domingo, 14 de junho de 2015

A procissão de S. António, de 2015, em Lisboa

                           Imagens legendadas da procissão-peregrinação de Santo António e o                                                Divino Menino, de 13 Junho de 2015, Lisboa....
Pela vida justa, pelo discernimento e a discrição e pela intenção pura da alma de ver a Deus, ela eleva-se e consciencializa-se da presença Divina nela, segundo o ensinamento de S. António...
Santo António na igreja vizinha da sua: "Deus é todo o Bem, o sumo Bem, do qual como um centro vêm directamente para a circunferência todas as linhas da graça" 
Entro na procissão, já pelas 17:05 m e o santo no andor já passou lá ao fundo a Sé...
A fé não escolhe religiões nem designações e deixa os seus rastos nos cabelos e suas ondulações
Panos coloridos que descem do alto e assinalam as bençãos dos céus sobre os peregrinos e também o desejo dos moradores que algo chegue até eles... Quem discernirá do que foram eles bandeiras?
Alfama dos clubes e casas de fados, tasquinhos e vielas, revisitado e abençoado anualmente por Santo Antonio e os seus devotos, amigos e amigas, ou mesmo discípulos e discípulas...

Largo do Espírito Santo. Quantos o terão invocado,s entido, amaddo durante a procissão?
Gente provavelmente do PAN trouxe os bichinhos para assistir à procissão e portram-se bem...
Segundo S. Antonio a alma está sempre em movimento e é ela que move o corpo, e para isso entra dentro de si no coração, discute e cogita e por fim determina-se....

Um tronozinho do Santo António, quando popularmente se construiam presépios ao santo Antoninho...

Qu restos de legendas escorrem pelo belo pana que se derrama da janela de casa tão antiga?
Toda uma dança ou ginástica das auras, ora comprimidas ora alargadas, ora ao sol ora à sombra, ora orando ora se admirando...

Rua da Adiça, vestígios da presença islâmica em Lisboa, pois provem do árabe ad-diça e significava as gramineas que alimentavam os cavalos. Boas memórias para cogitarmos melhor a nossa missão universalista e ecuménica, para contrabalançar tanto extremismo e inépcia do imperialismo do Ocidente, ou melhor dos norte-americanos e da sua seguidora UE, causadores e até apoiantes disfarçados do terrosrismo e fundamentalismo árabe e sunita, mais do que islâmico.



Olhares e almas ao alto, ou da aspiração ao sagrado e ao Divino que bem podia ser mais trabalhada...
O Arcanjo Miguel pesa as nossas tendencias e forças e está sempre a perguntar-nos quem ou o que é como Deus?
Assim nos ajuda a procurarmos sentir mais a comunhão divina no nosso interior, trazendo ao de cima o estado espiritual ou angélico...
Cada igreja, templo, mesquita ou santuário tem pelo menos um anjo, e este aqui sinaliza-o
As nuvens e as gaivotas, tal como os Anjos, voam, pairam ou observam do Alto
Arroz integral e biológico, que abençoa pela graça da santa Beatrice, a guia no Paraíso de Dante?

As janelas que se abrem sobre os largos das igrejas e as almas que das janelas olham e partilham o seu ser


Das almas devotas e discretas, místicas e com o dom das lágrimas... 
Certamente uma das almas mais místicas que participaram na procissão, ainda que contemplativa e lacrimosamente...

Crianças que são trazidas à correnteza processional, e embora o andor do snato já tenha passado, talvez algumas das energias da procissão e das pessoas cheguem até ele e o fadam com alguma sensibilidade espiritual maior...
Olhos já marejadosn de memórias e experiências, mas que consciência terão do seu corpo espiritual e da vida post mortem?

Escadas que sobem e que descem, varandas e candeeiros, ou como tudo nos ilumina ou obscureve, faz descer ou subir...

Restos das hortas lisboetas e dos manjericos às janelas das casas e das almas...
Algumas rectas imensas, energias orantes e irradiantes que poderiam ser mais bem intensificadas e irradiadas..

