quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

O Natal e os seus sentidos conviviais e espirituais. 24/12/2015


Pintura de Bô Yin Râ...
O nascimento simbólico de Jesus, ou de um mais pleno filho de Deus, tornou-se no Ocidente desde há muito uma tripla festividade ou animação: a consumista, a amorosa, em geral familiar mas também por alguns mais servidores em abnegada solidariedade, e a religiosa e espiritual, variando na proporção da constituição anímica das pessoas a percentagem do envolvimento que cada ser dispensa e atrai e, consequentemente a coloração aurica e a emergência do seu ser e corpo espiritual luminoso, que é um dos sentidos mais espirituais desta celebração na época das noites mais longas ou escuras do ano.
Nestes tempos de tanta crise e sofrimento mundial, por culpa de certos sectores financeiros e político bem evidentes, é de certo modo de se admirar que haja quem continue a erguer árvores de Natal ou iluminações ou a comprar e a trocar presentes ou boas-festas, pois ou vivem num mundo bastante alienado do que se está a passar na realidade ou então, estando bem conscientes das forças negativas que se derramam sobre a Humanidade, resolvem mesmo assim celebrar os rituais que unem pessoas, famílias, religiões e nesses momentos trocar ideias, discernir melhor ou até juntar forças e clarificar, ou mesmo realizarem mais a sua essência espiritual em sintonia com o mestre Jesus, que não é Deus...
                                               
Mother Russia, by Vladimir Putin, and the Holy Father bless all and specially you on your striving for peace, freedom, justice, love, knowledge and harmony...
A Santa Rússia e o Santo Papa desejam que os cidadãos Ocidentais abram os olhos e não se deixem manipular tanto pelos seus dirigentes, seja para pagar as dívidas fraudulentas dos bancos seja para sustentar o imperialismo Norte-americano, da Nato, israelita e turco, arabico-saudita e outros....

Pax...Lux...Amor...
E que o Natal e o Ano Novo, além do convívio humano e da meditação e comunhão divina, sejam então de despertar histórico, político, social e ecológico para o bem da Terra e dos seus seres...
                                     
"Lucerna corporis est oculus: si igitur oculus tuus simplex fuerit, totum corpus tuum lucidum erit
"A lâmpada ou lucerna do teu corpo é o olho: portanto se o teu olho for simples, concentrado ou uno então todo o teu corpo psico-somático será luminoso, brilhante, claro ou lúcido..."
Evangelho segundo S. Mateus, cap. VII, v. 22. (Utilizei a versão de Erasmo de Roterdão, na linha de Pico della Mirandola, Ficino, Erasmo, Góis e Pina Martins

Evangelho de S. Tomé: Disse Jesus: «Se vos disserem, aqueles que atraem o vosso coração: eis, o Reino está no céu, então as aves antecederam-vos no céu; se vos disserem: ele está no mar, então os peixes antecederam-vos. Mas o Reino está (é o vosso) no vosso interior e ele está (é) no vosso exterior. Quando vos reconhecerdes, então sereis conhecidos, e sabereis (realizareis) que vós sois os filhos do Pai Vivo. Mas se não vos reconhecerdes, então estareis numa pobreza, e sereis vós próprios a pobreza.»

A noite de Natal tem pois a vertente não só de religação convivial familiar mas também espiritual, sendo esta de invocação de mais consciência da Luz do Espírito, a qual pode ser vista no olho espiritual, referido no texto evangélico. Simultaneamente há a nossa abertura e aspiração amorosa à Divindade, sentida em nós, à nossa volta (ou exterior, no texto) e na Divindade em si mesma...
Não se deixe assim ficar só nos diálogos do banquete mas acenda algumas velas e suba a escada da aspiração e de irradiação na sua árvore vertebral, o que se consegue pela respiração e a meditação de auto-conhecimento e de harmonização ambiental e espiritual...
Bom convívio haja então na palavra e leitura, oração e meditação, ou mesmo o canto e comunhão (ardente ou amorosa) com os antepassados de sangue e de alma, a Humanidade, o Anjo da Guarda, o Arcanjo nacional, e a Divindade e as suas Faces e Amigos...
Pintura de Zurbaran, 

1 comentário:

Unknown disse...

comparei com a king james version, e fica qb de diferente em relação á versão comentada aqui
(" The light of the body is the eye: if therefore thine eye be single, thy whole body shall be full of light.").
não deixo de comentar, que esta luz, lâmpada aqui referida, ser a mesma que descartes descreve como o centro da alma ( ou "core").