terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Serra do Montejunto e os espíritos da Natureza. Plantio de carvalhos pelo núcleo lisboeta do Fapas.

Serra do Montejunto e suas cumiadas e espíritos da Natureza. Plantio de carvalhos pelo núcleo lisboeta do FAPAS (Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade), Domingo, 11-1-2015
                                           
Lisboa, praça do Saldanha. Aguardar pela boleia encostado a um jacarandá com os pés na terra e dialogando com ele é sempre bom e recomendável...
                                            
Já na Vila da Abrigada. Plátanos bem desenvolvidos e que sugerem ou revelam faces de espíritos da natureza...
                                         
Silvanos é um dos nomes dados aos espíritos dos bosques e campos e por vezes vemo-los a espreitarem-nos nas árvores...
                                        
Olhar arguto do silvano, hamadríade ou duende, que emerge da potencialidade etérica e astral do tronco do plátano..
                                   
Qual condomínio público de uma rua da Abrigada: roupas humanas ao vento e aos eflúvios purificadores, embora alguns pregos desnecessários nas árvores talvez não sejam muito agradáveis e devessem ser arrancados...
                                            
Campo mórfico bem interessante das árvores e dos ramos em crescimento sobre o muro, criando um corredor abrigado por onde se pode circular luminosamente... O voo dos ramos carregados de aspiração à luz...
                                    
Na viajem, rasto de avião ou cirrus cumulus, vindo como mensageiro destacado da frente que trará a chuva ou as neblinas brevemente....
                                 
Vales com configurações interessantes de correntes geomórficas ou desafios para os que sabem mais geomância ou de Feng Shui e dos movimentos do dragão...
                             
Da utilização diversa da potencialidade imensa dos solos e campos ou ainda das faldas ou encostas dardejadas por arvoredo espontâneo que brota do curso da água...
                                          
Já a subirmos a Serra de Montejunto, um maciço calcário extenso, estes pinheiros mansos surgem como vigias da serra numa das suas extremidades lembrando-nos da fragilidade dos eco-sistemas se não são devidamente cultivados pelos humanos, nomeadamente com os estrumes nos solos e os calendários dos planetas nos céus..
                                          
O grupo do FAPAS, com brotos bebés carvalhos para serem plantados, o que é sempre um enigma quanto aos resultados (por causa da água, dos roedores e dos influxos cósmicos), avança por uma das cristas da serra...
                                         
Cristas de calcário, segundo a agricultura biodinâmica de Rudolfo Steiner, ligado a Lua, Vénus e Mercúrio, e certamente com entidades que nos espreitam nos éteres subtis...
                                           
Alecrim aos montes em flor, uma ou outra abelha ainda resistente aos pesticidas das mortíferas companhias agroquímicas Monsanto, Bayer e Syngenta, verdadeiramente assassinas não só das abelhas como de muito mais. Ao longe, na sucessão das linhas de horizonte, uma aura luminosa, fabulosa.....
                                              
O rasto ou nuvem vai-se alargando nas formas características de farrapos...
                                            
Provavelmente habitado por uma hamadríade vigilante solitária da montanha, este pinheiro manso adaptou-se aos ventos e mantém ainda a sua copa verde da esperança, com as agulhas receptoras de energias solares e astrais, queixando-se contudo do pouco reflorestamento que o Estado faz, preferindo gastar o dinheiro em submarinos, helicópteros e estádios...
                                                         
Captadores e acumuladores de energias subtis, eixos do mundo, quem os vai tocar e dialogar, quem os consegue ouvir nas brisas, ventanias e radiações que osculam a serra e os seus seres?
                                                        
A descida para o vale que se abre aos nossos pés cria perspectivas e associações de imagens e sensações muito luminosas...
                                             
Qual oceano de cores diáfanas aberto aos nossos pés...
                                                     
As linhas sucessivas de planos espraiam-se em sucessivos horizontes proporcionando uma boa contemplação da dimensão imensa que a alma pode sentir e alcançar, saboreando um pouco da infinitude do espaço e talvez até do Espírito divino. Demos graças....
                                                       