O campo que entra na cidade e a devoção bem armada fazem com que a alma ganha esperança verde e a pureza divina branca

Numa rua já mais avançada mas paralela o santo é entrevisto e numa breve corrida por uma viela com saida chegámos finalmente a ele. os sinais indicam-nos que a prioridade no trânsito divino é o de subir, uma regra válida para ou em todos os caminhos...
Ecce Homo, Eis o santo, e o menino, aureolas e coroas, calmos e impassíveis, por entre os lírios e o azulejos...
O sempre belo e sacralizante pálio, quem sabe fazendo lembrar bandeiras ao vento, sombras benignas, e sob ele a reliquia do santo, o bispo que a leva e os devotos que a desfrutam, quem sabe estabelecendo ou intensificando raios subtis entre os mundos e os estados de ser...
Grandes simbioses de almas tão diversas acontecem nestas procissões sob o signo da invocação do mais sagrado, o Espírito unico e santo da fraternidade...
Santo, santo, santo, vestes gloriosas das auras ou almas ligadas à Luz divina...

Da santa relíquia Antonina e das guardas de honra e do cimo de cabeça que devia arder com o fogo da presença do espírito


Estreito é o caminho, mas com amor e fraternidade, todos cabem e se entreajudam...

O pálio é sempre um sinal do céu descido ou aberto na terra...
Talvez a música pudesse ser mais bem utilizada, para ser verdadeiramente tanto um apelo como um vaso ou Graal em si e nos corações dos participantes...
Como as árvores humanizam as cidades e como Lisboa as devia ter muito mais...
Nomes de ruas medievais que nos fazem recuar aos tempos dos frades e letrados, humanistas e poetas...

Resistir a tendência de betonização da cidade, exclama a língua ou relíquia da alma do Santo, mas talvez seja pregar a peixes
Subir as colinas ou mesmo a montnha da vida rumo ao Sol Divino do Amor-Sabedoria é nosso destino e missão...

Ondulações e cores, almas e flores, geomorfismos  maravilhosos que a Humanidade deveria aprofundar e bem mais cultivar

Das entidades oficiais quantos caminharão verdadeiramente na senda do Santo?
Eis-nos ao lado do santo, bem florido, sob o céu iluminado e enubelado...
A alma que vive diante de Deus, vive num jardim paradisiaco, escreveu S. António no seus sermões
O jovem escuteiro de guarda de honra ao santo e as entidades oficiais...


Aproximar-nos do santo ou do Divino, ou como costumava dizer Erasmo, tornar-nos vizinhos de Deus (no seu "Modo de Orar a Deus", que eu publiquei) é uma arte, ascese e iluminação que exige a persistência meditativa e a graça do Alto 
Almas emocionadas, ou as catarses (purificações) que unem a alma ao espírito e ao Divino

Entre a variedade de opiniões e olhares, doutrinas e posições, procura sempre a Verdade,

Largo do alto de Santa Catarina, os pendões da Gloria in excelsis e paz na terra às almas que a querem e merecem...


S. Vicente contempla a procissão que o leva. Através de que estátua estava ele mais presente ou mais irradiativo, e que energias consegui ela fazer chegar às almas dos devotos?
Atrás dos dois jovens de amarelo, duas irmãs com quem dialoguei e que se lamentavam por haver menos ocasião de devoção e unção, dada a multidão, nesta procissão do que na do Corpo de Deus...



O Santo e o Menino, numa bela imagem limpa de acessórios estranhos, as auréolas bem harmonizdas com a copa aurica da árvore...
Da Ordem de Malta e dos estandartes ao vento do Espírito, assim saibam as nossas almas arder ao Divino...
S. Joao de Baptista, das festas juninas mais fortes no Porto...


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O Arcanjo Mikael parece pronto a desferir o seu voo junto ao miradouro de S. Catarina, talvez já um pouco cansado de tanto tempo num andor... Ou da actividade que nós damos aos nossos anjos da Gurada com mais ou menos orações intercessorias pelo saúde de alguns ou da paz no tão martirizado Médio Oriente, e por muita culpa dos USA e da União Europeia 

O sagrado coração de Jesus, muito sangra ele com tanta maldade no mundo e em especial na Terra Santa e no Médio Oriente... Oremos...
Jarros abertos ao psicopompo, o espírito celestial que conduz as almas aos níveis mais elevados que elas podem após o desencarnar do corpo fisico...
Uma igreja bem poderosa e sagrada no alto do miradouro de S. Catarina, e dois dois mais fortes icones da Cristandade...
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S. Miguel Arcanjo aos ombros das mulheres, talvez quem mais se lembre dele e o cultue....
Estandartes flamejantes, ou do sagrado coração de Jesus, Maria e de cada um de nós, quando vibra, irradia, ama e faz o bem...
S. Vicente levado nas ondulações, entre a cidade terrena, o rio da vida e o céu divino...
A aura coroada  pelo resplandor, na Pérsia ou Irão denominado pelos místicos Xvarnath, a luz da Glória ou da claridade, eixo que nos liga com as nuvens, os céus e a Divindade...
Caminhar com a pena e o livro, a acção e o registo anímico, eis uma missão de santificação ou plenificação que nos cabe a todos, na esteira deste santo protector da urbe e suas gentes...

