se possam elevar-se  para os seus céus.
 Estas potencialidades que se erguem dos livros e particularmente de muitos livros juntos, uma biblioteca, são belas na subtileza das luzes clarificadoras e ascensionais contidas neles e também nas que se geram em nós, podendo por vezes nos próprios livros físicos serem contempladas, sobretudo quando são imensas as prateleiras de uma alta biblioteca, ou mais modestamente na nossa casa quando eles são empilhados de encontro a alguma parede e fora da disposição mais horizontal e ordenada das prateleiras, transmitindo uma impressão e força ascensional bem forte, ainda que tal pirâmide de saber seja mais difícil de ser consultada ou manuseada em cada um dos livros que serve de degrau ao outro, forçando-nos a certa ginástica manual para que não caiam os que estão em cima quando retiramos um que esteja em baixo. Claro que estas contemplações ou os esforços são bem úteis ao nosso equilíbrio psico-físico...
Assim é também na vida, pois dia após dia vamos elevando-nos na escada que nos conduz ao alto, à saída do plano físico e ao ingresso no mundo psico-espiritual, na linguagem antiga, ao Céu e, embora o passado suporte e gere o presente e a ele devemos estar agradecidos, também volta e meia devemos retirar dele, ou dos livros, tanto algumas ideias frutíferas como preconceitos limitadores  para que a nossa visão acumulada do mundo seja melhorada e assim discernirmos melhor o sentido de direcção e progressão.
 E é pena não termos bem a noção ou consciência do grau de força e verdade que nos transmitiu ou transmite cada livro e seu autor, ou mesmo pessoa, coisa,  pensamento, escrito, doutrina pois tal facilitaria ou impulsionaria a nossa ordenação, posicionamento e estratégia no labirinto evolutivo rumo à Verdade, sabendo como num jogo de xadrez posicionar melhor as peças para se harmonizar mais os ambientes humanos e planetário e aumentar-se discernimento, sabedoria e amor das vidas humanas...
Raras são as pessoas que conseguem discernir o grau ou a velocidade de evolução, de universalização, de ascensão, de libertação ou, que seja, medirem a força de aspiração e de realização das suas potencialidades e deveres, os dharmas, na expressão indiana. 
E também muito poucas as que se dão conta que a vida para muitas delas tem algo de um contra-relógio, expressão que viram ou ouviram falar  no ciclismo mas que não assumem nos percursos das suas vidas onde tal corrida contra as limitações que o passar do tempo gera é fundamental: estamos a cumprir os nossos desejos, projectos, deveres, talentos, capacidades, potencialidades, missões, no espaço de tempo e de capacidade, dia após dia mais limitado, até se chegar à morte do corpo físico e da consciência cerebral? 
Não teremos nós um tempo de vida, não está ele diariamente diminuindo? E não estamos nós retrocedendo, parados ou avançando mais ou menos acertada e rapidamente nas linhas de força e sub-campos que marcarão para sempre na história da Humanidade o nosso contributo, rumo às destinações espirituais e Divina que têm uma etapa-meta pelo menos visível quanto ao seu fim de as alcançarmos e que é a morte terrena?
Mas que destinação meta final é essa, para além da morte, perguntarão alguns?
Pois é chegar a tal passagem para o além com o máximo de realizações e despertar da consciência do corpo espiritual que fomos talhando ao assumirmos e intensificamos a realidade espiritual e divina seja em meditações, seja em pensamentos, palavras e actos, em especial os mais abnegados e sábios, amorosos e corajosos.
Ora para tal entrada mais luminosa também conta bem o que fomos desabrochando nas leituras de livros que nos impressionaram, que nos fizeram chorar, que nos transmitiram impulsões através das quais melhoramos, agimos ou ardemos mais de amor por Deus, pela justiça, pela fraternidade.
Meta que então se revelará como união com a Sabedoria Divina e o seu corpo místico dos Seres que mais a amam e cultivam, ou que mais próximos de nós se encontram por múltiplas afinidades, numa continuidade fabulosa de elos luminosos e que é chamada ora de cavaleiros do Amor, ora de portadores do Santo Graal, ora peregrinos e mestres...
Sabermos então sacudir ou soltar pesos desnecessários, livros inúteis, concepções ultrapassadas ou estados mais negativos psíquicos e fazer de todos os momentos e acontecimentos degraus da escada e canal para o céu é uma sabedoria bem especial que os livros empilhados a um canto da casa nos comunicam e lembram metaforica e energeticamente. 
E assim quando chegares ao fim da subida do teu dia antes de te deixares adormecer, com tantos minutos consumidos e tantos momentos de luz gerados, arde como uma estrela cadente, agradecendo em amor à Divindade e ao teu Anjo ou aos livros e autores, acontecimentos e seres que te auxiliaram, ou que ajudaste, na subida em espiral dentro de ti e mundialmente pelas tuas interacções factuais, subtis ou internéticas.
Colunas ou escadas para o Céu, os livros, dos quais a leitura, o estudo e a escrita são como exercícios e criatividades que vencendo as ignorâncias e inércias, medos e desorientações, fazem-nos diariamente aguentar ou subir um degrau na escada que liga a consciência terrena e a consciência do ser e dos mundos espirituais...

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