Nossas almas podem meditar longamente e expandirem-se longinquamente neste local tão auspicioso de formas, encontros e horizontes quase infinitos...
                                                     
 O grupo de plantadores de carvalhos prossegue a sua caminhada para um dos quatro locais de plantação e esperemos que as respectivas dríades, os espíritos próprios dos carvalhos, os protejam de todo o vento, secura e bicho ruim, roedor...
                                           
Cruzamentos de energias, as faldas da serra calcárea atapetadas de vegetação rasteira, mas plena de éteres e abrindo-se para o azul ainda mais subtil da atmosfera...
                                         
O yoni ou um psico-geo-morfismo da feminilidade da terra fecunda e fértil...
                                        
Seres que avançam guiados na alma pelo amor à Natureza e à Beleza Divina...
                                               
Seres, entre o solo e o sol, recebendo e transmitindo, no dorso imenso de Gaia nossa...
                                       
Por entre estes arbustos e alecrins se escondem os javalis, os quais ajudam os plantadores do Fapas roçando e abrindo alguns buracos para os carvalhinhos...
                                            
Um perfeito enquadramento para a visão do observador que aspira a sentir as ressonâncias geomórficas, ou a erguer a sua alma em gratidão por tanta beleza
                                                 
Um carvalho a ser plantado, no meio de centenas de raízes ágeis dos arbustos e da erva, em volta... Que uma dríade abençoe o seu enraizamento, bem mais lento, e cresça feliz...
                                           
Cinco abnegados plantadores de carvalhos em acção...
                                           
Uma minhoca brota do solo fragrante, mostrando que ele está bem vivo, e é saudada e apresentada ao seu novo vizinho
                                           
  Outro carvalho, já com uma dríade em potencial ou que só a receberá se sobreviver aos primeiros anos? A sachola é a minha e não é de anões, gnomos ou duendes embora nos possamos interrogar se eles responderão aos nossos apelos a que protejam e cuidem bem destas árvores em embrião...
                                      
Alguns pinheiros mansos por perto segredam entre si ecos da música das esferas que a todos banha mas que eles quase que isolados e expostos constantemente às estrelas e ventos solares certamente acumulam e partilham ou ecoam mais...
                                           
Numa falha ou concavidade da serra, seres vivos, com braços que se estendem, e certamente espíritos da Natureza que aqui trabalham, se abrigam e fluem alegres...
                                          
Cristas calcárias da serra,  numa cumiada onde parece destacar-se a face de um deva ou anão da montanha...
                                              
Gigantes adormecidos, guardiões da montanha, e nós que pouco os vemos...
                                          
Nova movimentação do grupo das FAPAS rumo a outra zona de plantação...
                                    
Moleiro bem alinhado e marcando os trilhos, ao qual ajuntamos um quartzo do Gerês...
                                             
Ofertas trazidas por mim do Cabo Sardão e de Sagres...
                                                       
Concavidades talhadas pelas águas milenárias recebem os habitantes que lhes faltavam...
                                         
Abrigo pré-histórico, pedras cheias de memórias desejosas de quem as leia, acolha e ressoe...
                                              
João, Susana, Sérgio, Rui e Luís, junto ao abrigo; dialoga-se sobre as características e orientação da serra...
                                         
Pedras de antigas construções, quer seja uma torre de vigia ou um abrigo de serra, cheio de sugestões e desafios...
                                  
Observações dialogantes do grupo lisboeta das FAPAS...
                                                    
Nascida de uma fraga, esta variedade de azinheira ensina a arte de crescer com perseverança através das dificuldades
                                         
Linhas serpentinas na terra, por onde correm os riachos invernais e o poejo medra fragrantemente, atraindo insectos e abelhas..
                                     