Uma das orações, apelos ou jaculatórias talvez mais fáceis de serem ditas, desejadas, realizadas, aqui bem associada ao coração: reino ou estado predominante de amor, de generosidade, de coragem... 
O antigo Limoeiro transformado em centro de estudos, ou como a educação deveria melhorar muito o mundo e vencer as industrias da morte e as causas das prisões...
Almas puras e devotas, capazes de carregarem as dificuldades da vida como sacrifícios (sacrum - facere, fazer sagrado) oferecidos à Divindade, aos santos, à evolução da Humanidade, às almas mais necessitadas...

Da Ìndia que passa também por Portugal, ou dos laços amorosos e compassivos que unem povos, almas e tradições, tarefa universalista esta que Portugal sempre teve na sua grande alma...


Da missão universal ou quinto imperial de Portugal...

Algumas almas devotas trouxeram pétalas de rosas perfumadas para espargir o santo na sua estátua, quem sabe ungidas por orações, pedidos ou lágrimas...
Velhas guardas de almas já calejadas nos rosários e ladainhas antecedem e abrem caminho para o Santo...

Junto à Sé, no tempo de S. António ainda em transformação de mesquita para templo cristão, a multidão faz lembrar a desse tempo quando mouros, judeus e cristãos conviviam e obriga-nos a sermos mais ecuménicos e dialogantes com todas religiões...



O Santo e o menino, ou a aspiração humana e a graça Divina, a terra e o ceu unidos pela alta torre da aspiração e do amor...




Uma feliz imagem do Santo e a criança Divina...

Cruzes e jarros flamejantes sinalizam ao alto a nossa aspiração ignea a comungar mais com o Amor- sabedoria divina, o Logos, que sustenta a terra e os céus...





Uma bela imagem do diálogo entre Santo António e o ser divino... Quem sabe se ele o esteve fazer durante toda a procissão e ninguem na multidão se apercebeu disso?

Uma guia bem desperta e alinhada, guarda de honra do santo...
A guarda de honra, dos escuteiros e guias e depois das entidades oficiais

A doçura da contemplação, proveniente da dilatação ou mesmo sublevção da mente foi ensinada por S. Antonio no caminho da realização espiritual, aconselhando-nos pois a contemplarmos o Espírito Divino, ou a sua manifestação em Jesus, e nela colhermos a intensificação do afecto e a expansão da consciência...
O súbito voo das gaivotas,  sobre a procissão, sinais dos céus, o espírito sopra quando quer e nõa sabemos de onde vem e até onde vai...
A via estreita da terra deve-nos fazer aspirar mais ao Espírito e ao Amor Divino...
Das árvores e jardins que nas cidades são ainda reflexos dos níveis paradisiacos ou mais harmoniosos do Cosmos, e que no centro da cruz dos quatro elementos se manifestam mais como quintaessencia espiritual, no ser humano seu peito e coração espiritual... 
Vários icones bem sagrados de Lisboa, espargem com o perfume das flores e do bom incenso que ardeu durante toda a procissão bons eflúvios para todos os planos e seres do Universo, e certamente para o Divino Ser... Om, Amen...
da luz e da sombra nos seres e da necessidade das purificações e iluminações...
Adveniat Regnum Tuum Sancte Spiritus
Bela copa abençoando também os peregrinos da procissão. E quem saberá que espiritos da Natureza nela habitam, sempre indefesas vítimas da Câmara e das Juntas de Freguesia e empresas da pode das árvores, que estão frequentemente a dizimá-las, como recentemente sucedeu a uma centenária no jardim junto à Assembleia da República, ou aos plátanos junto à prisão de Monsanto...


A busca do registo do espectáculo, do sagrado, do miraculoso,  por vezes fica na acumulação de memórias externas e não no disco da alma central...
A procissão torna a passar na igreja de S. António e ponto inicial e vai até à Sé, a escassa centena de metros.


