sexta-feira, 3 de junho de 2016

Manifestação pela dignidade da Mulher. "Por Todas Elas". 1-VI- 2016. Pr. do Martim Moniz.

"Por Todas Elas": Lisboa, Sol forte, almas luminosas, vontade de paz, amor, respeito...
Certamente que o advogado João das Regras defenderia a causa da Mulher...
Realizou-se no dia de 1 Junho de 2016 ao findar da tarde em Lisboa uma manifestação de valorização da dignidade da mulher e do respeito pela sua individualidade anímica e física e portanto contra todo tipo de violência que lhe seja imposta. O título ou lema escolhido foi "Todos por Elas", tendo nascido em parte como apoio a uma jovem brasileira recentemente violada por um grupo de rapazes, no Brasil, e denúncia do laxismo reinante. Estiveram presentes 200 e tal pessoas, na sua maioria jovens e mulheres, tendo havido alguns testemunhos de acontecimentos violentos passados e que deixaram as suas marcas, visíveis até nas formas emotivas ou comoventes com que se exprimiram...
A denúncia e a condenação das múltiplas formas de violência e opressão sobre a mulher, seja qual for a origem ou mesmo a justificação (desde a falta de carinho na infância,  ao egoísmo instintivo, ao ciúme, à alimentação e bebidas, etc.), deve ser cada vez mais realizada persistente e frutíferamente...
Na verdade nunca será demais realçar a importância de uma educação para a não-violência e a convivialidade fraterna e apoiá-las nas escolas e nos meios de comunicação, bem como expôr os ideais e ideias-forças da mulher considerada como manifestação ou incarnação da Divindade, da Grande Deusa, da Mãe Cósmica, das deusas e musas, ideias-forças que devem ser mais pensadas, sentidas e consciencializadas pelos jovens e homens para o bem de todos...
Lamentavelmente grande parte deles estão muito manipulados pelos jogos, pelas bebidas, pelos filmes, pelas percussões das musicas e bares com que o sistema imperialista neo-liberal mundial os seduz e enche a fim de se irem destruindo e  comportarem-se  superficial e violentamente e assim se tornarem semi-zombies...
Certamente  o maior causador da violência mundial recentemente tem sido o império norte-americano e os seus aliados ingleses e europeus, a que se tem juntado a Turquia, Israel, a  Arábia Saudita, todos eles demasiado violentos contra os que não aderem aos seus interesses, propósitos e ditames, frequentemente ditatoriais, para não dizer imperialistas ou mesmo racistas....
Esta violência, que gera sofrimento e contra-violência, é responsável pelas guerras, terrorismos e crises no Médio Oriente, África, etc, etc, e tem tido, ao contrário do que se apregoa e se faz crer pela informação tão manipulada, consequências tremendamente nefastas em todo mundo e particularmente nas mulheres, crianças e jovens.
Acabar com as guerras e os imperialismos e, portanto, com o culto da força como meio de resolver os conflitos de interesses, deve ser uma consciencialização e medida prioritária, aproveitando-se o dinheiro poupado para se desenvolver a educação e as condições de vidas das pessoas, a fim de que que haja menos pobreza, frustração e violência e logo menos tarados, menos seres sub-animais, e assim mais respeito pelas mulheres e pela sua autonomia, mais amor pelo género humano e pela Natureza, esta em tudo isto também altamente violentada...
 Está de facto tudo ligado, desde os ecosistemas ao emaranhamento planetário das mentes, e há que desenvolver as consciências, fortificar psicomorfismos avançados e espiritualizantes, educar e desabrochar mais os seres para a beleza, o bem, o universal, o amor, o sagrado, a irmandade de todos os seres e povos, culturas e religiões, o conhecimento, a sabedoria, a Unidade e Divindade...
As mulheres são elos vitais na transmissão das tradições culturais e espirituais dos povos e devem ser protegidas e apoiadas nas suas múltiplas tarefas essenciais à Humanidade quais sejam, por exemplo, as de gerarem filhos, harmonizarem os ambientes, criarem novos valores e formas, dulcificarem e orientarem pela sensibilidade, a intuição e um certo amor incondicional a própria marcha da Humanidade fazendo-a sair de influências e resquícios opressivos, feudais, machistas, coloniais e violentos e encaminhar-se para formas de convivialidade cada vez  mais libertadoras e plenificadoras no sentido do Belo, do Justo, do Verdadeiro...
As imagens da manifestação "Por Todas Elas" transmitem muito da beleza e da dignidade da mulher, os cartazes lembram e irradiam muitas das reinvidicações e direitos das mulheres e que as sociedades ou grupos populacionais ou sociais, em geral ainda muito machistas em certos níveis não querem reconhecer ou não conseguem viver, mas que há que partilhar e expandir...
Educação, educação não-violenta e dialogante, e uma visão mais profunda do ser humano, da complementaridade sagrada da mulher e do homem, que em si mesmos são corpo, alma e espírito, e que peregrinam na Terra e noutros planos subtis dentro dum plano ou ordem Cósmica, o Dharma na linguagem indiana, são então fundamentais de serem compreendidos, meditados, assimilados e desenvolvidos vivencialmente...
No fim das fotografias há um pequeno vídeo...
Ouvir e dialogar, convergir e interiorizar, afirmar e renascer
Testemunha a palavra, a alma, a intenção 
E a magia do círculo que ouve reverbera e irradia...
Feridas, cicatrizes, pensos, silenciamentos, quando se querem é almas e corpos sãos, livres, naturais...
Não haver represálias e impunidade dos que oprimem ou violam é fundamental, tanto ao nível individual como de grupos, sejam eles hordas, exércitos nacionais ou mercenários internacionais...
Belo momento do abraço curativo ou libertador ou ascensional, no centro do círculo ou Graal convergente e mágico...
Que crianças queremos nós gerar? Com que consciência profunda, amorosa, elevativa, cósmica se unem as pessoas?
Grupo central dinamizador e partilhador...
Partilhas intensas de almas luminosas...
A grande roda final, a união faz força, o círculo como forma perfeita de concentração, convergência e irradiação...
As palmas, tão utilizadas no Shintoismo para marcar presença, criar e irradiar energias, estiveram também presentes com as melhores intenções de dissiparem ignorâncias e violências, causadoras de sofrimento geral....
Irradiações luminosas no inconsciente colectivo português e planetário...
Gritos da almas, aspirações da Humanidade
Palavras que o vento deve semear nas almas e mentes...
Podiam ter sido escritas mais expressões da indignação e de libertação
Momentos finais de Namaste, de auto-fortificação...
                         
Da fragilidade e sacralidade da mulher e do homem, e do amor profundo... Jehan George Vibert...
A educação pela arte, tal como por exemplo na pintura pré-Rafaelita (aqui Burne-Jones, "o Peregrino e o Coração da Rosa") bem convinha ao mundo, a par da educação para a Religião Universal, a da Rosa do Amor, que deve florescer em cada ser. Mas a UNESCO pouco ou nada faz. Façamos e sejamos nós!
(Agradecimentos às pessoas que comentaram, mas as respostas minhas não estão a ser registadas no blog) Um grupo no Facebook formou-se do encontro-manifestação: "Por Todas Nós"... Participe...

2 comentários:

rosaleonor disse...

Obrigada Pedro. Pela sacralidade da Mulher e do homem.
abraço rl

Ana Gândara disse...

Obrigada, Pedro, pelo seu magnífico texto. Não era de esperar outra coisa vindo de si, alma generosa, luminosa. Grande abraço.