Da sensibilidade e espírito de orientação dos caracóis sabe-se pouco...
                                         
Menos ainda da sua sensibilidade quando vão morrer e onde deixarão as suas espirais, ao sol...
                                          
Acampamento de base para a última plantação...
                                          
Campo de ensaios e o João quase pendurado ou endireitado pela árvore seca, já quase fóssil e totem...
                                                    
Ligações e ciclos subtis entre os reinos e seres: a árvore que já morreu e a que está a nascer pela mão do Homem...
                                                    
Pinheiros mansos cheios de astralidade por tanto pôr-do-sol, neve, neblinas e a abóbada do Cosmos constelado que sobre eles se vai derramando...
                                           
Nas montanhas, em dias limpos, é necessário de quando em quando resguardarmos os plexos da luz forte do Sol e tentarmos contemplar a árvore primordial arquétipa que subjaz e coroa as que avistamos...
                                          
Entre o solo e o sol este pinheiro manso sobreviveu, cresceu e na sua elegante e altaneira astralidade dá agora um sinal da Graça Divina e da benignidade da Luz e do Infinito em que nos movemos e temos o nosso Ser...
                                      
Tótens, esculpidos e escavados pelo vento, a chuva e os pica-paus, tendendo já à mineralização, e onde os espíritos da Natureza espreitam curiosos e divertidos os plantadores e amantes das árvores, da serra e da Natureza...
                                  
Espíritos da serra do Montejunto e das suas cumiadas...
                                       
Guardiões vigilantes, duendes ou devas...
                                      
Cores subtis, nas pestanas nossas ou da máquina, lembram-nos que vivemos mergulhado num universo quântico de múltiplas potencialidades que só esperam a nossa observação e determinação sábia para se actualizarem ou manifestarem..
                                    
O ciclo da morte e do renascimento prossegue sempre, verdejantemente: alguns arbustos mais crescidos e verdes tanto parecem estar em velada como terem nascido das energias etéricas e astrais do pinheiro...
                                             
Pelos pinhais de Leiria ou mesmo os barcos no Oceano das descobertas, suspirarão estes pinheiros no crepúsculo do Domingo?
                             
Para os amantes da geometria e dos números, das proporções e das transformações a Natureza é o grande Livro, pleno de ensinamentos e de energias.... Quantos anos viveu e quanto milhões de anos na transformação em fóssil mineral?
                                    
Os últimos clarões do sol tingindo a montanha de tonalidades ainda mais etéricas, intensificadas pela súbita neblina que começa a descer e a esfriar...
                                                           
Um peneirinha vem ver-nos, canta ao desafio e aceita os nossos cumprimentos sem fugir, sinal auspicioso numa serra bastante deserta em que poucas aves foram avistadas, além da águia ao longe...
                                           
Os binóculos do Luís permitem aproximações mais próximas das aves mas está ainda em questão (Rupert Sheldrake terá algo a dizer...) se a sensação de elas serem vistas, telepaticamente ou pelo nosso olhar de observador e quanticamente modificador, diminui ou não com o uso deles...
                                           
Cada crista de montanha é uma ardência ígnea da terra para o céu, um apelo à ligação Divina, uma manifestação da montanha primordial, Hukairya dos Persas, o Meru dos Indianos, o Himavat da Índia e Tibete, como tão bem explicaram ou partilharam bons mestres como Henry Corbin, Bô Yin Râ, Ananda Comaraswamy, entre outros...
                                        
Árvores, quase humanas, erguem-se rumo a mais Luz...
                                        
 Quais peregrinos vindo do Oceano ou do vale e ao alto, com esforço perseverante, se erguendo, já entre a luz se sentindo...
                                        
Fronteiras de mundos, auroras e crepúsculos são sempre bons momentos para sentir, fotografar, dialogar, meditar...
                                        
Já de carro, na estrada e na descida, os raios de sol doiram ainda os troncos dos pinheiros nas faldas de Montejunto...
                                         
Cinco mundos ou planos, na Índia denominados lokas ou koshas, ou os sete climas na espiritualidade Shiita, unem a terra humana e o Ser Divino, e as serras são locais especiais para nos fortificarmos imunitariamente e nos harmonizarmos subtilmente, e assim podermos com a Divindade, o Cosmos e a Fraternidade melhor comungar...
Saudemos, amemos e harmonizemos mais a serra do Montejunto e os seus seres, árvores e eco-sistemas...

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