A fé vem do coração e é uma vontade de ver, um querer a vários níveis...

A escadaria da igreja do Santo está cheia de Fiéis do Amor da casa dele e aguardam pacientemente pelo seu regresso ao lar doce lar...
Batidos pelo sopro do vento ou do espírito, os últimos pendões ou estandartes das confrarias religiosas recolhem-se à grande casa-mãe lisboeta, a Sé.
O Adro da Sé vai começando a receber os religiosos e os icones...

Raios do Sol, que banham o Santo que conseguia transportar-se a uma velocidade maior que a luz, podendo ser visto em mais doq ue um local simultaneamente, algo que hoje os modernos paradigmas proporcionados pela física quânica já admitem como possível... 
Ora pro nobis, ou inspira-nos e guia-nos...
Nos seus ensinamentos S. António considera que o corção do ser humano não deve inchar pela sobreba nem comprimir-se pela avareza, mas ser redondo pela perfeição da consciência que a vida virtuosa gera...
O arcanjo Mikael pesa o bem e o mal das almas e em nós é o estado arcangélico o que consegue discernir o bem e o mal e agor correcta ou sabiamente, logoicamente ou cristicamente mesmo, se pode dizer...


Um arcebispo estrangeiro pronuncia algumas palavras simples...
Na fé, na imaginação e no subconsciente das pessoas há sempre a esperança de um raio de luz, de um milagre acontecer...
A grande rosácea de 12 raios aberta ao Sol poente, onde a luz do sol diariamente morre, para de novo ressucitar, é um símbolo sempre útil de se meditar...
Que as forças Mikaelicas do destemor e do amor a Deus estejam sempre vivas em nós...
Coube a um frade franciscano mais elavado na hierarquia a pregação final, com força e simplicidade...



Um último esforço, e o pesado pálio que protegia a relíquia e o bispo irá ser deixado na sacristia-museu da Sé.
A reliquia regressa ao busto metálico do Santo que a alberga... Que forças, com que frequência e para quem os raios abençoantes terão emanado dela ou do Santo? Deveria ter havido algum tempo de veneração e receptividade no fim da procissão? O meio minuto de silêncio final não deveria ter sido aumentado para cinco ou dez minutos e quem sabe até focado neste ponto?
Um belíssimo busto em bronze, certamente de um bom artista e inspirado. Um verdadeiro icone. Deveria ter sido mais trabalhado ou cultuado no final da cerimónia, qual Lausperene, ambora certamente seja subtil a diferença entre o culto reverencial e a adoração
"Amo, amo, amo, Amo através do coração pela fé e a devoção, amo através da língua pela verdade do que confesso, e amo através das mãos pelas pureza das obras", ensinou-nos Santo António...
S. Miguel de rosa na mão, é de Portugal uma nova versão...
Uma gárgula bem medieval, espreita-nos lá do alto, lembrando-nos de Victor Hugo e a Notre Dame de Paris, e todo o  seu imaginário encantado, sob nuvens de formas sugestivas
Após uns 30 segundos de silêncio, estatuidos e pedidos pelo sacerdote, o que foi muito pouco, diremos mesmo quase um certo desperdício de um momento e de uma multidão irmanada na mesma fé e que poderia  interiorizar-se e sentir mais o Divino num silêncio mais prolongado, um coro prepara-se para finalizar...
Começar a descer por entre os olhares ora da fé e do respeito, ora da admiração e curiosidade
A fé e devoção dos alfacinhas por S. António desafia e suplanta as idades e os séculos
Espirais nos cabelos e nas almas que se evolam para o céu, seja da cabeça ou do coração, ou do trabalho no corpo espiritual nas procissões-pereginações...
Santas almas, quantas mais bem trabalhadas não poderiam intensificar bem a sua auto-consciência espiritual...
Eixo central e despedida final, com o apoio mutuo das almas que se amam a sinalizar a Unidade sempre a ser demandada...
Das feiras e mercados populares...



A Igreja de santo António no dia do seu maior brilho... Terão estado cá mais anjos, ou almas franciscanas, ou mesmo santo Antonio a abençoar ou a inspirar algum devoto ou mais necessitado?
"Deus sendo amor-caridade, bom e justo, manso e misericordioso, simples e imutável, sábio e virtuoso, doce e suave, o ser humano reflecte estes seus atributos" e eis todo um programa diário e de vida que  Santo António nos lega ou nos inicia...

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