domingo, 14 de fevereiro de 2016

Leonor Beltrán expõe pela 1ª vez, na sala das Conferências do Casino, ao Chiado lisboeta.

Leonor Beltrán, pedagoga e coreógrafa, inaugurou no dia 13 de Fevereiro (de 2016) a sua 1ª exposição artística, com 12 desenhos a tinta da china, de grande trabalho e qualidade.
Poderá vê-los ou interagir com eles durante mais três semanas na galeria da Livraria Sá Costa, à Rua Garrett, e estão numa sala muito histórica de Lisboa, pois neste edifício e talvez andar se realizaram em 1871 duas das famosas conferências do Casino Lisbonense, a de Eça de Queirós, A Literatura Nova. - O Realismo como nova expressão de arte e a famosíssima e tão reimpressa e estudada de Antero de Quental, Causas da Decadência dos Povos Peninsulares.
Neste manifesto contra as forças mais conservadoras ou opressivas, sempre actual, Antero clama para que se desenvolva «a ardente afirmação da alma nova, a consciência livre, a contemplação directa do divino pelo humano, (isto é, a fusão do divino e do humano), a filosofia, a ciência, e a crença no progresso, na renovação incessante da Humanidade pelos recursos inesgotáveis do seu pensamento sempre inspirado».
Estiveram presentes algumas pessoas que de algum modo ou outro são lídimas continuadoras de tal luta pela Verdade, Liberdade, Beleza, Amor e Justiça e os diálogos aconteceram, à boa maneira de Agostinho da Silva («A palavra conversa tem a mesma origem etimológica que converter, o que está implicado quando um homem conversa com outro, é uma conversão de qualquer deles ou dos dois ao mesmo tempo – é converter-se aqui, converter-se a qualquer coisa que entenda os dois como as duas partes, as metades de uma certa unidade. Quando conversamos com uma pessoa, no fim de contas queremos converter-nos ou converter a nossa dualidade numa unidade superior»), Agostinho da Silva que neste dia fazia 110 anos.
Seguem-se algumas fotografias, e faltam as de muitas pessoas, tais como as do João Rebolo,  Carmo Póvoa, Vasco Croft, Susana Borges, sendo já do final da exposição...
A Leonor, pedagoga e bailarina, coreógrafa e professora e, desde agora, pintora..
A Paula Oliveira, soprano e de jazz, mais uma sua amiga, e com quem tivemos um bom diálogo sobre a Palavra, Verbo ou Lira de Orpheu...
Juventude que aspira à beleza, ao bem e ao conhecimento...
O vento do Espírito Santo soprando na artista...
Últimos momentos: A Leonor, Mário Azevedo, Joana Consiglieri, Ana Calém, a Filomena Ricciardi, o Zé Sousa Machado. Faltou o Vasco Croft, vindo de Ponte Lima..
Loco tempore... Novas exposições esperam-se...

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